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Revista em quadrinhos aborda Distaºrbios da Diferenciação do Sexo
Na história do gibi, a pequena Maria explica ao amigo Luke que nasceu com uma ambiguidade genital, situaa§a£o que impede a definia§a£o imediata do sexo da criana§a.
Por Camila Delmondes - 26/04/2021



Divulgar informações médicas com segurança, a partir de um formato mais atrativo a s criana§as e seus familiares éo principal objetivo da revista em quadrinhos Entendendo as Diferena§as lana§ada recentemente pelo docente do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Manãdicas (FCM) da Unicamp, Ma¡rcio Miranda, pela as Editorial. A publicação tem como tema central os distúrbios da diferenciação sexual e conta com ilustrações de Fa¡bio Oliveira.

“Nosso foco éabordar as alterações genital, cromossa´mica e gonadal que podem desencadear em anomalias da genita¡lia. Nessas situações, a criana§a precisa passar por cirurgia de adequação da genita¡lia ao sexo biola³gico”, explica Ma¡rcio Miranda sobre a revista que apresenta prefa¡cio tanãcnico assinado pelos coordenadores do Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo (GIEDDS) do Hospital de Cla­nicas da Unicamp, Gil Guerra Jaºnior e Andrea Maciel Guerra, e posfa¡cio escrito pelo cirurgia£o urologista pedia¡trico  do Hospital de Cla­nicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Eduardo Corraªa Costa.

Na história do gibi, a pequena Maria explica ao amigo Luke que nasceu com uma ambiguidade genital, situação que impede a definição imediata do sexo da criana§a. “Quando eu nasci, o pediatra me examinou e disse pra minha ma£e que achava que eu era menino, mas que tinha alguma coisa errada com meu genital. Eu tinha o clita³ris aumentado parecendo um pipi. Felizmente, ele não deixou fazer o registro e solicitou uma avaliação de um grupo de médicos especializado”, relata a personagem que precisou passar por cirurgia de adequação.

“Muitas vezes, os pais tem dificuldades para formular ou expor suas daºvidas ao médico do filho. Vocaª pergunta: ma£e, pai, vocaªs ficaram com alguma daºvida? Geralmente a resposta é“não”, mas, como médicos, sabemos que elas estãoali. Atravanãs dos quadrinhos eu consigo abordar informações de saúde de forma mais palata¡vel, aproximando o conhecimento cienta­fico da realidade do paciente e seus familiares”.


De acordo com o cirurgia£o pedia¡trico da FCM, embora situações de ambiguidade genital sejam frequentemente observadas no cotidiano, elas ainda são cercadas por mitos, histórias de medo e preconceito. “a‰ possí­vel abordar temas de saúde de uma maneira muito clara, objetiva e simples, e assim contribuir para desmistificar assuntos que muitos consideram complexos. No caso da personagem Maria, que nasceu com genita¡lia amba­gua, ela simplesmente precisou fazer uma cirurgia para ter sua genital adequada ao sexo e assim se sentir feliz”, explica.

Além da história da pequena Maria, o gibi Entendendo as Diferena§as também apresenta um glossa¡rio de termos cienta­ficos e o infogra¡fico GenderBread, que explica a formação dos indivíduos a partir do sexo biola³gico (genital e cromossomos), do gaªnero (sexo psicola³gico) e do desejo (sexualidade). A publicação éa terceira de uma sanãrie editada por Ma¡rcio Miranda voltada ao paºblico infantil. As duas primeiras edições tiveram como temas, os cuidados necessa¡rios para a realização de procedimentos ciraºrgicos e a incontinaªncia de fezes e urinas em pacientes cadeirantes.

“Muitas vezes, os pais tem dificuldades para formular ou expor suas daºvidas ao médico do filho. Vocaª pergunta: ma£e, pai, vocaªs ficaram com alguma daºvida? Geralmente a resposta é“não”, mas, como médicos, sabemos que elas estãoali. Atravanãs dos quadrinhos eu consigo abordar informações de saúde de forma mais palata¡vel, aproximando o conhecimento cienta­fico da realidade do paciente e seus familiares”.

 

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