Humanidades

COVID-19 confirma a pesquisa: a música une as pessoas (social e virtualmente)
Pesquisas mostraram que fazer música pode ser benanãfico para as pessoas de várias maneiras - incluindo a criação de um senso de controle sobre a própria vida e o estabelecimento de conexões com outras pessoas
Por Oxford - 30/03/2020

Nos primeiros dias da pandemia que chegou a  Europa, o mundo viu os italianos emergirem em suas varandas para cantar juntos o hino nacional, com a apresentação ocasional de uma estrela de a³pera. Mas o efeito certamente não éconfinado aos italianos: o COVID-19 criou uma reação musical internacional, uma resposta "impressionante", que fornece bolsas de estudos sobre o impacto benanãfico da produção musical, de acordo com o professor Eric Clarke, especialista em psicologia da música em Oxford. .

Crédito: Shutterstock

Em todo o mundo, onde a pandemia foi mais forte, na Ita¡lia, Ira£ e Espanha, especialmente, as pessoas estãofazendo música juntas, mesmo diante da separação física. Como o professor Clarke diz: "a‰ muito impressionante que, desde o ini­cio desta fase sanãria, as pessoas tenham se sentido movidas ou motivadas na música. A música éuma experiência coletiva que pode superar a distância física, uma vez que uma das vantagens do doma­nio auditivo éque distância física não impede necessariamente a unia£o social ".

Pesquisas mostraram que fazer música pode ser benanãfico para as pessoas de várias maneiras - incluindo a criação de um senso de controle sobre a própria vida e o estabelecimento de conexões com outras pessoas, afirma o professor Clarke: "A pesquisa mostra que isso faz as pessoas se sentirem melhor e mais próximas de si mesmas. outros ... Quando vocêcanta com os outros, em particular, háum senso palpa¡vel de solidariedade social ".

O professor Clarke revela que ele e sua familia estavam envolvidos em uma apresentação musical improvisada em sua própria rua ontem, com vizinhos se reunindo na frente de suas casas e na rua para cantar e tocar junto com a música de Bill Withers "Lean on me". "

"Nãotendo visto nossos vizinhos nos últimos dias, foi a³timo vaª-los novamente e renovar esse senso de va­nculo e associação social", diz ele. "Fazer algo assim da¡ a s pessoas uma sensação de prazer em exercer uma habilidade e aumenta a auto-estima. a‰ um tipo de validação de si e de outras pessoas. Como algumas de minhas pesquisas investigaram, a música pode ser um meio importante empatia e compreensão intercultural. Essa crise do COVID-19 éuma demonstração va­vida da rapidez com que as pessoas se voltam para a música para expressar e participar de um sentimento de pertencimento social ".

A crise também estãoinspirando as pessoas a buscarem instrumentos que talvez não tocassem hános: "Descobrindo que podem ter tempo em suas ma£os porque existem barreiras para muitas outras atividades, as pessoas estãosendo desperdia§adas com seus pra³prios recursos e estãoredescobrindo prazeres mais solita¡rios, como reviver seus relacionamentos com instrumentos possivelmente hámuito abandonados ".

Mas a situação dos maºsicos profissionais éobviamente muito diferente - e extremamente preocupante: "Isso estãocausando um impacto profundo e negativo em um grande número de maºsicos em todo o mundo, que tiveram seus meios de subsistaªncia reduzidos praticamente da noite para o dia. A grande maioria éautodidata. empregado e achara¡ extremamente difa­cil encontrar maneiras de sobreviver ".

Para alguns, a Internet pode suportar um certo grau de atividade conta­nua. O professor Clarke diz que estãociente de que as aulas de música continuam com o uso de aplicativos baseados na Internet, como o Zoom, com um aluno de Oxford, agora de volta aos EUA, tendo aulas de violino pela Internet com seu tutor de Londres; e o coletivo Improvisadores de Oxford, tendo uma de suas sessaµes regulares com até18 maºsicos - todos em suas próprias casas - improvisando juntos.

"Lembro-me de ir a uma conferaªncia na virada do século", ele ri, "no qual nos foi mostrada uma demo bastante desonesta de duas pessoas tentando tocar música pela Internet ... Parecia rida­culo!"

 

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