Os indivíduos frequentemente discordam sobre se alguns grupos enfrentam resultados e tratamentos mais desiguais do que outros
Domanio paºblico
Os que estãoa esquerda do espectro polatico tem mais probabilidade do que os da direita de perceber a desigualdade social, mas apenas quando ela afeta grupos tipicamente desfavorecidos, mostrou um novo estudo da Kellogg School of Management da Northwestern University.
Os indivíduos frequentemente discordam sobre se alguns grupos enfrentam resultados e tratamentos mais desiguais do que outros. Considere, por exemplo, debates sobre se os homens recebem mais tempo de transmissão do que as mulheres ou se as prática s de contratação de uma empresa afetam adversamente as minorias raciais em comparação com os brancos. De onde vão essas diferentes percepções?
Apresentando a todos as mesmas informações e considerando como suas percepções diferiam, os autores perguntaram se alguns indivíduos são mais propensos do que outros a perceber a existaªncia de desigualdade.
Os pesquisadores identificaram dois grupos principais em linhas ideola³gicas: igualita¡rios, aqueles que acreditam que os grupos na sociedade devem ser iguais; e anti-igualita¡rios, aqueles que são mais tolerantes com a desigualdade entre grupos.
O estudo descobriu que essas crena§as ideola³gicas sobre a desejabilidade da igualdade influenciam se as pessoas detectam disparidades entre grupos.
O artigo, "A ideologia molda seletivamente a atenção a desigualdade", serápublicado em 29 de mara§o na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) .
Em um estudo no jornal, os participantes viram imagens da vida urbana cotidiana e foram solicitados a relatar o que notaram. Algumas das imagens continham pistas relacionadas a desigualdade, por exemplo, retratando um carro de luxo e uma pessoa sem-teto na mesma cena. Os igualita¡rios sociais eram mais propensos a comentar naturalmente as desigualdades na imagem; os anti-igualita¡rios eram mais propensos a comentar sobre outros aspectos. A desigualdade neste estudo sempre caracterizou indivíduos pertencentes a grupos socialmente desfavorecidos (por exemplo, status socioecona´mico mais baixo) arcando com o peso disso. Talvez os igualita¡rios estejam mais sintonizados com a desigualdade quando ela afeta grupos socialmente desfavorecidos. Mas isso se estende a casos em que grupos socialmente favorecidos (por exemplo, brancos, homens) recebem tratamento desigual?
Em outros estudos do artigo, os pesquisadores manipularam diretamente se a desigualdade prejudicava grupos no topo ou na base da sociedade. Em um estudo, por exemplo, os participantes leram sobre uma organização que havia acabado de concluir seu processo de contratação. Eles examinaram uma sanãrie de curraculos de candidatos, que diferiam em cincoDimensões (raça, média, especialização, hobby e cidade natal). Depois de ver cada curraculo, os participantes ficaram sabendo se o candidato foi contratado ou não. Havia duas condições para a tarefa: em uma condição, a organização era tendenciosa contra candidatos de minorias e, na outra condição, a organização era tendenciosa contra candidatos brancos.
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"Descobrimos que, quando havia preconceito contra as minorias raciais, os igualita¡rios sociais eram mais propensos a notar isso do que os anti-igualita¡rios. Em contraste, quando havia preconceito contra os estudantes brancos, os igualita¡rios sociais não eram nem mais nem menos propensos a notar isso do que os anti-igualita¡rios. igualitaristas ", disse Hannah Waldfogel, estudante de doutorado no departamento de gestãoe organizações da Kellogg e coautora correspondente do estudo.
"Nossos resultados sugerem que os igualita¡rios não são mais propensos do que os anti-igualita¡rios a perceber todas as formas de desigualdade, mas sim que a atenção intensificada dos igualita¡rios a desigualdade se aplica seletivamente aos casos em que a desigualdade prejudica grupos tipicamente desfavorecidos", disse Waldfogel.
Enquanto a pesquisa existente sugere que as pessoas processam informações de maneiras que são consistentes com suas crena§as pré-existentes, o presente trabalho mostra que as crena§as pré-existentes das pessoas sobre a desejabilidade da igualdade de grupo moldam o que elas percebem no mundo ao seu redor em primeiro lugar.
"Enquanto alguns indivíduos afirmam que existe uma desigualdade generalizada, outros expostos aos mesmos contextos acreditam que seus pares veem certas desigualdades onde não existem e seletivamente negligenciam outras inconvenientes", disse Nour Kteily, professor associado de administração da Northwestern e autor co-correspondente no estudo. "Nossas descobertas ajudam a esclarecer de onde vão essas diferentes percepções da mesma realidade."
"Abordar a desigualdade requer um entendimento comum e preciso da extensão do problema", disse Kteily. "Os igualita¡rios sociais e a esquerda polatica mais ampla podem ficar frustrados quando outros deixam de notar os maus-tratos que os grupos tradicionalmente desfavorecidos costumam sofrer. Em função de suas próprias tendaªncias perceptivas, por outro lado, os indivíduos são mais tolerantes com a desigualdade entre os grupos, normalmente em a direita polatica pode vir a sentir que os igualita¡rios veem a desigualdade onde ela não existe ou que prestam atenção seletivamente a alguns tipos de desigualdade, mas não a outros. "