Humanidades

Tudo estava melhor nos bons e velhos tempos?
Uma edia§a£o especial de Psicologia e envelhecimento mostra que muitos doma­nios da vida não pioraram ao longo do tempo hista³rico. De fato, hoje em dia a vida dos idosos anã, de muitas maneiras, muito melhor!
Por MaisConhecer - 02/01/2020


As pessoas idosas hoje não são mais solita¡rias do que seus pares nas décadas anteriores . Foto: M. Heyde / HU Berlim

Qual éa questãoespecial?

A edição especial examina como o contexto hista³rico pode moldar o desenvolvimento e o envelhecimento de adultos. Ele apresenta vários estudos independentes que mostram, entre outras descobertas, como os adultos mais velhos hoje demonstram melhores na­veis de funcionamento e menos decranãscimos do que os adultos da mesma idade que foram estudados hávárias décadas.

Qual éo significado do problema?

Essasmudanças hista³ricas parecem ter sido provocadas pelo acesso ampliado aos recursos individuais (por exemplo, educação e saúde);mudanças na vida social, como a crescente importa¢ncia de amizades e não-parentes; avanços em tecnologia; emudanças no zeitgeist e atitudes em relação a  velhice. No entanto, éimportante ter em mente que a história de sucesso testemunhada por idosos nos anos 60 e 70 pode não ser generalizada para aqueles na meia-idade (por exemplo, na faixa dos 40 anos) e em idade muito avana§ada (por exemplo, nos anos 80 e 70). anos 90). Tambanãm éimportante observar que esses estudos foram realizados empaíses desenvolvidos como Estados Unidos, Alemanha e Holanda, e podem não generalizar parapaíses menos desenvolvidos.

Como surgiu esta edição especial?

Grupos de pesquisa de muitas instituições nos Estados Unidos, Alemanha e outrospaíses europeus contribua­ram para a edição especial. Os artigos são baseados em mais de 20 estudos longitudinais de longo prazo de adultos mais velhos. A abordagem anala­tica usual era comparar diretamente os idosos testados em uma anãpoca hista³rica (por exemplo, 75 anos testados no ini­cio dos anos 90) com adultos da mesma idade hoje (por exemplo, 75 anos em meados de 2010) , levando em consideração varia¡veis ​​relevantes de background, como educação, saúde física e incorporação social.

Conte-nos sobre algumas sugestaµes importantes.

Os artigos da edição especial apresentam uma variedade de descobertas. Por exemplo, um estudo mostrou que não háevidaªncias para a chamada epidemia de narcisismo, pelo menos entre aqueles com mais de 40 anos ou mais. Pelo contra¡rio, os adultos de meia-idade e mais velhos hoje relatam na­veis mais baixos de formas desadaptativas de narcisismo. Da mesma forma, estudos independentes nos Estados Unidos, Alemanha e Holanda relatam consistentemente que não háevidaªncias de que a geração atual de idosos seja mais solita¡ria do que os adultos da mesma idade há10 ou 20 anos. Uma razãopara essa descoberta pode ser que os amigos desempenhem um papel muito maior na integração social dos idosos hoje do que naqueles décadas atrás. Outro estudo mostrou que os adultos mais velhos na segunda década do século XXI percebem suas vidas como menos controladas externamente por outros do que os adultos de uma idade semelhante nos anos 90; eles continuam acreditando em sua capacidade de alcana§ar objetivos desejáveis.

Sobre os editores convidados

Johanna Drewelies épesquisadora de pa³s-doutorado na Humboldt-Universita¤t zu Berlin, Alemanha. Anteriormente, foi bolsista da Escola Internacional de Pesquisa Max Planck no Curso de Vida (LIFE), em Berlim. Sua pesquisa se concentra na psicologia do desenvolvimento da vida útil, com foco no desenvolvimento diferencial na idade adulta e na velhice em diferentes contextos contextuais (por exemplo, sãocio-hista³rico; roma¢ntico).

Oliver Huxhold épesquisador saªnior do Centro Alema£o de Gerontologia, Berlim, Alemanha. Sua formação cienta­fica éa psicologia do ciclo de vida, com foco especa­fico em influaªncias contextuais, como desigualdade social e processos de mudança hista³rica. Grande parte de seu trabalho se concentra no desenvolvimento social no final da vida. Ele émembro do conselho editorial de Psicologia e Envelhecimento e Revistas de Gerontologia: Ciências Psicola³gicas.

Denis Gerstorf éprofessor de psicologia na Universidade Humboldt de Berlim, Alemanha. Como estudioso da vida, Gerstorf estuda a natureza e os mecanismos subjacentes a  estabilidade e a smudanças no funcionamento psicossocial durante a segunda metade da vida, e possui um portfa³lio de pesquisa de longa data que gira em torno de uma melhor compreensão de como uma variedade de contextos molda a dina¢mica de adaptação individual (dia¡ria) e desenvolvimento (a longo prazo). Gerstorf atua como editor (associado / seção) dos peria³dicos Psicologia e Envelhecimento, Gerontologia e International Journal of Behavioral Development, émembro da Gerontological Society of America, professor adjunto de desenvolvimento humano e estudos de familia da Pennsylvania State University, estado College, PA, pesquisador do Painel Socioecona´mico e presidente do conselho interdisciplinar.

 

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