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Unicamp inicia revisão de portfa³lio de patentes
O objetivo éidentificar o potencial econa´mico de patentes ainda em seu esta¡gio de invena§a£o, e assim desenvolver um portfa³lio mais competitivo em termos de transferaªncia de tecnologia da Universidade para a sociedade.
Por Thais Oliveira - 16/07/2020


Objetivo édesenvolver um portfa³lio mais competitivo em termos de transferaªncia de tecnologia da Universidade para a sociedade

Atualmente, a Unicamp possui um portfa³lio de 1087 patentes. Em 2010, o número era de 601 patentes, havendo um aumento de 80% no portfa³lio em 10 anos. Com um dos maiores portfa³lios de patentes entre as universidades brasileiras e a aprovação de sua Pola­tica de Inovação em 2019, a Agência de Inovação Inova Unicamp, órgão responsável pela gestãodo portfa³lio da Universidade, vai iniciar neste segundo semestre uma revisão de todo o portfa³lio de patentes. O objetivo éidentificar o potencial econa´mico de patentes ainda em seu esta¡gio de invenção, e assim desenvolver um portfa³lio mais competitivo em termos de transferaªncia de tecnologia da Universidade para a sociedade.

A revisão foi levantada no Webinar de Cultura da Propriedade Intelectual, do Praªmio Inventores 2020 (evento que homenageia os inventores da Unicamp). A diretora de Propriedade Intelectual, Raquel Barbosa, comentou que o processo tem duasDimensões que estãoocorrendo paralelamente: a revisão do portfa³lio acumulado de patentes e a reformulação da estratanãgia de patenteabilidade da Universidade. Em ambos, a análise ira¡ além dos requisitos ba¡sicos de patenteabilidade como, por exemplo, de serem passa­veis de novidade.

“Vamos olhar cada pedido de patente observando suas caracteri­sticas em torno de modelo de nega³cio, estratanãgia de distribuição, transferaªncia da tecnologia. Para essa análise multidisciplinar, teremos um processo mais integrado, com a participação de todos os gestores da Inova. Com uma análise profunda do portfa³lio, ele chegara¡ mais rápido no seu objetivo final: beneficiar a sociedade atravanãs de um produto ou processo inovador”, explicou Barbosa.

No que se refere ao portfa³lio acumulado de patentes, a Agência estãocontando, entre outros parceiros, com o apoio da Pris, empresa que oferece consultoria para apoiar instituições no processo de amadurecimento da Propriedade Intelectual (PI), transformando seus ativos em fonte de valor. Daniel Eloi, sãocio da empresa, comentou durante o evento sobre a gestãode portfa³lios:

“Existem cenários convencionais da gestãoda PI com bom desempenho em redação e busca de patentes, mas não háuma análise de patenteabilidade, revisão peria³dica do portfa³lio. Desta forma, patentes que poderiam ter um uso ficam guardadas, fazendo com que o portfa³lio seja um gerador de custos ao invanãs de uma fonte de valor”, relatou Eloi.

Apesar de a Inova Unicamp já atuar fortemente na oferta tecnologiica, com resultados na transferaªncia de tecnologias com destaque na Amanãrica Latina, Eloi explica que a análise peria³dica do portfa³lio éessencial porque equilibra os gastos com patentes que realmente necessitam proteção e as que não precisam, como invenções de cunho social que teriam seu propa³sito cumprido com a publicação de um artigo cienta­fico, por exemplo. Desta forma, os investimentos podem ser voltados em patentes que no futuro tera£o um maior benefa­cio econa´mico gerado pela tecnologia e proteção em si.

Universidades: A engrenagem da PI brasileira

Em 2019, o Instituto de Biologia foi o maior depositante da Unicamp. Dos 67 pedidos de patentes feitos pela Universidade em 2019, 18 tiveram a participação de pesquisadores do IB, o que rendeu ao Instituto o Praªmio Inventores como Unidade Destaque em Propriedade Intelectual.

Para Claudio Castanheira, Diretor Geral da Clarke Modet Propriedade Intelectual, Universidades como a Unicamp são o grande motor da área no Brasil, mas ele acredita que possuem um potencial ainda maior. “O Brasil tem um investimento significativo em Pesquisa e Desenvolvimento, 1,26% do PIB foi revertido para este fim em 2017. Atualmente, precisamos de mais pesquisadores envolvidos em mais projetos para que estes se transformem em parcerias”, afirmou Castanheira.

Essas e outras experiências foram compartilhadas no webinar “Praªmio Inventores: Cultura de de Propriedade Intelectual”, que contou com a participação de 153 pessoas conectadas ao vivo e agora estãodispona­vel na a­ntegra no canal do YouTube da Inova Unicamp.

 

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