Uma nova pesquisa publicada na revista Nature Human Behavior hoje oferece evidaªncias de que as leis criminais provaªm de um senso de justia§a universal intuitivo e compartilhado que os seres humanos possuem.
Especulações sobre de onde vão as leis variam de creditar juazes e juristas a Deus.
No entanto, uma nova pesquisa em co-autoria de um pesquisador da Universidade da Fla³rida Central e publicada na revista Nature Human Behavior hoje oferece evidaªncias de que as leis criminais provaªm de um senso de justia§a universal intuitivo e compartilhado que os seres humanos possuem.
"a€s vezes, pensamos na lei como uma empresa completamente racional, resultado de sa¡bios especialistas sentados ao redor de uma mesa e trabalhando com princapios la³gicos", diz Carlton Patrick, professor assistente do Departamento de Estudos Juradicos da Universidade da Fla³rida Central. -autor. "Em vez disso, o que este estudo sugere éque essas intuições que as pessoas tendem a compartilhar sobre justia§a podem ser as coisas que estãose institucionalizando".
Patrick e Daniel Sznycer, professor assistente de psicologia da Universidade de Montreal e principal autor do estudo, fizeram a descoberta comparando o senso das pessoas modernas e antigas de saber se uma punição se encaixa em um crime.
"Leis criminais, como a redação que as apa³ia, são invenções culturais: presentes em algumas sociedades, ausentes em outras", diz ele. "No entanto, esta nova pesquisa acrescenta peso emparico a possibilidade de que a capacidade de fazer leis - os mecanismos cerebrais que avaliam ofensas e geram intuições de justia§a - sejam universais e faz parte da natureza humana".
E enquanto estudos anteriores examinaram as intuições das pessoas sobre justia§a, este éo primeiro que as comparou ao longo de milhares de anos.
Utilizando participantes dos Estados Unidos e da andia, os pesquisadores avaliaram as ofensas de um dos três ca³digos legais: as Leis de Eshnunna, leis sumanãrias de quase 3.800 anos atrás; o Código Tang, leis chinesas de quase 1.400 anos atrás; e o Código Penal da Pensilva¢nia, que reflete as leis modernas dos EUA.
Os participantes receberam as ofensas, mas não as punições estabelecidas pela lei.
Os crimes variaram de ofensas antigas, como não manter um boi sob controle, o que causou uma pessoa a ser aborrecida, a modernas, como agressão.
Alguns participantes foram solicitados a determinar as multas apropriadas para cada ofensa, enquanto outros foram solicitados a determinar sentena§as de prisão.
Os pesquisadores descobriram que quanto mais seriamente as pessoas modernas julgavam um crime, maior a punição legal por esse crime.
Isso ocorreu apesar dos participantes que moravam em diferentespaíses e ca³digos legais separados por milhares de anos.
"A correspondaªncia entre as intuições dos participantes e as leis antigas foi nota¡vel", diz Sznycer.
"Leis criminais, como a redação que as apa³ia, são invenções culturais: presentes em algumas sociedades, ausentes em outras", diz ele. "No entanto, esta nova pesquisa acrescenta peso emparico a possibilidade de que a capacidade de fazer leis - os mecanismos cerebrais que avaliam ofensas e geram intuições de justia§a - sejam universais e faz parte da natureza humana".
Patrick diz que o estudo éum passo importante para ajudar a desmistificar a origem das leis.
"Acho que o que este estudo faz élevar-nos um pouco a caixa preta", diz ele. "Ele remove uma camada do manto de mistério que envolve o processo legislativo e também nos aproxima de entender por que a s vezes sentimos que algo estãoerrado, mesmo quando não podemos explicar o porquaª".