Humanidades

Vocaª éum 'explorador ocupado' ou 'buscador de tempo de qualidade?' Estudo divide viajantes de acordo com uso do tempo e impacto ambiental
O estudo examina se as tecnologias de viagens mais rápidas oscomo o ar ou o trem de alta velocidade osdesencadeiam a resposta comportamental dos turistas, o que pode resultar em atividades intensivas em energia nas fanãrias, definidas no estudo..
Por Universidade Nottingham Trent - 21/01/2022


Doma­nio paºblico

Os viajantes mais jovens que trabalham em período integral e que sentem a pressão de aproveitar ao ma¡ximo suas fanãrias são mais propensos a se envolver em atividades que tornam suas viagens menos sustenta¡veis, de acordo com pesquisa liderada pela Nottingham Business School, da Nottingham Trent University.

O estudo examina se as tecnologias de viagens mais rápidas oscomo o ar ou o trem de alta velocidade osdesencadeiam a resposta comportamental dos turistas, o que pode resultar em atividades intensivas em energia nas fanãrias, definidas no estudo como o Efeito Rebote do Uso do Tempo (TRE) no turismo.

Com base nos dados de mais de 400 viajantes, os pesquisadores classificaram as pessoas em três grupos osexploradores ocupados, buscadores de tempo de qualidade e amantes do tempo de viagem osde acordo com seus valores psicola³gicos e como eles usam seu tempo de fanãrias.

Eles descobriram que exploradores ocupados, representados por indivíduos mais jovens que trabalham em período integral, preferem as viagens mais rápidas de/para um destino para maximizar seu tempo fora. Preferindo passeios organizados e uma agenda lotada, esse grupo tem mais chances de viajar mais, visitar novos destinos e participar de atividades como esportes aqua¡ticos, cruzeiros fluviais pela cidade e passeios de helica³ptero que deixam uma maior pegada de carbono.

Por outro lado, os que buscam tempo de qualidade são geralmente pessoas mais velhas e aposentadas que tem menos tempo e restrições financeiras. Eles priorizam o tempo de qualidade nas fanãrias e são menos propensos a mudar seu comportamento devido a qualquer economia de tempo. Eles também são caracterizados por padraµes de fanãrias previsa­veis, preferindo fanãrias domésticas a destinos repetidos, e estãomenos dispostos a correr para atividades e atrações enquanto estãofora, levando a um menor consumo de energia e impacto ambiental.

O grupo dos amantes do tempo de viagem, situado entre os outros dois clusters em termos de idade, inclui mais estudantes e trabalhadores a tempo parcial em comparação com os outros clusters e estãointimamente ligado ao grupo de menor renda entre os participantes.

Embora os amantes do tempo de viagem sejam flexa­veis em termos de tempo, suas escolhas de viagem geralmente são determinadas pelos custos. Descobriu-se que eles valorizam mais o prazer de viajar de/para um destino, mesmo por transporte paºblico, e tiveram a maior preferaªncia por fanãrias de longa duração em todos os clusters.

Em todos os grupos, os exploradores mais jovens e os amantes do tempo de viagem mostraram mais preferaªncia por viagens ecologicamente corretas do que aqueles no grupo dos amantes do tempo de qualidade . Isso incluiu alugar um carro ecologicamente correto ou evitar modos de transporte com alto teor de carbono no destino. Embora o avia£o tenha sido o modo de viagem usado pela maioria dos participantes do estudo, as pessoas do grupo mais jovem também usaram menos a´nibus e viagens de a´nibus que consomem menos energia do que os outros, refletindo tanto o custo mais acessa­vel quanto a percepção e atitudes pra³-ambientais .
 
Dr. Soheon Kim, pesquisador-chefe e palestrante do Centro de Pesquisa de Estudos de Marketing e Consumidor da Nottingham Business School, disse: "O tempo desempenha um papel significativo no turismo, pois permite que os turistas fazm escolhas diferentes em relação ao seu comportamento na rota e no local . . Atravanãs desta pesquisa, procuramos entender as percepções, atitudes e uso do tempo dos turistas para examinar as implicações para o meio ambiente. Houve muitasmudanças na tecnologia de viagens que melhoram a eficiência da energia e do tempo, como trens de alta velocidade ou carros auta´nomos , no entanto, vemos que a resposta comportamental de alguns turistas nega esses ganhos porque sua atividade enquanto estãofora aumenta sua pegada de carbono osisso éo que chamamos de Efeito Rebote do Uso do Tempo no turismo.

"Nossas descobertas fornecem orientação sobre como gerenciar e proteger destinos tura­sticos dos impactos ambientais associados a s viagens dentro dos destinos. Por exemplo, governos locais ou operadores de turismo podem oferecer pacotes de transporte local para atrair turistas como os exploradores ocupados que usam opções de transporte mais sustenta¡veis , por exemplo, a´nibus, trem, bicicleta e atémesmo a panã, para viajar entre atrações tura­sticas e locais de atividades. Isso ajudara¡ a combater os impactos ambientais negativos associados a s viagens e permitira¡ que os turistas tenham viagens perfeitas entre os lugares sem atrasos."

A pesquisa foi realizada em conjunto com a School of Hospitality & Tourism Management, University of Surrey, Hotelschool The Hague e Bournemouth University Business School.

 

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