Humanidades

Baixa confianção no governo, crena§as conspirata³rias e assistir o YouTube prevaª hesitação vacinal
Pessoas que buscam informaa§aµes nas redes sociais, especialmente no YouTube, estãomenos dispostas a ser vacinadas contra o COVID-19, de acordo com uma nova publicaça£o das universidades de Oxford e Southampton,
Por Oxford - 09/06/2021


Sinal representando vacina ou nenhuma vacina

A professora Melinda Mills de Oxford e o professor Will Jennings de Southampton e sua equipe de pesquisa descobriram que fontes de ma­dia social não regulamentadas representam um problema especa­fico ao contribuir para a hesitação da vacina. O artigo adverte que os usuários de ma­dia social podem ser vitimas de um efeito de 'ca¢mara de eco' - onde recomendações personalizadas, com base no 'hista³rico de exibição' de um indiva­duo, enfatizam as preocupações de um indiva­duo e raramente fornecem opiniaµes alternativas ou de especialistas.

O professor Mills disse: 'A desinformação prolifera em algumas plataformas de ma­dia social porque os usuários recebem sugestaµes de conteaºdo alinhadas com seus medos e assistem a histórias, levando-os a tocas de coelho mais profundas. As informações são frequentemente apresentadas por não especialistas, com verificação limitada dos fatos, tornando difa­cil avaliar a precisão ou equilibrar as informações. '

O jornal alertou: 'Aqueles que obtem informações de fontes de ma­dia social relativamente não regulamentadas, como o YouTube, que tem recomendações feitas sob medida pelo hista³rico de exibição, tem menos probabilidade de se tornarem vacinados.'

Os pesquisadores estãopedindo ações de governos, autoridades de saúde e empresas de ma­dia social - e mais informações para preencher as 'lacunas de conhecimento'.

O estudo também mostra que a confianção éfundamental.

O professor Jennings observou: 'A desinformação prospera quando háfalta de confianção no governo, na pola­tica e nas elites com uma lição mais ampla de que as autoridades precisam comunicar com verdade, clareza e consistaªncia.'

Coletando dados de uma pesquisa com 1.476 adultos no Reino Unido e cinco grupos de foco durante a primeira implantação da vacina nopaís em dezembro de 2020, eles descobriram que um baixo risco pessoal percebido de COVID-19 estava relacionado a  hesitação da vacina. A complacaªncia também surgiu de um mal-entendido de que a 'imunidade de rebanho' havia sido alcana§ada e apenas os vulnera¡veis ​​precisam ser vacinados. O ceticismo em torno do COVID-19 e das vacinas estava ligado a  crena§a de que as mortes desiguais em certos grupos populacionais eram uma forma de controle populacional, que a imunidade coletiva havia sido alcana§ada e que o va­rus era de origem humana ou não tão mortal quanto relatado.

O professor Mills acrescentou: 'Muitas vezes havia uma lacuna de conhecimento na compreensão dos riscos. Embora existam alguns que sustentam crena§as conspirata³rias, muitos estavam simplesmente tentando entender as informações fragmentadas, dina¢micas e confusas, muitas vezes acessando as ma­dias sociais para maior clareza. '

A publicação afirma que mais de 80% dos europeus e mais de 70% dos americanos usam a Internet como fonte de informações sobre saúde e constata que o uso da Internet e a dependaªncia de fontes de ma­dia social como YouTube, Facebook, Twitter e TikTok mudaram o paisagem de coleta de informações.

A plataforma de compartilhamento de va­deo, YouTube - que contanãm uma alta porcentagem de reclamações negativas - foi particularmente ligada a  hesitação.

A publicação disse: 'Os usuários do YouTube estavam significativamente menos dispostos a ser vacinados, com uma probabilidade de 45% de disposição para a vacina ... Um estudo do conteaºdo da vacina no YouTube descobriu que 65,5% dos va­deos desencorajavam o uso da vacina com foco no autismo, riscos não revelados, reações adversas e mercaºrio em vacinas. '

A ação éessencial, de acordo com a equipe, que afirmou: 'Os governos devem estabelecer uma presença envolvente na web para preencher as lacunas de conhecimento ... Os sites permanecem não regulamentados e não operam como “editores” [devem ser] forçados a apresentar informações equilibradas, com desinformação ou teorias da conspiração rapidamente se tornando “virais”. '

 

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