Humanidades

O maªs da história negra não éapenas um momento para celebrar marchas e ma¡rtires
Embora muitas pessoas estejam familiarizadas com figuras ica´nicas como Martin Luther King Jr., Rosa Parks e Harriet Tubman, existem muitos outros afro-americanos menos conhecidos, cujas realizaa§aµes também devem ser reconhecidas.
Por Dartmouth College - 01/02/2020

Crédito: CC0 Public Domain

1º de fevereiro marca o ini­cio do Maªs da Hista³ria Negra. Embora muitas pessoas estejam familiarizadas com figuras ica´nicas como Martin Luther King Jr., Rosa Parks e Harriet Tubman, existem muitos outros afro-americanos menos conhecidos, cujas realizações também devem ser reconhecidas.

O Quotidiano Negro - um arquivo de conteaºdo de jornal afro-americano digitalizado, apresenta ao paºblico a vida cotidiana de afro-americanos e a eventos que geralmente faltam nos livros ou nas celebrações da Hista³ria Negra.

Este arquivo multima­dia gratuito e de acesso aberto apresenta 1.000 objetos de ma­dia, incluindo artigos digitalizados de mais de uma daºzia de jornais afro-americanos, clipes de a¡udio e va­deos de momentos da história entre as décadas de 1900 e 1980. O conteaºdo foi publicado como um projeto digital pela Stanford University Press no outono de 2019.

Matthew F. Delmont, ilustre professor de história de Sherman Fairchild em Dartmouth, desenvolveu a idanãia do Black Quotidian quando o Black Lives Matter se tornou global em 2016. "Foi emocionante ver o movimento Black Lives Matter ganhar tração internacional, mas ao mesmo tempo , foi desanimador ver como os tiroteios policiais com negros estavam dominando a narrativa de vidas negras ", explicou Delmont.

"Eu queria que as pessoas entendessem que vidas negras são mais do que marchas e ma¡rtires. As vidas negras não são apenas figuras hera³icas e tra¡gicas sobre as quais lemos nas nota­cias ou na história", acrescentou. "Existe uma alegre complexidade e diversidade de vidas e comunidades negras cotidianas das quais muitas pessoas talvez nunca tenham ouvido falar antes, e o Quotidian negro se esforça para apresentar as pessoas a essas histórias".

Para chamar a atenção para outros momentos da história negra, que se estendiam além de "va­deos dos assassinatos violentos que estavam circulando nas ma­dias sociais" na anãpoca, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, Delmont twittava diariamente sobre pelo menos um artigo de jornal preto daquele data na história. Enquanto ele escrevia a maioria dos posts, ele também apresentava posts de convidados de estudiosos e de alguns de seus alunos. Depois que o ano passou, Delmont reuniu uma coleção de histórias sobre negros comuns e vidas, que prepararam o caminho para a criação do Quotidiano Negro.

O Quotidiano Negro compartilha os legados de muitos afro-americanos, que são nota¡veis ​​a  sua maneira, incluindo os seguintes pioneiros:

O jogador Juanita Blocker, que teve uma média de 185 por jogo, foi o "primeiro membro negro da Professional Women's Bowling Association". Ela escreveu uma coluna, "Bowling Around LA", que circulava regularmente no Los Angeles Sentinel; uma ca³pia digitalizada de sua coluna de 20 de fevereiro de 1969 éapresentada no site.

A congressista Shirley Chisholm não foi apenas a primeira mulher negra eleita para o Congresso dos EUA, mas também a "primeira mulher negra a concorrer a  presidaªncia como uma das principais candidatas do partido". Este anaºncio foi publicado no New York Amsterdam News em 29 de janeiro de 1972.

A estrela do basquete e taªnis, Ora Washington, da Filadanãlfia, Pensilva¢nia, foi uma das estrelas do "time nacional de basquete do Philadelphia Tribune Girls" (1932-43), conforme reportado pelo Norfolk Journal and Guide em 31 de mara§o de 1934. Ela também ganhou o tí­tulo nacional de singles da American Tennis Association oito vezes na década de 1930.

"Embora os meses de história e patrima´nio sejam a³timos em promover a amplitude da diversidade nos EUA, a história negra não deve ser algo em que apenas focamos em fevereiro, mas deve ser algo de 365 dias", acrescentou Delmont.

 

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