Humanidades

Defensora da liberdade de expressão analisa discussaµes crescentes sobre cancelar cultura
Sigal Ben-Porath, professora de educação, ciência pola­tica e filosofia, fala de plataformas, derrubando esta¡tuas, rescindindo admissaµes, Twitter, a Primeira Emenda e discurso de a³dio.
Por Greg Johnson - 03/08/2020


Sigal Ben-Porath, da Escola de Pa³s-Graduação em Educação, posa em um corredor com os braa§os cruzados.

"Cancelar cultura" éum termo genanãrico usado para descrever tudo, desde derrubar esta¡tuas racistas, renomear prédios e ruas com nomes de pessoas racistas e pra³-escravida£o, remover a bandeira confederada dos Espaços paºblicos, opor-se a celebridades que usam blackface, desacreditar a insensibilidade racial filmes, de-plataformas de indivíduos com visaµes ou ideologias racistas, sexistas ou homofa³bicas.

Embora o termo seja contempora¢neo, Sigal Ben-Porath , professor da Escola de Pa³s - Graduação em Educação e membro associado dos departamentos de Ciência Pola­tica e Filosofia , diz que as atitudes por trás dele não são. Ela diz que o termo "cancelar cultura" estãosendo amplamente usado hoje para se referir ao que anteriormente era chamado de "politicamente correto" ou "Espaços seguros".

"a‰ basicamente uma versão do mesmo argumento ideola³gico cultural que estamos vendo hámuito tempo", diz ela. "O termo ou o quanto difundido éesse termo énovo, mas o que se refere não énovo."

Ben-Porath, especialista em liberdade de expressão e ex-presidente da Penn ‘s Comissão de Expressão aberta , recentemente conversou com Penn Hoje cerca de-plataformas, esta¡tuas derrube, admissaµes revogata³ria, Twitter, a Primeira Emenda, e discurso de a³dio.

Quando vocêouve o termo 'cancelar cultura', o que isso significa para vocaª?

O termo, como o pra³prio fena´meno, significa que as pessoas são removidas de posições de destaque por conta de uma brecha ideola³gica; eles dizem algo que vai contra o que os outros vaªem como permitido. Quando falamos sobre o cancelamento de uma pessoa, acho que estamos falando de removaª-la de uma posição de destaque por causa de seus pontos de vista, uma declaração que eles fazem ou ideias que defendem.

Seu livro 'Liberdade de expressão no campus' foi publicado em 2017. a‰ sobre isso que vocêestava escrevendo, o que agora échamado de 'cancelar cultura' em um ambiente de faculdade?

Parte do que eu estava respondendo ou discutindo no livro era toda a consternação que experimentamos, todas as divergaªncias e lutas sobre, por exemplo, a ideia de desplataformas. a‰ semelhante ao 'cancelamento'. a‰ basicamente dizer: 'Aqui estãouma pessoa que estãose propagando ou estãoideologicamente comprometida com ideias que considero nocivas, ofensivas ou inapropriadas ou indesejáveis, por exemplo, no ambiente da minha faculdade ou inadequada para evento na minha escola, então estou procurando tirar a plataforma deles. a‰ algo sobre o qual falamos hápelo menos seis ou sete anos nessas palavras, e hámuito tempo usando outros termos também. Então, cancelar cultura éuma nova versão da mesma luta, 

Vocaª considera isso uma questãode liberdade de expressão? Do seu ponto de vista, 'cancelar cultura' éuma violação da liberdade de expressão?

a€s vezes, éuma questãode violação ou de proteção da fala. Ha¡ casos em que alguém estãosendo silenciado ou não pode apresentar, ou algumas ideias não estãosendo apresentadas adequadamente, portanto, pode ser um problema de fala. Ha¡ dois pontos a fazer sobre isso. Uma, especificamente, éque a maioria das pessoas que estãolevantando a preocupação com a cultura de cancelamento tem muitas plataformas, tem muitas oportunidades para apresentar suas ideias e não estou muito preocupado com o fato de suas vozes não serem ouvidas. Muitos dos exemplos mais proeminentes que vemos agora de pessoas sugerindo que estãosendo cancelados ou que a cultura de cancelamento estãopronta para obtaª-los, muitas vezes são oradores, autores ou jornalistas paºblicos - pessoas que realmente tem uma voz grande e significativa e plataforma em nossa cultura, e eles gostariam de ter talvez um espaço maior ou mais, ou não querem ouvir cra­ticas contra suas opiniaµes. Essa não éa totalidade da questão, mas acho que muitas das vozes que ouvimos publicamente demonstram preocupação com a cultura de cancelamento não estãosendo canceladas, apenas estãosendo criticadas.

Ao mesmo tempo, hácasos em que se trata de proteger a liberdade de expressão ou a expressão aberta. Ha¡ casos em que os alunos - tudo isso não estãoacontecendo apenas nos campi das faculdades, também estãoacontecendo em outros lugares, mas vejamos os campi das faculdades - sentem que, se expressarem suas opiniaµes reais em sala de aula ou em um ambiente social, eles ira£o ser cancelado, o que significa que as pessoas não querem se socializar com elas ou pensam que são uma pessoa horra­vel. Muitas vezes, estou mais preocupado com esse tipo de 'cancelamento'. Quando eu estava no Comitaª de Expressão Aberta, a s vezes vocêvaª que as pessoas - estudantes e professores - se sentem caladas ou realmente são caladas pela resposta de seus colegas ou professores, por causa de sua perspectiva. Estes não são casos muito comuns. Na verdade, acho que não éo que geralmente acontece na Penn ou em qualquer outro lugar, e retratar isso como uma ocorraªncia comum serve a um propa³sito, mas éimpreciso. Mas quando isso acontece, énossa responsabilidade garantir que haja espaço para a diversidade ideola³gica e para todos os outros tipos de diversidade em nossas salas de aula e em nossos campi. Nesse sentido, a preocupação com "cancelar a cultura" pode realmente ser uma questãode liberdade de expressão. 

Mas hoje nos Estados Unidos, a supressão de protestos, por exemplo, éuma questãomais premente da liberdade de expressão do que o cancelamento da cultura. Na lista de prioridades que tenho, ou na lista de preocupações que tenho em relação a  proteção da liberdade de expressão hoje, cancelar a cultura ébastante baixo. Esta¡ la¡, mas bem baixo. Penso que temos preocupações mais preocupantes nos campi e na esfera pública comopaís.

Nãoestou no Twitter, mas alguns cra­ticos da 'cultura de cancelamento' acusaram o Twitter de desempenhar um papel de destaque em sua promoção. Em sua carta de demissão ao The New York Times, alegou o ex-escritor e editor Bari Weiss, 'o Twitter não estãono cabea§alho do The New York Times. Mas o Twitter se tornou seu editor definitivo. Vocaª acha que o Twitter teve um papel enorme na ideia e no desenvolvimento de 'cancelar cultura?'

Ah, com certeza. A maneira como várias plataformas de ma­dia social, mas definitivamente o Twitter, são configuradas, incentiva as pessoas a expressar suas idanãias de maneira sucinta e pontual, incentivando uma forte discorda¢ncia, e visaµes de divisão podem ser mais visa­veis, o que parece ser seu. objetivo: as pessoas podem ser mais visa­veis quando expressam suas opiniaµes de maneiras mais extremas. Isso cria uma forte reação a s vezes. As pessoas ficam bravas com algo que vocêdisse, mesmo que vocêsinta que estava apenas tentando se expressar de maneira breve e muito va­vida. E, a s vezes, as pessoas também expressam pontos de vista terra­veis e fazem declarações ofensivas, tendenciosas, preconceituosas e preconceituosas, dentro ou fora do Twitter, e são atacadas por isso na plataforma, pela qual Weiss estava descontente. Talvez eles fazm essas declarações porque éa opinia£o deles,

a€s vezes, quando vocêestãoativo em uma plataforma como o Twitter, pode erroneamente pensar que érealmente a esfera pola­tica ou pública, ou éa realidade, o que não anã. Enfrentar uma multida£o no Twitter pode ser difa­cil, mas vocêpode evita¡-lo falando de maneira diferente ou assinando contrato. Mas as pessoas ainda são punidas ou vaªem consequaªncias no mundo real por coisas que acontecem no Twitter ou em outras plataformas de ma­dia social. As pessoas perdem o emprego, não apenas oradores e jornalistas, mas também pessoas comuns. Eles dizem algo no Twitter que pode ser sua opinia£o ou pode ser uma piada e eles perdem o emprego. Esse éo objetivo de muitas dessas campanhas de cancelamento, para a pessoa perder o emprego. Digamos que eu faz uma piada sem cor no Twitter, ou talvez eu expresse uma opinia£o preconceituosa no Twitter, se eu estivesse mantendo uma visão assim, então as pessoas ao meu redor procurariam Penn para me demitir. Eu acho que muitas vezes édesaconselha¡vel. Nãoéuma jogada justificada. Eu acho que o problema com o cancelamento éque isso não tem graduação. a€s vezes, as pessoas merecem receber uma resposta por algo terra­vel que disseram, seja sanãrio ou de brincadeira, mas muitas vezes a punição que vemos não tem relação com o que aconteceu e émuito severa.

Nãosei se as pessoas pensam da mesma maneira, mas hámuitos estudantes agora - por muitos, quero dizer, talvez uma daºzia - estudantes em potencial ou admitidos que perderam a admissão em várias universidades porque de coisas, coisas terra­veis, que eles estavam fazendo nas ma­dias sociais. Essa também éuma forma de cancelar uma pessoa. Quando vocêtiver 18 anos e se não tiver um emprego, de onde serácancelado? Vocaª foi cancelado do campus em que participaria. Sua admissão érevogada por causa de coisas terra­veis que eles dizem ou fazem nas ma­dias sociais. Eu acho que éuma resposta muito dura. O que esperamos que acontea§a com essas criana§as? Digamos que eles estejam realmente mantendo essas visaµes; muitas vezes, essas são visaµes racistas e, a s vezes, são tendenciosas, intolerantes ou odiosas. O que aconteceria com eles? Eles va£o parar de pensar nessas coisas? Eles ainda estãoao nosso redor e mantendo essas opiniaµes. Nãofaria mais sentido tentar expressar a eles seus erros ou como estãosendo prejudiciais ou errados de outras maneiras, em vez de cancela¡-los? a‰ uma decisão difa­cil. a€s vezes, vocêsimplesmente não quer uma pessoa que tenha essas opiniaµes em seu campus. Isso criara¡ um terra­vel problema de relacionamento para muitos de seus pares. Portanto, provavelmente não éverdade em todos os casos, mas acho que muitas vezes éum erro rescindir as admissaµes e cancelar os alunos dessa maneira. a€s vezes, vocêsimplesmente não quer uma pessoa que tenha essas opiniaµes em seu campus. Isso criara¡ um terra­vel problema de relacionamento para muitos de seus pares. Portanto, provavelmente não éverdade em todos os casos, mas acho que muitas vezes éum erro rescindir as admissaµes e cancelar os alunos dessa maneira. a€s vezes, vocêsimplesmente não quer uma pessoa que tenha essas opiniaµes em seu campus. Isso criara¡ um terra­vel problema de relacionamento para muitos de seus pares. Portanto, provavelmente não éverdade em todos os casos, mas acho que muitas vezes éum erro rescindir as admissaµes e cancelar os alunos dessa maneira.

Como nós, como sociedade, equilibramos o direito a  liberdade de expressão e a ideia de 'cancelar a cultura', uma vez que 'cancelar a cultura' éuma força tão poderosa que pode levar as pessoas a serem demitidas ou ter sua admissão revogada? As pessoas tem o direito de dizer o que querem, eu acho, mas as repercussaµes podem ser bem severas.

Muito raramente, éuma questãode direito. Mesmo quando se trata de um direito, como o direito a  liberdade de expressão, ésempre limitado por várias outras leis ou direitos. Isso éverdade sobre qualquer direito. Todos os direitos que temos sempre esbarram uns nos outros e temos que definir seus limites. Mas ninguanãm tem o direito de dizer coisas odiosas no Twitter. Ninguanãm tem o direito de ser convidado para Penn e apresentar suas opiniaµes. Se vocênão tivesse decidido me entrevistar hoje por qualquer motivo, meus direitos não teriam sido violados, mesmo que eu não tivesse a mesma plataforma. Nãoéuma questãode direito; muitas vezes, éapenas uma questãodo que queremos discutir como um campus ou como uma sociedade. Que tipo de debate queremos ter em nosso doma­nio paºblico? Que tipo de pontos de vista consideramos interessantes, valiosos, precisos, como promover nossa compreensão compartilhada do mundo ou um do outro? Esta éuma descrição mais precisa da pergunta do que dizer: 'a‰ meu direito'. 

As pessoas dizem que seus direitos estãosendo violados. a€s vezes - muito raramente - éo caso. Geralmente, éuma questãode perguntar quais são os limites do discurso que gostara­amos de aceitar em nosso debate ou no campus? E vocêpode fazer a mesma pergunta no Twitter, no Congresso ou nas pa¡ginas do jornal. Quais são os limites que temos? Todo mundo tem limites. Toda sociedade tem limites, toda instituição tem limites. Quais são os limites que estamos dispostos a aceitar? E eles variam de um lugar para o outro, dependendo de todos os tipos de coisas. Depende do tempo em que vivemos e também depende de decisaµes compartilhadas que podemos tomar. Na minha opinia£o, a maneira de equilibrar as demandas de expressão aberta com algumas das preocupações levantadas em torno da cultura de cancelamento éperguntar-nos como estamos abertos a ouvir pontos de vista opostos? Que tipo de resposta podemos ter para visaµes que consideramos nocivas, ou que consideramos prejudiciais ou atéterra­veis? E eu espero que a resposta geralmente não seja, na maioria dos casos, remoção, cancelamento ou silenciamento. 

Essas são conversas que acontecem hámuito tempo. Mas se vocême perguntasse: 'Podemos convidar pessoas que estãonegando o Holocausto? Podemos convidar pessoas que apoiam certas perspectivas sobre a escravida£o? Havera¡ limites. Nãoprecisamos convidar e ouvir ativamente todos. Devemos convidar anti-vaxxers para dar uma palestra na Faculdade de Medicina? Ha¡ lugares em que vamos dizer: 'Essas não são visaµes que sera£o ressonantes, aºteis ou apropriadas para o meu contexto. Vocaª pode falar sobre isso em outro lugar, talvez, mas não aqui. Portanto, criar esses limites éa maneira pela qual protegemos a liberdade de expressão em nossa comunidade, e essa liberdade de expressão nunca éilimitada. Temos que ter essa conversa e espero que essa conversa raramente seja conclua­da na remoção ou silenciamento de visualizações, e, mais comumente, procuraria convencer e persuadir as pessoas, e procuraria apresentar a s pessoas a maneira pela qual suas opiniaµes tem impacto sobre outras. Ter uma conversa em que reconhecemos a dignidade de todos os participantes anã, para mim, a demanda final. Desde que vocêreconhea§a que todos os participantes da discussão merecem dignidade como membro igual da sua comunidade, vocêpodera¡ conversar sobre quase tudo.

Vocaª considera a renomeação de lugares ou coisas, ou a derrubada de esta¡tuas, uma forma de "cancelar a cultura"? 

Bem, cancelar cultura não éum conceito bem definido. Nãotemos uma definição compartilhada. Se vocêaceitar que o cancelamento significa que vocêestãosendo removido de uma posição de destaque por causa de sua ideologia, então metaforicamente, vocêpode dizer se estamos removendo o nome de Woodrow Wilson de sua posição de destaque como o nome de uma escola em Princeton por causa de seu racismo. ideologia e ações, então estãocancelando Woodrow Wilson. Eu não acho que vocêpode literalmente dizer que ele foi cancelado. Ele ocupa o mesmo lugar na história de sempre, mas não queremos expressar gratida£o e agradecer por algumas de suas contribuições ou pelas ações que ele tomou enquanto estava no poder. Nãoqueremos mais expressar gratida£o por isso. Na verdade, acho que isso faz parte de um debate cultural que estamos tendo. 

De um modo geral, esta¡tuas ou nomes não são como aprendemos e encontramos nossa história. Fazemos isso em outros contextos, em livros dida¡ticos, em museus. Esta¡tuas e edifa­cios são uma maneira de expressar aprea§o e atribuir valor, atribuir um valor positivo ao legado de uma pessoa. Penso que émuito aceita¡vel reavaliar o valor que atribua­mos a certas figuras da nossa história, ou a indivíduos e suas contribuições. Podemos discutir se os valorizamos mais, se queremos mantaª-los em alta consideração, como um campus, como uma cidade, como uma sociedade. Foi o que aconteceu em Philly com a esta¡tua de Rizzo, em Princeton com Woodrow Wilson e a esta¡tua [George Whitefield] no Quadrangle. Eu acho que ébom avaliar e ter uma discussão como comunidade. Podemos mudar de ideia sobre as pessoas. Eu acho que éparte de como a cultura evolui. Nãovejo isso como cancelamento, vejo como decidir que tipo de valor atribua­mos ao legado da pessoa.

O que vocêachou da carta da Harper's Magazine sobre justia§a e debate aberto? 

Embora eu pudesse concordar com muitas das palavras, eu poderia concordar com muitos dos argumentos apresentados, na verdade, eu realmente não gostei nada disso, por algumas razaµes. Antes de tudo, geralmente não acho que as cartas de grupo sejam uma boa maneira de apresentar um argumento. Mais pessoas que assinam uma carta não a tornam mais verdadeira ou mais correta. a‰ realmente apenas uma questãode mostrar poder. 

Mais especificamente, as pessoas que assinaram ou adicionaram suas assinaturas a esta carta eram todas pessoas com plataformas grandes ou enormes. JK Rowling não gosta de ser criticada por suas posições em relação a s pessoas trans, mas isso não éo mesmo que ser cancelado. Ela estãoenfrentando uma resposta a seus pontos de vista, que alguns de seus seguidores e admiradores não compartilham. Nem todos, mas muitas das pessoas que assinaram esta carta são autores, jornalistas e oradores paºblicos. Eles não estãosendo cancelados. Alguns deles tem várias opiniaµes controversas, e isso significa que algumas pessoas ficam bravas com eles. Nãogostei que eles apresentassem seus casos como casos de cancelamento. Eu simplesmente não compartilho essa preocupação com esses indiva­duos. 

E se eles estãotentando proteger os outros, se isso não era sobre eles mesmos, como suspeito que seja o caso, existem maneiras melhores de proteger as pessoas do que publicar uma carta assinada na Harper's Magazine . Apenas não acho que seja uma boa ferramenta e discordo da maneira como eles apresentaram seus pra³prios casos. Mas, novamente, eu concordo com algumas das ideias. Eles estãodizendo: 'Precisamos ter um debate robusto'. Claro, sim, éclaro que precisamos ter um debate robusto. Isso me parece a³bvio. Os limites deste debate são a parte interessante a ser discutida. Alguns deles estãoultrapassando esses limites e enfrentando uma reação negativa. Nãoestou muito preocupado com isso. Essa étoda a ideia de limites, vocêesbarra contra eles, enfrenta uma reação. Tudo bem, éassim que funciona.

Certo ou errado, parece que as gerações mais jovens são quase intransigentes na rejeição de pontos de vista que consideram um discurso de a³dio. Vocaª acha que precisamos aceitar seus limites mais rigorosos na fala ou precisamos ensina¡-los a estender seus limites?

Sinto muito do que as gerações mais jovens estãoexigindo éque a sociedade cumpra os valores que foram ensinados. Se estamos expressando, como uma democracia, 'Uma pessoa, um voto', ou estamos expressando: 'Todas as pessoas são criadas da mesma forma', elas estãoprocurando que possamos viver de acordo com isso. Eu acho que as demandas que eles colocam são justificadas e devem ser ouvidas.

Eu direi que muitas vezes nós, como sociedade, atravanãs de nossas escolas e das expectativas que temos para os jovens, deixamos de apresentar a  geração mais jovem o poder da liberdade de expressão para promover esses ideais, promover dignidade e igualdade para todos. E isso se deve a processos pola­ticos e também a processos relacionados a  maneira como pensamos sobre escolaridade e educação. Quando nossos alunos chegam ao campus aos 18 ou 19 anos, em sua maioria, não participam de uma instituição ou ambiente em que a liberdade de expressão évalorizada, protegida e promovida, porque nossas escolas não fazem isso. Isso tem a ver com asmudanças educacionais e legais nas últimas décadas. E assim os jovens não vaªem qual éo valor da proteção da fala. Eles vaªem principalmente a noção de liberdade de expressão sendo usada como uma ferramenta para promover ideias baseadas no a³dio. Essa éa principal maneira pela qual se fala publicamente hoje em dia: 'Eu posso dizer coisas racistas ou odiosas. a‰ a minha primeira emenda certa. Essa éa principal maneira pela qual vocêouve a liberdade de expressão publicamente, portanto, não éde admirar que as pessoas que se preocupam com a igualdade ou que se importam com seus diversos pares e elas mesmas não gostem tanto de uma ideia. Obviamente, proteger o discurso do a³dio não étudo o que asDimensões da liberdade de expressão da Primeira Emenda devem fazer. portanto, não éde admirar que as pessoas que se preocupam com a igualdade ou que se preocupam com seus diversos pares e elas mesmas não gostem tanto de uma ideia. Obviamente, proteger o discurso do a³dio não étudo o que asDimensões da liberdade de expressão da Primeira Emenda devem fazer. portanto, não éde admirar que as pessoas que se preocupam com a igualdade ou que se preocupam com seus diversos pares e elas mesmas não gostem tanto de uma ideia. Obviamente, proteger o discurso do a³dio não étudo o que asDimensões da liberdade de expressão da Primeira Emenda devem fazer. 

Especialmente no campus de uma faculdade, énosso trabalho expressar isso, apresentar isso e fazer jus a isso, e mostrar aos alunos que a proteção da fala érealmente uma ferramenta importante para promover a igualdade e proteger os grupos marginalizados e garantir que eles tem um debate em que a voz de todos pode ser ouvida. a‰ uma maneira de proteger protestos, por exemplo, e manifestantes, que geralmente são marginalizados. Penso que os valores que os estudantes e as jovens gerações de hoje estãopromovendo são valores democra¡ticos fundamentais, mas a s vezes as ferramentas que eles usam para promovaª-los podem ser desaconselha¡veis ​​ou imprudentes, e assim podem aprender. a‰ para isso que vocêéjovem. Podemos aprender com eles como promover a dignidade para todos e os ideais de igualdade, dentro e fora do campus. Temos a sorte de ser informados e revigorados por seus ideais. 

 

.
.

Leia mais a seguir