Estudo mostra que as conversas raramente terminam quando as pessoas querem que elas terminem
Em seu artigo publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences , o grupo descreve os resultados de pesquisas e experimentos que conduziram a respeito de conversas e o que aprenderam com elas.
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Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, da Escola Wharton da Universidade da Pensilva¢nia e da Universidade da Virgania descobriu que as conversas entre as pessoas geralmente não terminam quando um dos parceiros deseja que elas terminem. Em seu artigo publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences , o grupo descreve os resultados de pesquisas e experimentos que conduziram a respeito de conversas e o que aprenderam com elas.
Os humanos passam muito tempo conversando. Mas, segundo os pesquisadores, muito pouco se sabe sobre as conversas. Quais são as regras, quem escolhe sobre o que falar e como elas terminam? Nesse novo esfora§o, os pesquisadores buscaram aprender mais sobre conversas; especificamente, eles terminam quando uma ou ambas as partes desejam que terminem?
Para descobrir, os pesquisadores usaram o sistema Mechanical Turk da Amazon para consultar mais de 800 voluntários sobre sua conversa mais recente. Além de perguntar sobre a natureza da conversa e o relacionamento das partes envolvidas, perguntaram se a conversa havia terminado quando eles queriam. Eles descobriram que aproximadamente 67% dos inquiridos queriam ou esperavam que a conversa terminasse antes disso. Metade deles também relatou que gostaria que a conversa tivesse durado mais ou tivesse sido mais curta.
Intrigados, os pesquisadores montaram um experimento em seu laboratório. Eles convidaram 252 estudantes universita¡rios voluntários para sentar-se a sãos com outro volunta¡rio e conversar sobre o que desejassem. Cada uma das duplas de bate-papo foi solicitada a falar por pelo menos um minuto, mas por menos de 45. Apa³s os bate-papos, os voluntários foram questionados sobre suas conversas. Os pesquisadores descobriram que apenas 2% das conversas terminaram quando ambas as partes queriam que terminassem. Aproximadamente 60% desejavam que a conversa tivesse terminado antes - muito pra³ximo ao número encontrado com os voluntários que participaram da pesquisa.
Depois de ouvir as conversas em seu laboratório e fazer outras perguntas aos voluntários, os pesquisadores passaram a acreditar que a razãodas conversas durarem mais (ou a s vezes são mais curtas) do que as pessoas querem éporque nenhum dos parceiros sabe o que o outro quer. Ambos tendem a temer que terminar uma conversa prematuramente seja considerado rude.