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LatinXChem reaºne mais de mil pesquisadores da Quí­mica em evento no Twitter
A ideia do evento, conforme Gabriel Merino, professor do Centro de Investigaa§a£o em Estudos Avana§ados do Manãxico, já vinha sendo pensada, mas para opaís mexicano.
Por Liana Coll - 06/10/2020


LatinXChem reaºne milhares de pesquisadores da Quí­mica

Voltado a  comunidade cienta­fica latino-americana da área de Quí­mica, o LatinXChem reuniu virtualmente mais de mil pessoas em setembro, se firmando como a maior conferaªncia já realizada no Twitter. Com um modelo de fa³rum aberto, o evento possibilitou a interação e o fortalecimento de redes de contato na regia£o da Amanãrica Latina. Dentro da programação, além da apresentação de pa´steres em diversos formatos, como va­deos e gifs, também ocorreram conferaªncias de importantes pesquisadores da Quí­mica, incluindo Frances Arnold, ganhadora do Nobel de Quí­mica de 2018.

A ideia do evento, conforme Gabriel Merino, professor do Centro de Investigação em Estudos Avana§ados do Manãxico, já vinha sendo pensada, mas para opaís mexicano. Por conta da pandemia do novo coronava­rus e com a impossibilidade de atividades presenciais, ele conta que começou a contatar professores de outrospaíses para expandir os horizontes da conferaªncia. Nasceu assim o LatinXChem que, com um custo de organização baixo, por ser virtual, conseguiu reunir a apresentação de 1.200 pa´steres.

“Depois da pandemia, nosvimos que seria legal fazer o evento não são no Manãxico, mas em toda a Amanãrica Latina. A ideia principal foi fazer algo para os estudantes, porque eles não tiveram a oportunidade de mostrar suas pesquisas. Por conta da pandemia, nosnão temos muito dinheiro no momento, então éuma ideia boa tentar usar as tecnologias”, afirma Gabriel.

A professora do Instituto de Quí­mica (IQ) da Unicamp Luciana Gonzaga de Oliveira foi uma das organizadoras do LatinXChem, cuja articulação contou com o engajamento de 17 professores depaíses como Brasil, Manãxico e Chile. Segundo a docente, um dos ganhos do evento foi o impulso a  internacionalização. “O LatinXChem foi uma grande oportunidade de fortalecer as colaborações entre grupos de pesquisa na Amanãrica Latina. Muitos de nosnão ta­nhamos a ideia da ciência que estava sendo desenvolvida nos outrospaíses da regia£o, e evento foi uma grande oportunidade de colaboração”, diz.

Conferência via Twitter

Na conferaªncia via Twitter, as apresentações foram divididas por áreas tema¡ticas: Quí­mica Anala­tica; Quí­mica Biola³gica; Cata¡lise; Educação Quí­mica; Energia e Sustentabilidade; Quí­mica Ambiental; Quí­mica Inorga¢nica; Nanociências e Quí­mica dos Materiais; Quí­mica Orga¢nica; Quí­mica Fa­sica e Quí­mica Tea³rica. Os trabalhos foram aceitos em três idiomas: inglês, portuguaªs e espanhol, para possibilitar a maior participação possí­vel. Para cada área, jurados elegeram os melhores pa´steres, que receberam prêmios. Traªs alunos da Unicamp foram contemplados: Bianca Ferreira (1º lugar/Quí­mica Anala­tica); Bruna Domingues Vieira (2º lugar/Quí­mica Biola³gica) e Leonardo Duarte (4º lugar/Quí­mica Tea³rica).

Fortalecendo conexões na Amanãrica Latina

Segundo Luciana, apesar dos prêmios, o ponto mais importante do LatinXchem foi a interação e as discussaµes, e não a competição. “Na³s pudemos ver toda a comunidade comemorando pelos vencedores. Foi uma demonstração de empatia e de como podemos ter uma conexão mais forte com nossos colegas da Amanãrica Latina”, observa. No dia da apresentação de trabalhos, 7 de setembro, foram geradas mais de 250 mil impressaµes, que mostram quantas pessoas visualizaram os tweets, e cerca de 20 milhões de impactos no Twitter.

O formato de apresentações no Twitter, conforme conta outra organizadora do evento, Maria Gallardo-Williamns, professora da Universidade Estadual da Carolina do Norte e natural da Venezuela, foi uma ideia inspirada em iniciativa da Royal Society of Chemistry, que costuma realizar eventos utilizando a plataforma. Ela conta que as a abrangaªncia das interações e o número de inscrições foram superadas. “Nossas expectativas não eram tão altas quanto ao que aconteceu. Acha¡vamos que tera­amos umas 300 pessoas participando e tivemos 1.200 mil. Houve a participação de 42países, a maioria da Amanãrica Latina, mas também depaíses africanos e da Europa, asia. Foi um evento global que proporcionou uma a³tima experiência”, avalia.

Com a experiência positiva do LatinXchem, o grupo de professores que o organizou pretende realizar mais eventos. “Teremos a oportunidade de organizar sanãrie de webinários e cursos que queremos continuar realizando. Na³s queremos criar pontes entre os nossospaíses para compartilhar pesquisas na área da Quí­mica, criando uma comunidade mais forte na Amanãrica Latina”, conta o professor da Universidade das Amanãricas Puebla (UDLAP) Miguel Rojas, também membro da organização.

Saiba mais sobre o evento no Twitter (@LatinXChem) e no website.

 

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