Doze meses depois, podemos estar sofrendo de sobrecarga de informaa§aµes do COVID-19, mas háum ano era diferente. O mundo estava assustado e as pessoas estavam ansiosas por fatos e informaa§aµes sobre o novo varus mortal.

Crédito: Shutterstock. A pesquisa do Facebook revelou que pessoas com crena§as incorretas não estavam dispostas a mudar de ideia, mesmo quando recebiam informações precisas.
Doze meses depois, podemos estar sofrendo de sobrecarga de informações do COVID-19, mas háum ano era diferente. O mundo estava assustado e as pessoas estavam ansiosas por fatos e informações sobre o novo varus mortal.Â
Diante de uma ameaça desconhecida, as pessoas inicialmente procuraram especialistas, cientistas e autoridades de saúde. Mas, com o passar das semanas e a gravidade da pandemia se intensificando, a confianção nos especialistas e neles diminuiu.
Diante de uma ameaça desconhecida, as pessoas inicialmente procuraram especialistas, cientistas e autoridades de saúde. Mas, com o passar das semanas e a gravidade da pandemia se intensificando, a confianção nos especialistas e neles diminuiu
Por medo, cansaa§o com as medidas antipandaªmicas e frustração com a incapacidade dospaíses de controlar o varus mortal, começam a surgir sinais de ceticismo.Â
Para pesquisadores de todo o espectro acadaªmico, o COVID-19 ofereceu uma oportunidade de estudar e compreender as respostas públicas em primeira ma£o a primeira pandemia da era digital.
Socia³logos e dema³grafos do Centro Leverhulme de Ciência Demogra¡fica de Oxford, liderado pelo Dr. Ridhi Kashyap, queriam explorar as reações internacionais ao COVID-19 quando ele se moveu para além da China e alcana§ou a Europa. Como evoluiu a busca de informações e a confianção nos cientistas e especialistas em saúde?
Para responder a esta pergunta, a equipe do Dr. Kashyap agiu rapidamente para capturar as respostas ao varus, do final de fevereiro a meados de abril de 2020, conforme o número de mortes aumentava e as regiaµes do norte da Ita¡lia [a primeira área afetada depois da China] eram bloqueadas. A equipe coletou dados de três plataformas de madia social na Ita¡lia: Twitter, Telegram (um aplicativo de mensagens) e Facebook.
Com as redes sociais repletas de conversas sobre o varus, foi possível coletar dados de rastreamento digital em tempo real - para ver o que estava acontecendo, o que as pessoas estavam pensando e, criticamente, onde estavam obtendo suas informações.
“Poderaamos analisar essas pegadas digitais que levam a s pessoas que buscam informações sobre essa nova ameaa§a. Além do mais, poderaamos realizar pesquisas on-line rápidas para revelar se a confianção em especialistas e em suas informações foi mantida, cresceu ou diminuiu â€, diz o Dr. Kashyap.
Poderaamos realizar pesquisas online rápidas para revelar se a confianção nos especialistas e nas informações deles foi mantida, cresceu ou diminuiu
Dr. Ridhi Kashyap
No Twitter, eles examinaram mais de dois milhões de tweets e retuates na Ita¡lia que usaram as hashtags populares do Coronavirus (#coronavirusitalia e # covid19italia).Â
Eles classificaram as contas que postaram os tweets em diferentes categorias, como cientistas, autoridades de saúde, madia, polaticos e autoridades governamentais. Eles então se concentraram nos retuates das contas mais populares, porque sinalizam interesse no assunto e concordam com o que estãosendo dito.
No inicio do surto, as descobertas mostraram um aumento considera¡vel na atenção dada a cientistas e autoridades de saúde. Mas em meados de mara§o, logo após o bloqueio dopaís, os retuates de especialistas em saúde começam a diminuir.
No Telegram, a equipe reuniu cerca de 9.000 respostas sobre o quanto as pessoas gostariam de receber informações sobre o COVID-19 de médicos, cientistas, governo, autoridades de saúde, como a OMS - e de celebridades. Os questiona¡rios foram distribuados em quatro ondas. O primeiro foi logo após o primeiro caso ser detectado, depois mais três, com intervalo de aproximadamente uma semana.
Semelhante a s descobertas do Twitter, os resultados do Telegram revelaram inicialmente aumentos no interesse em informações vindas de cientistas, autoridades de saúde e do governo, em oposição a celebridades. Mas, com o passar das semanas, essenívelde interesse diminuiu. Â
Os resultados revelaram inicialmente interesse em informações de cientistas ... em oposição a celebridades. Mas, com o passar das semanas, essenívelde interesse diminuiu
O Facebook éa plataforma de madia social mais popular dopaís, com 60% da população usando-o. De meados ao final de mara§o de 2020, a equipe questionou 900 entrevistados, provenientes de usuários do Facebook na Lombardia e Veneto, a área mais afetada pela doena§a.
Nesta pesquisa realizada no Facebook, a equipe fez perguntas sobre comportamentos de saúde e conhecimentos vinculados ao COVID-19, bem como perguntas sobre o apoio a medidas de saúde pública para conter o COVID-19.
O objetivo da pesquisa era examinar o conhecimento e as atitudes da saúde pública, mas também avaliar a disposição de modificar as crena§as sobre a saúde quando exposto a informações corretas de especialistas. A pesquisa fez perguntas como: Os antibia³ticos são aºteis na prevenção da infecção pelo Coronavarus? Os jovens também podem contrair o COVID-19? Lavar as ma£os éútil para prevenir a infecção pelo Coronavarus?
Quando os respondentes deram uma resposta incorreta a uma dessas questões, um grupo selecionado aleatoriamente recebeu informações relevantes para a questãosem uma fonte clara, enquanto a outra metade recebeu as mesmas informações, mas com um esclarecimento explacito de que se tratava de um especialista fonte de saúde pública, como a OMS ou o Instituto Italiano de Saúde Paºblica.
A pesquisa descobriu que, embora os naveis de conhecimento ba¡sico de saúde sobre COVID-19 fossem bons, surgiram sinais de ceticismo de especialistas em saúde pública entre aqueles que mantinham crena§as incorretas. Para aqueles que tinham crena§as incorretas, mostrar informações como provenientes de fontes especializadas os levou a se tornarem endurecidos em suas crena§as e menos propensos a modifica¡-las. A confianção na ciência e nas autoridades de saúde pública estava associada a um melhor conhecimento do COVID-19 e ao apoio a s medidas de saúde pública.
O Dr. Kashyap diz: 'Nossa pesquisa prova que a confianção nos especialistas não pode ser considerada um dado adquirido. Sim, as pessoas anseiam por informações profissionais confia¡veis ​​no inicio de uma emergaªncia, sobre a qual sabem pouco. Mas essa confianção éfra¡gil e pode cair ... vimos que, embora o interesse pela pandemia não tenha diminuado, certamente diminuiu o interesse e a confianção no que os especialistas em saúde diziam.
“Conhecemos muito bem a evolução do varus, as diferentes fases: ondas, picos, variantes e bloqueios. Nosso estudo mostra que a confianção também se move. '
Nossa pesquisa prova que a confianção em especialistas não pode ser tomada como certa ... Mas essa confianção éfra¡gil e pode cair
Dr. Kashyap
Ela acrescenta: 'A evolução continua. Agora estamos entrando em uma nova fase da pandemia: o lana§amento da vacina. Esperamos que isso nos leve de volta a normalidade e que essa esperana§a trazida pelas conquistas cientaficas de uma nova vacina tenha o potencial de revitalizar novamente a confianção em cientistas e especialistas em saúde. '
Neste contexto, émais importante do que nunca garantir que informações de saúde confia¡veis ​​e confia¡veis ​​sejam apresentadas e aceitas pelo paºblico. Os especialistas em saúde estãolutando contra as informações antivaxx e seus danos colaterais de vidas perdidas devido a hesitação da vacina. No Reino Unido, as taxas de pessoas que aceitam a vacina tem sido geralmente boas - o que sugere que os especialistas em saúde pública estãosendo ouvidos, embora isso não possa ser dado como certo.
Mas algumas populações são consideradas menos entusiasmadas, com estimativas sugerindo que menos da metade em algunspaíses estãopreparada para ser vacinada. A batalha pela informação continua.Â