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Opinia£o: Por que os cientistas precisam trabalhar mais de perto com as comunidades religiosas nasmudanças climáticas
Para fazer progresso suficiente na luta contra asmudanças climáticas, os cientistas precisam comea§ar a levar os grupos religiosos mais a sanãrio como aliados, escreve o cientista pola­tico de Cambridge, Dr. Tobias Ma¼ller, na Nature .
Por Cambridge - 06/04/2021


Unitarista Universalista e um contingente maior de féparticipando da Marcha dos Povos pelo Clima em 21 de setembro de 2014 - Crédito: © Peter Bowden

"Estou acostumado a olhares canãticos quando converso com cientistas sobre meu trabalho com comunidades religiosas"

Tobias Ma¼ller

Estou acostumado a olhares canãticos quando converso com cientistas sobre meu trabalho com comunidades religiosas. Eles tem motivos para ver a ciência sob a ameaça de fana¡ticos: os exemplos são abundantes, desde o tratamento de Galileu Galilei a  aversão a  vacina. Mas as comunidades religiosas podem sentir o mesmo em relação aos cientistas. Mesmo que eles discordem em tópicos importantes, épossí­vel e essencial colaborar em questões urgentes, como o fato de que grandes partes da Terra estãose tornando inabita¡veis. Na minha opinia£o, esta Pa¡scoa, Pa¡scoa ou Ramada£ éo momento perfeito para comea§ar.

Sou um cientista pola­tico que estuda como grupos religiosos respondem aos problemas, desde crises ambientais atéviolência doméstica e racismo. Desde 2013, tenho trabalhado com outros pesquisadores, alguns religiosos e outros não, para explorar a ciência do clima com comunidades de fanã.

Eu vi o poder dessa abordagem: cerca de 1.200 instituições se comprometeram a desinvestir de empresas de combusta­veis fa³sseis, totalizando US $ 14,5 trilhaµes. Um tera§o são organizações baseadas na fanã. Muitos, como a Operação Noah, são liderados por cientistas. Da mesma forma, o grupo Extinction Rebellion Muslims construiu uma rede transnacional com cientistas e ativistas no Quaªnia, Ga¢mbia, Reino Unido e além ; eles organizam semina¡rios “Green Ramadan”. Seus esforços paralisaram os planos de um resort tura­stico de luxo que teria destrua­do partes do Parque Nacional de Naira³bi, no Quaªnia. Um co-ativista, o lider Maasai Nkamunu Patita, foi nomeado para uma força-tarefa do governo que mapeara¡ as rotas de migração da vida selvagem e seráconsultado em planos de desenvolvimento futuros.

Esta éa abertura de um artigo de opinia£o publicado na Nature em 30 de mara§o de 2021. 

O Dr. Tobias Ma¼ller épesquisador jaºnior no Woolf Institute e conferencista afiliado no Departamento de Pola­tica e Estudos Internacionais de Cambridge (POLIS).

 

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