Campus

Psica³logo de Cambridge ajuda o Facebook a combater a desinformação sobre asmudanças climáticas
A gigante da ma­dia social recorre a um especialista em comportamento e comunicaça£o para ajuda¡-la a enfrentar os perigosos mitos anticienta­ficos que circulam online.
Por Fred Lewsey - 19/02/2021


Cortesia

O Facebook estãoem uma posição única para conter a circulação de desinformação online

Sander van der Linden

O Facebook buscou a ajuda de especialistas em propaganda anti-meio ambiente, incluindo um psica³logo de Cambridge, para melhorar seu Centro de Informações sobre Ciência do Clima e ajudar mais dos quase três bilhaµes de usuários mensais da plataforma a encontrar os dados precisos mais recentes da ciência do clima.  

O Dr. Sander van der Linden éum dos três especialistas em comportamento e comunicação que foram convocados pela gigante da ma­dia social para aconselhar sobre a melhor forma de desmascarar os mitos ta³xicos sobre o aquecimento global que se espalham como um incaªndio em plataformas digitais como o Facebook.

Junto com acadaªmicos das universidades de Yale e George Mason, Van der Linden ajudou o Facebook a expandir seu centro digital, que conecta seus usuários a pesquisas comprovadas e avaliadas das principais organizações de mudança climática do mundo, incluindo o programa Ambiental da ONU.

Van der Linden e colegas trabalharam com equipes do Facebook para projetar os tipos de comunicação mais eficazes para a iniciativa de desinformação da plataforma, incluindo uma seção que desafia os mitos dasmudanças climáticas prejudiciais, como a crena§a de que o aquecimento global éapenas parte de um ciclo natural de flutuação de temperatura, e que o dia³xido de carbono atmosfanãrico mais verde do planeta.      

Já dispona­vel nos Estados Unidos e em partes da Europa, hoje também marca a expansão do Facebook da disponibilidade de seu Centro de Informações sobre Ciências do Clima para outras nações importantes, incluindo Brasil, Canada¡, andia, Indonanãsia, Niganãria e Espanha.  

“A mudança climática éuma ameaça existencial, o que torna a desinformação sobre a mudança climática uma ameaça existencial”, disse Van der Linden, Diretor do Laborata³rio de Decisão Social de Cambridge no Departamento de Psicologia da Universidade.

“A disseminação de falsidades prejudiciais paµe em risco onívelde cooperação internacional necessa¡rio para prevenir o aquecimento global catastra³fico. O Facebook estãoem uma posição única para conter a circulação de desinformação online, e a nova seção de 'destruição de mitos' do clima éum passo importante para desmascarar falsidades perigosas. "

“Esperamos que esta colaboração ajude as pessoas em todo o mundo a discernir melhor o fato da ficção”, disse Van der Linden.

Em artigo publicado na Newsroom do Facebook, a empresa afirma que o combate a smudanças climáticas comea§a com “o combate a  desinformação em torno delas”. “Continuaremos trabalhando para expandir o Centro de Informações sobre Ciências do Clima, fornecendo informações confia¡veis ​​de fontes verifica¡veis ​​e, esperamos, inspirando as pessoas a agirem em suas comunidades”, afirma.

O Dr. Anthony Leiserowitz do Programa de Comunicação sobre Mudanças Clima¡ticas de Yale, que trabalhou com Van der Linden e o Dr. John Cook da George Mason University, disse que, embora a desinformação sobre asmudanças climáticas seja anterior a  Internet, ela foi “bastante amplificada em nosso novo mundo digital ”.

Em um teste adicional especa­fico do Reino Unido, o Facebook afirma que rotulara¡ automaticamente as postagens contendo informações incorretas sobremudanças climáticas com uma das várias marcas que não apenas direcionam os usuários para o novo Centro, mas emitem uma mensagem corretiva curta - como o fato de que 97% da comunidade cienta­fica mundial estãode acordo sobre a ameaça do aquecimento global.

Van der Linden já conduziu pesquisas mostrando que apresentar fatos na forma de uma declaração sobre consenso pode encorajar um acordo e trabalhar em todo o espectro pola­tico para trazer as opiniaµes das pessoas para mais perto da verdade.

Ele atémostrou que os fatos sobre o consenso cienta­fico podem ser usados ​​para “pré-enganar” - desmascarar preventivamente - o paºblico contra a desinformação climática, em uma forma de “inoculação” psicológica. Mais recentemente, ele trabalhou com colegas e com o Gabinete do Governo do Reino Unido para adaptar essas técnicas para enfrentar as teorias da conspiração sobre o COVID-19 .    

O Facebook afirma que, empaíses onde seu Centro de Informação sobre Ciência do Clima ainda não foi disponibilizado, a plataforma direcionara¡ as pessoas ao site do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente . Nancy Groves, das Nações Unidas, disse que pretende continuar trabalhando com o Facebook “para dissipar mitos e fornecer acesso a s últimas novidades da ciência sobre a emergaªncia climática”.  

 

.
.

Leia mais a seguir