O estudo publicado quarta-feira, 29, descobriu que a maioria das pedras gigantes - conhecidas como sarsens - parecem compartilhar uma origem comum a 25 quila´metros de West Woods, uma área repleta de atividades pré-hista³ricas.
Stonehenge na paisagem de Wiltshire. Crédito: Andre Pattenden (Patrima´nio inglês)
Stonehenge, uma maravilha neolatica no sul da Inglaterra, irrita historiadores e arqueólogos háséculos com seus muitos mistanãrios: como foi construado? Que finalidade isso serviu? De onde vieram suas imponentes rochas de arenito?
Essa última pergunta pode finalmente ter uma resposta depois que um estudo publicado quarta-feira, 29, descobriu que a maioria das pedras gigantes - conhecidas como sarsens - parecem compartilhar uma origem comum a 25 quila´metros de West Woods, uma área repleta de atividades pré-hista³ricas.
A descoberta reforça a teoria de que os mega¡litos foram levados a Stonehenge na mesma anãpoca: por volta de 2.500 AEC, a segunda fase da construção do monumento, que por sua vez poderia ser um sinal de que seus construtores eram de uma sociedade altamente organizada.
Tambanãm contradiz uma sugestãoanterior de que um grande sarsen, a Pedra do Calcanhar, veio da vizinhana§a imediata do local e foi erguido antes dos outros.
O novo artigo apareceu na revista Science Advances .
O autor principal David Nash, professor de geografia física da Universidade de Brighton, disse a AFP que ele e sua equipe tiveram que criar uma nova técnica para analisar os sarsens, que medem aténove metros de altura e pesam até30 metros. toneladas manãtricas.
Eles primeiro usaram raios-X porta¡teis para analisar a composição química das rochas, que são 99% de salica, mas contem vestagios de vários outros elementos.
Gra¡fico sobre um novo estudo que visa rastrear as origens de algumas das maiores pedras
do antigo monumento de Stonehenge na Gra£-Bretanha.
"Isso nos mostrou que a maioria das pedras tem uma química comum, o que nos levou a identificar que estamos procurando uma fonte principal aqui", disse Nash.
Em seguida, eles examinaram duas amostras principais de uma das pedras obtidas durante os trabalhos de restauração em 1958, mas que desapareceram atéressurgir em 2018 e 2019, respectivamente.
Eles realizaram uma análise mais sofisticada dessas amostras usando um dispositivo de espectrometria de massa, que detecta uma maior variedade de elementos com maior precisão.
A assinatura resultante foi então comparada com os 20 possaveis locais de origem dessas rochas sedimentares, sendo que West Woods, Wiltshire, éa que mais se aproxima.
Apenas o fila³sofo natural inglês do século XVII, John Aubrey, havia postulado anteriormente uma ligação entre "Overton Wood", provavelmente um antigo nome para West Woods, e Stonehenge.
Jake Ciborowski (Universidade de Brighton) analisando o núcleo sarsen extraado de Stone
58 em Stonehenge usando um espectra´metro porta¡til de fluorescaªncia de raios-x.
Crédito: Sam Frost (Patrima´nio inglês)
"Enorme esfora§o"
Trabalhos anteriores descobriram que as "pedras azuis" menores de Stonehenge vieram do Paas de Gales, a cerca de 200 quila´metros a oeste, e o novo estudo diz que eles e os sarsens foram colocados ao mesmo tempo.
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"Então deve ter sido um esfora§o enorme acontecendo naquele momento", disse Nash. "Stonehenge écomo uma convergaªncia de materiais trazidos de diferentes lugares".
Plano de Stonehenge usando o sistema de numeração desenvolvido por WM Flinders
Petrie no final do século XIX. Crédito: David Nash (Universidade de Brighton)
Ainda não se sabe como os primeiros brita¢nicos foram capazes de transportar as rochas que pesam até30 toneladas por uma distância de 25 quila´metros - embora a ideia predominante seja que elas foram arrastadas por trenós. O significado do site também permanece misterioso.
"Acho que vocêestãovendo uma sociedade muito organizada la¡", acrescentou Nash.
Quanto ao motivo pelo qual eles escolheram West Woods, ele disse, poderia ter sido um caso de pragmatismo, pois era um dos locais mais pra³ximos.
Mapa mostrando as localizações de Stonehenge e West Woods, juntamente com possaveis
rotas sobre as quais pedras preciosas podem ter sido transportadas para o monumento.
Crédito: David Nash (Universidade de Brighton)
Mas a área também era uma colmanãia de atividade neolatica precoce.
a‰ o lar de um imenso cemitanãrio antigo conhecido como carrinho de ma£o, uma grande terraplenagem circular, campos cultivados pré-históricos que hoje são bosques e um polissoir - uma rocha usada para afiar machados de pedra antigos.
Nash disse que a técnica que a equipe de pesquisa havia desenvolvido poderia ajudar a responder a outras questões arqueola³gicas, como a rota usada para transportar os pedregulhos - o que pode ser inferido se fragmentos sarsen forem descobertos nos pontos de referaªncia.
Ele e sua equipe também esperam usar as técnicas em outros locais antigos e espalhados pela Gra£-Bretanha.