Os membros do corpo docente Robert Fullilove e Merlin Chowkwanyun examinaram o escopo do problema atual ao lado de seus precedentes hista³ricos, enquanto identificavam possaveis caminhos para combater comenta¡rios e comportamentos odiosos.
Amedida que a pandemia do COVID-19 piora, os cientistas da Escola de Saúde Paºblica da Universidade da Columbia vão examinando sua disseminação e formas de prevenir novas infecções. Ao mesmo tempo, a Escola estãoacompanhando uma epidemia paralela de racismo e xenofobia direcionada a pessoas de origem asia¡tica e outros grupos minorita¡rios.
Durante uma recente discussão virtual moderada por Raygine DiAquoi , Decano Assistente de Diversidade, Cultura e Inclusão, os membros do corpo docente Robert Fullilove e Merlin Chowkwanyun examinaram o escopo do problema atual ao lado de seus precedentes hista³ricos, enquanto identificavam possaveis caminhos para combater comenta¡rios e comportamentos odiosos.
Mesmo antes dos primeiros casos do varus se espalharem para os Estados Unidos, as comunidades asia¡tico-americanas na cidade de Nova York e em todo opaís experimentaram aumento do racismo e da xenofobia. Segundo a deputada Judy Chu (D-CA), mais de mil crimes de a³dio foram denunciados contra asia¡ticos-americanos desde o inicio de mara§o , incluindo ataques verbais, agressões físicas e outros crimes. Nesta semana, o FBI divulgou um aviso de que era prova¡vel um aumento de crimes de a³dio contra comunidades asia¡ticas e americanas asia¡ticas, colocando em risco a segurança dessas comunidades.
Na recente discussão online aberta a comunidade Columbia Mailman, Fullilove e Chowkwanyun começam notando que o racismo e a xenofobia do COVID-19 tem raazes profundas na história americana. Segue uma versão editada e condensada de suas trocas.
O QUE A HISTa“RIA NOS DIZ SOBRE A RETa“RICA ANTI-CHINESA ASSOCIADA APANDEMIA DO COVID-19?
Robert Fullilove (RF) : A legislação ao longo da história refletiu sentimentos anti-imigrantes e anti-asia¡ticos nos Estados Unidos. Na 19 ª século, quando houve um rápido crescimento da população atravanãs da imigração, a legislação como o “Exclusão Anti-chinaªs Act†e japoneses durante a Segunda Guerra Mundial mostrou como as políticas refletiram a “alteridade†de asia¡tico-americanos.
Merlin Chowkwanyun (MC) : Na 19 ª século, houve opiniaµes semelhantes que os imigrantes chineses na tuberculose West Coast propagação, varaola e outras doena§as. Havia caracterizações racistas dos hábitos dos “forasteirosâ€: a crena§a de que eram sujos, imprudentes, viviam de maneiras não higiaªnicas, comiam coisas estranhas e assim por diante. As pessoas perpetuaram as idanãias de que os imigrantes eram vetores virulentos de doena§as. Essa reta³rica não énova.
RF : A rotulagem desta pandemia como "varus chinaªs" ou "varus Wuhan" reforça a xenofobia. Como no passado, a nação se preocupa tanto com medo e culpa, em vez de como combater essa pandemia.
MC : A reta³rica anti-chinesa vem ocorrendo nas últimas duas décadas, com a China subindo na configuração econa´mica global. Nos últimos anos, tem sido ainda mais intensificado com guerras comerciais agressivas e políticas tarifa¡rias voltadas para a China. Esse sentimento chegou a reta³rica em torno do COVID-19.
COMO A PANDEMIA DO COVID-19 AFETOU OUTRAS COMUNIDADES MINORITaRIAS?
MC : Temos visto muita reta³rica anti-imigrante nos últimos anos, especialmente direcionada a s comunidades Latinx. Essa pandemia também estãoafetando populações economicamente marginalizadas. Trabalhadores sem benefacios de saúde não podem pagar os cuidados hospitalares necessa¡rios se ficarem doentes e hámuita incerteza sobre como o pagamento pelo tratamento com COVID-19 ocorrera¡.
RF : Ha¡ muita preocupação entre pessoas não documentadas sobre o ICE [Imigração e fiscalização aduaneira] e se éseguro ser testado. Esta comunidade já sofreu. Agora eles não estãosendo testados por medo de serem deportados.
O QUE PODEMOS FAZER PARA COMBATER O RACISMO E A XENOFOBIA?
RF : Temos visto a “sandrome FAR†- medo, raiva e ressentimento. As pessoas estãopreocupadas que haja estragos econa´micos e queiram culpar alguém . No entanto, esta éuma oportunidade única para nos unirmos.
MC : Na comunidade acadaªmica, temos o privilanãgio de ter uma certa legitimidade. Devemos usar esses alfabetos por trás de nossos nomes para dissipar os mitos sobre o varus e usar essa legitimidade extra para combater crena§as racistas e xena³fobas, assim como as pessoas fizeram durante a crise do HIV / AIDS. A cidade de Nova York e o Mailman são hámuito tempo um local de reformas na saúde pública. Tambanãm devemos lembrar que sempre houve tensão entre as universidades e as comunidades vizinhas. Nãodevemos apenas assumir que o que achamos melhor éo melhor para aqueles afetados por algo como a xenofobia. Os profissionais de saúde pública devem sempre proceder com uma dose generosa de humildade e ouvir outras pessoas além daquelas que olham, falam e agem como nós.
RF : Com frequência, os problemas são isolados da polatica de identidade, onde um grupo marginalizado se preocupa com sua própria situação, menos os de outros grupos. Essa abordagem não funcionara¡ em uma pandemia global. Precisamos criar solidariedade além de nossa própria comunidade de saúde pública. Ao participar do movimento dos Direitos Civis, vivi e vi que isso pode acontecer. Estamos no lugar certo, éa hora certa e, na comunidade de saúde pública, temos as tropas certas para promover a unidade e combater o racismo e a xenofobia.