Humanidades

Discriminação racial ligada ao suica­dio
Na última década, as taxas de suica­dio nos Estados Unidos aumentaram dramaticamente entre as minorias raciais e anãtnicas, e os americanos negros em particular. Para jovens negros de 15 a 24 anos, o suica­dio éa terceira principal causa de mort
Por Laurie Fickman - 03/08/2020


O professor da Universidade de Houston Rheeda Walker estãorelatando que a discriminação racial étão dolorosa que estãoligada a  capacidade de morrer por suica­dio, um pré-requisito presumido para poder tirar a própria vida e certas ferramentas de saúde mental - como reformular um incidente - podem Socorro. Crédito: University of Houston

Nesta era do acerto de contas racial, novas descobertas de pesquisas indicam que a discriminação racial étão dolorosa que estãoligada a  capacidade de morrer por suica­dio, um pré-requisito presumido para poder tirar a própria vida. No entanto, a capacidade de reformular emocionalmente e psicologicamente uma transgressão pode mitigar seus efeitos nocivos.

Na última década, as taxas de suica­dio nos Estados Unidos aumentaram dramaticamente entre as minorias raciais e anãtnicas, e os americanos negros em particular. Para jovens negros de 15 a 24 anos, o suica­dio éa terceira principal causa de morte, com aproximadamente 3.000 negros americanos morrendo por suica­dio a cada ano.

Dois estudos realizados de forma independente contam uma história convincente.

"Nossas descobertas demonstram que, para adultos negros, a discriminação percebida serve como uma experiência suficientemente dolorosa, diretamente associada a uma maior capacidade de superar o medo inerente a  morte e alcana§ar uma maior capacidade de auto-agressão", relata Rheeda Walker, professora de psicologia e diretor do Laborata³rio de Cultura, Risco e Resiliaªncia da Universidade de Houston. Como autor do recanãm-lana§ado "The Unapologetic Guide to Black Mental Health", Walker éum dos principais pesquisadores dos EUA, especializado em cultura, raça, saúde mental e suica­dio.

Os estudos foram conduzidos por Jasmin Brooks, estudante de doutorado no laboratório de pesquisa, e publicados nos peria³dicos Suica­dio e Comportamento que Ameaa§am a Vida e Diversidade Cultural e Psicologia das Minorias a‰tnicas , principais peria³dicos em ciência do suica­dio e psicologia cultural, respectivamente.

Capacidade de suica­dio: discriminação como um evento doloroso e provocador

Neste estudo, a equipe de pesquisa mediu a relação entre as experiências de discriminação de uma pessoa e seunívelde capacidade de suica­dio. O estudo incluiu 173 estudantes universita¡rios negros e 272 brancos, que responderam a questiona¡rios sobre suas experiências.

Os resultados sugerem que, embora a discriminação percebida crie distúrbios emocionais para adultos brancos, éum evento exclusivamente doloroso para adultos negros.

"Para adultos negros, a discriminação percebida representava uma variação estatisticamente significativa acima e além dos sentimentos de depressão e estressores não discriminata³rios na previsão da capacidade de suica­dio. Para adultos brancos, a discriminação percebida não estava associada exclusivamente a  capacidade de suica­dio", relata Walker.

Em um estudo separado, mas oportuno, Walker e sua equipe examinaram como alguns dos efeitos do racismo poderiam ser mitigados.

O efeito moderador do perda£o disposicional na percepção de discriminação racial e depressão em adultos afro-americanos

Embora a discriminação racial percebida esteja associada a  depressão para adultos afro-americanos, a percepção sobre medidas de proteção contra racismo e depressão em afro-americanos élimitada. Neste estudo, 101 estudantes universita¡rios afro-americanos relataram suas experiências e sentimentos pessoais, e a equipe de Walker investigou se o perda£o disposicional estãoassociado a menos depressão. O perda£o disposicional, a capacidade de reformular um incidente, não éo mesmo que desculpar, incentivar a reconciliação ou libertar um ofensor das consequaªncias de suas ações.

"O uso de estratanãgias internas de enfrentamento évital para populações marginalizadas que sofrem discriminação racial diariamente. Os resultados deste estudo sugerem que o perda£o disposicional, um robusto mecanismo interno de enfrentamento, pode servir como uma estratanãgia de enfrentamento útil associada a menos sintomas depressivos para adultos afro-americanos sofreu discriminação racial ", relata Walker.

Walker disse que as descobertas podem ter implicações cla­nicas importantes nesse perda£o disposicional e, especificamente, a capacidade de se envolver em reestruturações e reestruturações cognitivas, impedem a ruminação prolongada.

"Em um mundo melhor e mais inclusivo, o racismo não existiria. Atéque isso acontea§a, as ferramentas psicológicas são cra­ticas para mitigar as consequaªncias emocionais agudas e de longo prazo da discriminação racial em indivíduos afro-americanos", disse Walker.

 

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