Campus

Pesquisa traz perfil socioecona´mico inanãdito da comunidade universita¡ria
Realizada para avaliar condia§aµes para retomada do calenda¡rio acadaªmico, traz dados de técnicos, professores e estudantes de graduaa§a£o e de pa³s-graduaa§a£o
Por UnB - 17/07/2020

Os diretores de unidades da Universidade de Brasa­lia receberam no ini­cio desta semana um balana§o geral da Pesquisa Social UnB: condições para a retomada do calenda¡rio, realizada pelo Comitaª de Coordenação das Atividades de Recuperação (CCAR). Trata-se do primeiro banco de dados desse tipo coletado de forma institucional pela UnB, com ampla cobertura e permitindo analisar a diversidade de perfis e situações das pessoas que da£o vida a  Universidade.

Com os dados da pesquisa, a Reitoria passa a ter uma noção mais real de quantas pessoas precisara£o de apoio para conectividade na retomada do calenda¡rio acadaªmico. Esse suporte inclui o lana§amento de editais para garantir o acesso a  internet pelos estudantes em situação de vulnerabilidade socioecona´mica, bem como pagamento de auxa­lio ou empréstimo de ma¡quinas a discentes sem computador ou tablet.

Comunidade acadaªmica respondeu pesquisa social on-line organizada pelo CCAR. Foto: Reprodução 

“O levantamento foi realizado a partir da preocupação de que não se pode aprofundar desigualdades no processo de ensino remoto”, afirma o professor Laºcio Renna³, diretor do Instituto de Ciência Pola­tica (Ipol) e coordenador do Subcomitaª de Pesquisa Social do CCAR. Em seis semanas de atividades, o comitaª concluiu a elaboração do questiona¡rio, a realização do trabalho de campo e a análise de dados. A pesquisa foi realizada por um grupo interdisciplinar com larga experiência em levantamentos de opinia£o pública.

Os diretores receberam nota técnica, apresentação resumida dos resultados e tabelas e figuras com informações agregadas para discentes de graduação e docentes, além de arquivo com dados desagregados sobre discentes de sua própria unidade. “Agora, a UnB tomara¡ as necessa¡rias medidas de disponibilização de equipamentos de informa¡tica e de acesso a  internet”, diz o vice-reitor Enrique Huelva, coordenador do CCAR.

Ao todo, foram coletados 25.897 questiona¡rios, preenchidos por técnicos, docentes, estudantes de graduação e de pós-graduação. Os resultados apresentam perfil socioecona´mico da comunidade universita¡ria, avaliação da disponibilidade de equipamentos de informa¡tica, acesso a  internet, condições de trabalho/estudo no domica­lio, uso de ferramentas digitais e situação de saúde dos membros da comunidade e suas fama­lias.

“Os dados são aºteis para aprimorar nossa vida acadaªmica. As informações auxiliam sobremaneira a organização da retomada das atividades não presenciais”, avalia o vice-reitor. A maior participação na pesquisa foi dos docentes, com a adesão de 77,7%. Entre os técnicos, a taxa de resposta ficou em 40,6%. Foi baixa a adesão dos estudantes de pós-graduação, 20,2%. Já 50% dos estudantes de graduação responderam ao questiona¡rio disponibilizado on-line.

Os resultados do corpo discente de graduação foram bastante expressivos para a compreensão das necessidades na adoção de atividades acadaªmicas de maneira remota:

•    6% não tem computador ou tablet, pra³prio ou compartilhado.
•    Aproximadamente 30% tem acesso preca¡rio, lento ou não tem qualquer acesso a  internet.
•    74% do corpo discente são usuários de a´nibus, transporte paºblico e coletivo, como modal mais frequente de locomoção aos campi.
•    A comunidade discente entrevistada éafetada pela pandemia, édependente do SUS e tem familiares em grupos de risco.

Esses e outros dados de estudantes de graduação foram analisados em detalhes, porque a taxa de resposta éconsiderada aceita¡vel e compata­vel com outras pesquisas do tipo, realizadas por internet ou por e-mail. O mesmo ocorreu em relação aos docentes, com ampla cobertura e limitado potencial para distorções. “Os dois grupos foram analisados mais detidamente, neste primeiro momento. Mas isso em nada impede análises futuras mais detalhadas sobre técnicos e alunos de pa³s”, explica Laºcio Renna³.

 

.
.

Leia mais a seguir