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Telescópio gigante vai revolucionar visão e compreensão do Universo
Investimentos em pesquisas no Telescópio Gigante de Magalha£es va£o acelerar a prototipagem e teste de alguns dos mais poderosos sistemas a³pticos e tecnologias infravermelhas já projetadas
Por USP/MaisConhecer - 17/09/2020


Cada um dos sete espelhos do Telescópio Gigante de Magalha£es tem 8,4 metros de dia¢metro, juntos formando uma únicasuperfÍcie a³ptica de 24,5 metros com uma área total de coleta de 368 metros quadrados osFoto: Damien Jemison/GMTO Corporation

As pesquisas sobre o Universo que sera£o feitas a partir de um dos mais poderosos telesca³pios do mundo, o Telescópio Gigante de Magalha£es (GMT), em construção no Observatório Las Campanas, no Chile, podera£o contar com o desenvolvimento de tecnologias revoluciona¡rias que podem transformar a visão e compreensão sobre o mundo. Isso porque a corporação responsável pela construção e operação do telesca³pio, a Giant Magellan Telescope (GMTO), recebeu uma doação de US$ 17,5 milhões do National Science Foundation (NSF) para acelerar a prototipagem e teste de alguns dos mais poderosos sistemas a³pticos e tecnologias infravermelhas já projetadas. A NSF éa principal agaªncia de fomento a  pesquisa ba¡sica nos Estados Unidos que promove a pesquisa e educação em todos os campos da ciência e engenharia.

Com a doação, o avanço nas pesquisas permitira¡ aos astrônomos ver mais longe no espaço e com mais detalhes do que qualquer outro telesca³pio a³ptico anterior, considerando aproximadamente três vezes o tamanho de qualquer telesca³pio a³ptico de solo construa­do atéhoje. O avanço na qualidade de imagem éum pré-requisito para que o GMT cumpra seu potencial cienta­fico e expandir o conhecimento do Universo.
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Em termos cienta­ficos, o investimento vai permitir que o GMT construa dois bancos de teste de fases que permitira£o aos engenheiros demonstrar, em um ambiente de laboratório controlado, que seus projetos funcionara£o para alinhar e fasear os sete segmentos de espelho com a precisão necessa¡ria para alcana§ar imagens limitadas por difração na primeira luz em 2029. Ela também permite a construção parcial e o teste de um sistema de a“ptica Adaptativa de Espelho Secunda¡rio (ASM) de próxima geração, que éusado para realizar a correção de distorção atmosfanãrica e de fase do espelho prima¡rio.

A USP participa do Comitaª Diretor do Consãorcio GMT com a astrofa­sica Claudia Mendes de Oliveira, professora e pesquisadora do Instituto de Astronomia, Geofa­sica e Ciências Atmosfanãricas (IAG), e tem a Fundação de Amparo a  Pesquisa do Estado de Sa£o Paulo (Fapesp) como membro do consãorcio internacional de instituições de pesquisa que tera¡ direito a realizar estudos no telesca³pio. “A concessão desta verba pela NSF épreciosa para o GMT, pois possibilita, entre outros, o desenvolvimento de tecnologia inanãdita de engenharia de precisão, para colocar em fase os espelhos gigantes”, afirma a pesquisadora. Quem coordenou o esfora§o brasileiro na participação da construção do telesca³pio GMT foi o também professor e pesquisador do IAG Joa£o Steiner, que faleceu no dia 10 de setembro de 2020 (ele aparece no va­deo abaixo sobre o empreendimento).

O GMT faz parte do programa americano de Telescópios Extremamente Grandes (US-ELTP), uma iniciativa conjunta com o National Optical-Infrared Astronomy Research Laboratory (NOIRLab) da NSF para fornecer acesso de observação a todo o canãu como nunca foi possí­vel antes. Apa³s a conclusão de cada telesca³pio, os cientistas americanos e parceiros internacionais podera£o tirar proveito dos dois telesca³pios pioneiros do programa para realizar pesquisas transformacionais que respondem a algumas das questões mais importantes da humanidade, como “estamos sozinhos no Universo?” e “de onde viemos?”.
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Esta comparação de qualidade de imagem éde um pequeno pedaço do canãu observado do
solo atravanãs da atmosfera (esquerda), como o Telescópio Espacial Hubble observaria (centro),
e uma simulação do Telescópio Gigante de Magalha£es usando a³ptica adaptativa para
alcana§ar o limite de difração (direita). Quando em operação, o GMT alcana§ara¡ resolução
dez vezes melhor do que o Telescópio Espacial Hubble
 Foto: GMTO Corporation

 

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