Humanidades

As sepulturas de 6.600 anos na Pola´nia sugerem que a diferença de riqueza existia antes do que se pensava
Em seu artigo publicado na revista Antiquity , o grupo descreve seu estudo de esqueletos em um antigo cemitanãrio polonaªs e o que eles encontraram.
Por Bob Yirka - 07/08/2020


Doma­nio paºblico

Uma equipe de pesquisadores da Suanãcia, Estados Unidos, Pola´nia e Reino Unido encontrou evidaªncias que sugerem que a lacuna de riqueza nas comunidades humanas remonta a pelo menos 6.600 anos. Em seu artigo publicado na revista Antiquity , o grupo descreve seu estudo de esqueletos em um antigo cemitanãrio polonaªs e o que eles encontraram.

A diferença de riqueza éum termo para descrever as disparidades de renda para pessoas que vivem em uma comunidade compartilhada. A maioria dospaíses do mundo hoje tem uma lacuna de riqueza. Nesse novo esfora§o, os pesquisadores encontraram evidaªncias que sugerem que a diferença de riqueza éainda mais antiga do que a maioria dos historiadores acreditava.

O trabalho envolveu a escavação de esqueletos em um antigo cemitanãrio em OsÅ‚onki, na Pola´nia, juntamente com artefatos associados. Os pesquisadores então estudaram os ossos, procurando isãotopos de nitrogaªnio e carbono . Ao todo, a equipe estudou os restos mortais de 30 pessoas, todos adultos com idades entre 18 e 45 anos. Como última etapa, os pesquisadores estudaram também ossos de bovinos encontrados na mesma área e no mesmo período.

Eles descobriram que algumas pessoas foram enterradas com pingentes, tiaras e contas de cobre, um inda­cio de que podem ter vindo de fama­lias mais privilegiadas. Mas isso não foi suficiente para fornecer evidaªncias de uma lacuna de riqueza. A equipe observou então que as mesmas pessoas que foram enterradas com belos adornos também tinham uma proporção distinta de isãotopos de carbono em seus ossos, que também foi observada no gado, sugerindo que essas pessoas estavam comendo o gado local. As pessoas enterradas sem essas bugigangas não tinham as proporções de isãotopos de carbono distintas, sugerindo que não comiam o gado local.

Os pesquisadores também observam que a proporção de isãotopos de carbono no gado sugere que eles pastavam em grama­neas de campo aberto porque éo tipo de proporção normalmente visto em gado moderno com acesso a campos abertos e iluminados pelo sol, ao contra¡rio de vacas que comem plantas crescendo em áreas parcialmente sombreadas por a¡rvores.

Juntas, as descobertas sugerem que as pessoas enterradas com bugigangas que comiam carne local provavelmente pertenciam a fama­lias proprieta¡rias de terras - fama­lias que tinham acesso a mais coisas boas da vida do que aquelas pessoas enterradas sem bugigangas, evidenciando uma lacuna de riqueza.

 

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