Humanidades

Uma nova pesquisa mostra que o aprendizado émais eficaz quando ativo
A pesquisa também descobriu que manãtodos eficazes de aprendizagem ativa usam não apenas abordagens pra¡ticas e mentais, mas também de coraça£o, proporcionando maior suporte emocional e social.
Por Carnegie Mellon University - 30/04/2021


O envolvimento dos alunos por meio de atividades interativas, discussaµes, feedback e tecnologias aprimoradas de IA resultou em melhor desempenho acadêmico em comparação com palestras, aulas ou leituras tradicionais, conclua­ram o corpo docente do Instituto de Interação Humano-Computador da Carnegie Mellon University após coletar pesquisas sobre aprendizagem ativa.

As criana§as colaboram usando a NoRILLA Intelligent Science Station
no Trinity Area School District em Washington County, Pensilva¢nia.
Crédito: Carnegie Mellon University

A pesquisa também descobriu que manãtodos eficazes de aprendizagem ativa usam não apenas abordagens prática s e mentais, mas também de coração, proporcionando maior suporte emocional e social.

O interesse pela aprendizagem ativa cresceu a  medida que a pandemia do COVID-19 desafiava os educadores a encontrar novas maneiras de envolver os alunos. Escolas e professores incorporaram novas tecnologias para se adaptar, enquanto os alunos enfrentaram efeitos psicola³gicos negativos de isolamento, inquietação e desatenção causados ​​pela quarentena e aprendizagem remota. A pandemia deixou claro que as abordagens tradicionais a  educação podem não ser a melhor maneira de aprender, mas persistiram questões sobre o que éaprendizagem ativa e como melhor usa¡-la para ensinar, envolver e entusiasmar os alunos.

Nesra Yannier, docente do HCII, e Ken Koedinger, professor de psicologia e interação humano-computador, colaboraram com pesquisadores em várias universidades, incluindo Stanford, Harvard e University of Washington, para resumir as descobertas importantes sobre o aprendizado ativo. Seu trabalho, "Aprendizagem ativa: 'Pra¡tica' encontra 'mentes ativas'", foi publicado na revista Science . Os estudos recentes coletados por Yannier e Koedinger abrangem criana§as e adultos em idade universita¡ria, demonstram como e quando diferentes abordagens de aprendizagem ativa podem ser eficazes e envolventes e sugerem maneiras de incorporar lições aprendidas na escolaridade durante o auge da pandemia COVID-19.

"Quera­amos ver o que aprendemos com o ensino e a aprendizagem durante o COVID e o que poderia ser trazido de volta para a sala de aula", disse Yannier. "O COVID fora§ou os educadores a envolver os alunos de maneiras novas e os professores estavam experimentando novas tecnologias."

Os estudos coletados mostraram que a aprendizagem ativa pode colocar os alunos no controle de suas aulas. As técnicas de aprendizagem ativa incentivam os alunos a produzir pensamentos e obter feedback por meio de ambientes interativos, em vez de receber informações passivamente, como écomum em abordagens universais de educação, como palestras e leituras.

Um estudo inclua­do na coleção mostrou os benefa­cios da atividade física para a criatividade e geração de ideias. Outro descobriu que, embora os estudantes universita¡rios pensem que aprendem mais em palestras tradicionais do que por meio de abordagens de aprendizagem ativa, eles não o fazem. A aprendizagem ativa produz melhores resultados.
 
Yannier e Koedinger inclua­ram sua própria pesquisa, conclua­da com Scott Hudson, um professor do HCII, que descobriu que incorporar um ajudante virtual baseado em IA para questionar os alunos, incentiva¡-los a pensar criticamente e envolvaª-los em discussaµes aumentou o aprendizado em atividades prática s, enquanto também apoiando professores. Os pesquisadores realizaram experimentos controlados para ver o quanto as criana§as aprenderam ao interagir com NoRILLA , uma plataforma de aprendizagem de realidade mista onde as criana§as realizam e interpretam experimentos do mundo real com feedback interativo personalizado em uma mesa de terremoto, rampas ou outros aparatos fa­sicos, com a inteligaªncia artificial ligado e desligado. Quando desligado, os alunos aprenderam muito menos.

"Fizemos muitas pesquisas sobre isso", disse Yannier. "Se não tivermos a orientação de IA, as criana§as não sera£o capazes de entender os conceitos subjacentes e o aprendizado não se traduzira¡ no mundo real."

Tanto Yannier quanto Koedinger disseram que os estudos que resumiram deixaram claro que existem muitas abordagens para a aprendizagem ativa e como pesquisa¡-la. Eles esperam que seu artigo mova os educadores a incorporar um aprendizado mais ativo em suas aulas e pensar sobre como eles podem participar da pesquisa sobre o assunto.

"Esta¡ bastante claro nesta coleção que mesmo entre pessoas com ideias semelhantes existem sete ou mais aplicações de aprendizagem ativa que funcionam e a s vezes funcionam de maneiras contradita³rias", disse Koedinger. "Ha¡ tanta riqueza neste campo que podemos fazer melhorias continuamente para torna¡-lo mais eficaz e agrada¡vel por muito, muito tempo."

 

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