Pesquisa constata que o efeito do comanãrcio de escravos sobre a propriedade firme persiste hoje
Hoje, os efeitos do comanãrcio de escravos na áfrica persistem entre empresas em partes do continente, com empresas mais freqa¼entemente controladas por indivíduos ou famalias
Crédito: Olin School of Business
Hoje, os efeitos do comanãrcio de escravos na áfrica persistem entre empresas em partes do continente, com empresas mais freqa¼entemente controladas por indivíduos ou famalias - geralmente porque elas tem acesso limitado ao financiamento de ações e propriedade compartilhada.
Enquanto isso, os nega³cios nospaíses africanos menos afetados pelo comanãrcio de escravos tem estruturas de propriedade mais diversificadas.
Embora a propriedade de capital fechado não seja necessariamente ruim, uma pesquisa em co-autoria de um membro do corpo docente da Universidade de Washington, na Olin Business School de St. Louis, sugere que algumas empresas africanas podem perder oportunidades de crescimento do século XXI sem a capacidade de aumentar o capital atravanãs da propriedade compartilhada.
"O comanãrcio de escravos parece prever a estrutura de propriedade de maneiras que nada mais pode explicar", disse Lamar Pierce, professor de organização e estratanãgia da Olin School e co-autor do novo estudo.
Em particular, a pesquisa mostrou que as empresas manufatureiras - fortemente dependentes do capital de investimento por meio de davida ou patrima´nio - tendem a ter estruturas de propriedade muito mais estreitas empaíses fortemente afetados pela escravida£o, principalmente na áfrica ocidental e central.
"Embora a concentração aciona¡ria possa ser muito útil, não éruim ter a opção de diversificar a propriedade", afirmou Pierce.
Pierce e o co-autor Jason A. Snyder, da Universidade de Utah, descrevem suas conclusaµes em "Origens hista³ricas da estrutura de propriedade da empresa: os efeitos persistentes do comanãrcio de escravos na áfrica", a ser publicado no Academy of Management Journal .
O trabalho baseia-se na pesquisa de agosto de 2017 da dupla na Review of Financial Studies , que mostrou que as empresas empaíses fortemente afetados pelo comanãrcio de escravos agora tem acesso mais limitado a formas de financiamento, como empréstimos banca¡rios ou linhas de cranãdito.
Essa pesquisa, por sua vez, baseia-se no trabalho de outros pesquisadores que criaram um banco de dados ligando quase 81.000 escravos a 52países africanos modernos. Pierce e Snyder fizeram referaªncia cruzada desses dados com extensos dados sobre empresas da Pesquisa do Banco Mundial sobre Empresas.
'Estudiosos de nega³cios não estãoestudando áfrica'
Pierce disse que ele e Snyder não poderiam dizer definitivamente que o comanãrcio de escravos causou a concentração posterior da propriedade corporativa. Mas nenhuma outra varia¡vel que eles investigaram poderia explicar a relação, incluindo clima, colonialismo, recursos naturais como ouro ou petra³leo, acesso a linhas costeiras ou a distância para exigir mercados.
E hálguma evidência de que o relacionamento érealmente causal.
"Uma coisa que aumenta nossa confianção éque um monte de historiadores estudou isso", disse Pierce. O modelo dos pesquisadores sugere que 67% das empresas empaíses com exportações de escravos acima da mediana teriam propriedade exclusiva. Por outro lado, ospaíses abaixo da mediana das exportações de escravos tem 46% de propriedade exclusiva.
Além disso, isso implica que a diferença na porcentagem de empresas individuais entre ospaíses mais baixos e os mais altos do tra¡fico de escravos éde 43 pontos percentuais.
O trabalho de Pierce e Snyder estãono inicio de uma área florescente de pesquisa de nega³cios focada no continente africano.
"Os estudiosos de nega³cios não estãoestudando a áfrica. Eles simplesmente não estão", disse Pierce. "a‰ um continente incrivelmente rápido em crescimento econa´mico, com taxas de alfabetização explosivas e melhoria drama¡tica das instituições políticas".
Embora alguns questionem se essa pesquisa pode ser generalizada além da áfrica, ele se pergunta se énecessa¡rio, dado que o continente representa um sexto da população mundial.
"Eu nunca oua§o essa pergunta quando faa§o pesquisas em empresas americanas. a‰ uma pergunta valiosa, mas não quando se trata de questionar a validade da pesquisa", disse ele. "Compreender o papel das empresas éimportante por si são."
Choque trauma¡tico
Nesta e em suas pesquisas anteriores, Pierce e Snyder começam a entender os efeitos persistentes de um "choque trauma¡tico" macia§o que reduziu a população do continente pela metade entre os séculos XV e XIX, quando 12 a 18 milhões de africanos foram apreendidos como escravos.
O artigo de 2017 forneceu "a primeira evidência de que o comanãrcio de escravos moldou os mercados modernos, restringindo a contratação financeira entre empresas", escreveram Pierce e Snyder. "Mais especificamente, eles mostram que as empresas não podem acessar servia§os banca¡rios ou de cranãdito".
Este novo artigo sugere que as nações africanas historicamente afetadas pelo comanãrcio de escravos tendem a ter instituições fracas que são incapazes de impor a existaªncia de contratos. Como eles também tem redes sociais e confianção mais fracas e concentradas, "a propriedade deve permanecer concentrada mesmo quando não ébenanãfica".
Pierce e Snyder queriam fazer um apelo dentro da comunidade de pesquisa para avana§ar na pesquisa sobre nega³cios africanos e "trazer a história de volta aos campos de gestãoe estratanãgia".
"Se vocêobservar a variação do desenvolvimento econa´mico em função do comanãrcio de escravos e observar ospaíses com baixo andice de escravos", disse Pierce, "podera¡ ver uma enorme diferença neles".