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A USP éa sanãtima universidade que mais produz pesquisa no mundo
Esta éa avaliaa§a£o do ranking elaborado pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden
Por Adriana Cruz - 14/07/2020


Mapa da distribuição das universidades de acordo com o ranking do Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia osArte: Jornal da USP

A USP éa sanãtima universidade que mais produz pesquisa no mundo segundo ranking elaborado pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS, na sigla em inglês) da Universidade de Leiden, na Holanda, e divulgado no dia 8 de julho.

A classificação avalia a pesquisa acadaªmica produzida pelas instituições e leva em consideração a produção cienta­fica publicada na base de dados multidisciplinar Web of Science, editada pela empresa Clarivate Analytics. Nesta edição, foram ranqueadas 1.176 universidades de 65países.

A USP, que subiu uma posição em relação ao ano passado, éa única instituição latino-americana a figurar entre as 100 melhores do mundo. As demais universidades brasileiras mais bem avaliadas são a Universidade Estadual Paulista Jaºlio de Mesquita Filho (Unesp), na 137ª posição; a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 178ª; e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 195ª posição.

“Todas as avaliações internacionais tem suas diretrizes e seu vianãs e a análise dos resultados deve sempre se atentar a esses fatos. No caso da avaliação de Leiden, a um leitor desatento, pode parecer que a preocupação éexclusivamente quantitativa e, nesse quesito, a USP éuma grande produtora de conhecimento, a sanãtima do mundo. No entanto, não ésomente na quantidade que nossa Universidade se destaca. Tivemos a mesma classificação no impacto cienta­fico, portanto, além de quantidade, também temos qualidade. O que me deixou também muito satisfeito como dirigente éa evolução da Universidade em itens muito importantes para o momento que estamos vivendo: o aumento da colaboração cienta­fica, o crescimento do número de artigos cienta­ficos com livre acesso e o destaque da diversidade de gaªnero entre os autores dos artigos”, destaca o reitor da USP, Vahan Agopyan.

Diversidade de gaªnero

Neste ranking, além da classificação geral, foram analisados os indicadores das instituições no período de 2015 a 2018 em quatro vertentes: impacto cienta­fico, colaboração (interinstitucional, internacional e com a indaºstria), artigos publicados na modalidade de acesso aberto e diversidade de gaªnero (número de autorias masculinas e femininas).

No quesito impacto cienta­fico, a USP ficou na sanãtima posição, a  frente de instituições como Johns Hopkins, Stanford, Oxford e Cambridge. Do total de 17.855 artigos publicados no período, 44% estãoentre os 50% melhores do mundo em suas respectivas áreas do conhecimento.

Em relação ao item colaboração, que avalia as parcerias interinstitucionais, internacionais e com a indústria para a produção de artigos, a USP aparece na 13ª colocação.

Essa também foi a classificação da Universidade na análise dos artigos publicados na modalidade de acesso aberto, que se refere a  disponibilidade e a  gratuidade de acesso por qualquer pessoa aos resultados de pesquisas cienta­ficas, sendo uma alternativa ao modelo tradicional de publicação que restringe o acesso ao conteaºdo por meio de assinaturas pagas.

Outro aspecto avaliado foi o número de artigos publicados por gaªnero, dimensão na qual a USP ficou na terceira posição, atrás da Universidade de Harvard e da Universidade de Toronto. O indicador analisa o número de mulheres autoras de artigos da universidade e sua proporção em relação ao total de autores.

Para o pra³-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto, “a USP tem mostrado um crescimento fanta¡stico nos últimos anos. a‰ uma universidade que sozinha produz tanto quanto umpaís inteiro, equivalente a  Argentina ou Chile, por exemplo. Esse ranking mostra exatamente o que já va­nhamos observando. Um crescimento da quantidade e também da qualidade. Mas os esforços devem continuar para aumentar sua visibilidade e impacto, valorizando os trabalhos de qualidade”.

Avaliação das áreas

O ranking elaborado pelo CWTS também avalia o impacto cienta­fico, onívelde colaboração, o número de artigos publicados na modalidade de acesso aberto e artigos publicados por gaªnero em cinco áreas do conhecimento: Ciências Biomédicas e da Saúde, Ciências da Terra e da Vida, Matema¡tica e Ciências da Computação, Ciências Fa­sicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades.

Em relação a  avaliação do ano passado, as áreas de Ciências Fa­sicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades registraram melhora em todos os indicadores. Confira, na tabela a seguir, as posições alcana§adas pela USP em cada uma delas.


 

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