Humanidades

Novo artigo revela como as lições aprendidas durante o COVID-19 podem nos preparar para um ataque nuclear
o artigo prossegue destacando a diminuia§a£o da preocupaa§a£o do paºblico com a ameaça nuclear, que diminuiu drasticamente desde seu pico na década de 1980.
Por Universidade de Birmingham - 09/09/2020


Crédito: Pixabay 

A atual pandemia COVID-19, além de servir como um lembrete da natureza muito pessoal do risco catastra³fico global, também pode iluminar o desafio nuclear conta­nuo que a sociedade global enfrenta, sugeriu uma equipe de especialistas do Reino Unido em um novo artigo .

O artigo, publicado no Bulletin of the Atomic Scientists , sugere que, embora muitas das lições a serem aprendidas com a pandemia sejam especa­ficas para uma grande crise de saúde global, elas também podem fornecer uma visão sobre um conjunto mais amplo de desafios caso o mundo enfrente outros grandes desastres naturais ou de origem humana.

Especialistas das Universidades de Birmingham e Leicester argumentam que as consequaªncias de um incidente nuclear ou ataque superariam em muito o impacto sobre os servia§os de saúde, a interrupção da vida normal e a suspensão das liberdades civis que experimentamos durante o COVID-19, com forte impacto a infraestrutura ba¡sica do governo, finana§as, comunicações e abastecimento de alimentos. No entanto, a prevenção não pode ser deixada apenas para os governos e, aprendendo lições com a pandemia COVID-19 e aplicando-as ao reino nuclear, cidada£os engajados podem ajudar a reduzir os riscos.

O risco de um evento nuclear édifa­cil de estimar, no entanto, de acordo com modelos anteriores, o risco de um aºnico incidente levar a  morte de aproximadamente um milha£o de pessoas pode chegar a 50 por cento nos pra³ximos 50 anos. Apesar disso, o artigo prossegue destacando a diminuição da preocupação do paºblico com a ameaça nuclear, que diminuiu drasticamente desde seu pico na década de 1980. Pensa-se que a falta de preocupação pode ser devida a fatores, incluindo o número limitado de questões dadas a atenção do paºblico e da ma­dia a qualquer momento, uma percepção de improva¡vel de um evento nuclear, o fato de que essas ameaa§as estãoamplamente ocultas e, portanto, menos tanga­veis e finalmente, uma sensação de impotaªncia e incapacidade de prevenir tais eventos.

Os autores afirmam que, como vimos durante esta pandemia global, assim como os riscos virais, os riscos nucleares podem ser mitigados pela cooperação internacional, mas medidas como garantir que a atual arquitetura global de controle de armas - incluindo o Tratado de NãoProliferação Nuclear assinado em 1968 e o novo acordo START entre os EUA e a Raºssia - sobreviver em uma nova era são vitais. Os esforços internacionais conta­nuos para reduzir os riscos representados pelo terrorismo nuclear, proteger as instalações nucleares e garantir que todo o material nuclear seja contabilizado também éfundamental.
 
O coautor, Professor Richard Lilford, do Instituto de Pesquisa Aplicada em Saúde da Universidade de Birmingham, disse: "O primeiro objetivo ao lidar com cata¡strofes globais de qualquer tipo éa prevenção, mas se a prevenção não for possí­vel, a atenção deve se voltar para a preparação. Indiscutivelmente, o mundo não foi preparado adequadamente para o COVID-19, e se os governos em todo o mundo não estivessem preparados para uma pandemia, provavelmente não estavam preparados para outros desastres globais, incluindo incidentes nucleares. O que a situação atual destacou são alguns dos desafios que os cidada£os enfrentariam em o evento de um ataque nuclear, incluindo pa¢nico generalizado, escassez de alimentos, equipamentos e medicamentos e estoques - todos os quais seriam em uma escala muito maior. Um ataque quase certamente significaria a redução das liberdades civis,enfatizando a importa¢ncia de mensagens claras e inequa­vocas por parte de governos confia¡veis ​​- um desafio que permaneceu na vanguarda da resposta ao COVID-19. "

Peter Chilton, co-autor e pesquisador do Instituto de Pesquisa em Saúde Aplicada da Universidade de Birmingham, acrescentou: "O aspecto mais importante da preparação para um desastre global éa educação e o engajamento. Atualmente, o paºblico provavelmente estãomenos familiarizado com os fundamentos do nuclear armas e riscos nucleares do que em qualquer momento desde a Segunda Guerra Mundial e, assim, da mesma forma que vimos com questões como asmudanças climáticas, éessencial que se faz mais para educar as pessoas sobre esses riscos. desafios enfrentados pelo mundo moderno éfa¡cil ver porque as pessoas parecem ter esquecido os perigos que as armas nucleares representam. a‰ essencial, por mais desagrada¡vel que parea§a, que o paºblico pense no impensa¡vel para prevenir, ou pelo menos mitigar e administrar as ameaa§as representadas por um ataque nuclear. "

 

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