Humanidades

Frutas como alegoria para moralização da sociedade colonial
Novo volume da colea§a£o Mema³ria Atla¢ntica estãodispona­vel para download gratuitamente
Por ACI Unesp - 23/02/2021


A coleção Mema³ria Atla¢ntica tem como propa³sito oferecer ao paºblico acesso a edições
digitais de documentos e obras raras da cultura luso-brasileira

O sexto volume da coleção Mema³ria Atla¢ntica traz ao paºblico a obra Frutas do Brasil numa nova e ascanãtica monarquia, consagrada a  Santa­ssima Senhora do Rosa¡rio, de Anta³nio do Rosa¡rio. Na obra, os lugares ocupados pelos integrantes dos três estados da monarquia são comparados a s sutilezas do sabor, da cor e da textura iniguala¡veis de diferentes frutas. A coleção Mema³ria Atla¢ntica tem como propa³sito oferecer gratuitamente ao paºblico, especializado ou não, acesso a edições digitais de documentos e obras raras da cultura luso-brasileira.

Editado e anotado pelo professor Livre-Docente em Hista³ria Moderna da Unesp e pesquisador do grupo Escritos sobre os novos mundos Ricardo Alexandre Ferreira, Frutas do Brasil éagora publicado, pela primeira vez, integralmente em la­ngua portuguesa e, tal como na edição original de 1702, reaºne sermaµes do Agostinho Descala§o e depois Capucho produzidos no século XVII. 

O download do livro pode ser feito gratuitamente no site Cultura Acadaªmica.

Sobre a obra

Antonio do Rosa¡rio foi um religioso que nasceu em Lisboa, em 1647, viveu nos sertaµes de Pernambuco desde a década de 80 do Seiscentos e faleceu em Salvador, na Bahia, em 1704. No texto, autor lana§a ma£o de alegorias muito precisas para tratar da sociedade colonial portuguesa instalada na Amanãrica, um lugar onde, a  anãpoca, não se viam os reis e as rainhas lusos, mas abundavam ananases e canas, frutas cujas principais caracteri­sticas lhes foram aºteis para tratar do comportamento esperado de soberanos cristãos. 

Na obra, os lugares ocupados pelos integrantes dos três estados da monarquia são comparados a s sutilezas do sabor, da cor e da textura iniguala¡veis de diferentes frutas. Mas nem são a partir da alegoria das frutas moralizou o frei, que optou por lana§ar ma£o das imagens da a¡gua, do fogo e do sangue quando moralizou a respeito do tratamento nada cristão que alguns senhores despendiam a seus escravos, atitude que, segundo o franciscano, lhes levaria a serem “bem moa­dos e remoa­dos” no engenho do jua­zo final. 

A coleção Mema³ria Atla¢ntica, uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Escritos sobre os Novos Mundos (FAPESP), em parceria com a FEU (Fundação Editora da Unesp) e com a Academia Portuguesa da Hista³ria, tem como propa³sito oferecer gratuitamente ao paºblico, especializado ou não, acesso a edições digitais de documentos e obras raras da cultura luso-brasileira. a‰ um pequeno contributo ao sempre polaªmico, mas necessa¡rio processo de construção da memória e da identidade nacionais, deste e do outro lado do Atla¢ntico. As edições, que abarcam documentos inanãditos, obras nunca antes publicadas em portuguaªs e obras cujas impressaµes estãohoje inacessa­veis, são precedidas por uma introdução hista³rica, composta por um ou mais especialistas, e seguida da versão integral do escrito, anotada e com ortografia e pontuação modernizadas.

 

.
.

Leia mais a seguir