A celebraça£o anual do MLK no MIT apresenta um chamado para confrontar a história de racismo da Amanãrica para seguir em frente.
Na celebração anual deste ano do MIT sobre a vida e obra de Martin Luther King Jr, o palestrante principal Eddie S. Glaude Jr., o distinto professor universita¡rio James S. Donnell na Universidade de Princeton, invocou a memória de King em um apelo apaixonado para confrontar as realidades de a história dos Estados Unidos e as crena§as e ações racistas dopaís, a fim de alcana§ar uma nação mais justa e equitativa.
Glaude, um proeminente comentarista polatico e autor de livros como “Democracy in Black: How Race Still Enslaves the American Soulâ€, disse no evento de 10 de fevereiro que “o nosso momento ésombreado por medo e fantasmas. A Amanãrica estãomudando, e a substância dessa transformação não émuito clara.†Muitas pessoas tem medo dasmudanças demogra¡ficas da nação, o que foi descrito como “o escurecimento da Amanãricaâ€, e das transformações culturais que estãoocorrendo, disse ele.
Alguns estãoclamando pelos “bons velhos temposâ€, quando opaís parecia de uma certa maneira, e as divisaµes entre vários grupos de pessoas nopaís hoje estãoem evidaªncia. Muitos se recusam a reconhecer “os fantasmas do nosso passadoâ€. Ele disse que “o nosso éum momento em que muitos estãofugindo da história. … A segurança éencontrada nas histórias que nos dizem que a Amanãrica éum exemplo de democracia alcana§ada, que a nossa éa cidade brilhante na colina.â€
Mas, acrescentou, “ha¡ uma história diferente. Um que deve confrontar quem somos, se quisermos ser de outra forma. Se quisermos imaginar esta nação de novo, temos que olhar para a feiaºra de quem somos, quem fomos, diretamente na cara.â€
A história importa, disse ele, “porque a carregamos dentro de nós. ... Se não contarmos a verdade sobre o que aconteceu, sobre o que estãoacontecendo, se tentarmos esquecer ou ignorar o que passamos, nos condenamos em certa medida a ser movidos pelos fantasmas que nos assombram, e deixado para chafurdar em um mar de mentiras.â€
Relembrando um discurso de King, Glaude disse que nos anos logo após a emancipação, “uma espanãcie de amnanãsia intencional permitiu que opaís voltasse as costas a promessa de emancipação e rejeitasse a ideia de que os negros pudessem ser cidada£os de pleno direitoâ€. E agora, “aqui estamos em 2022, ainda brigando pelo tipo de história que contamos a nosmesmos sobre como chegamos a este momentoâ€. As tentativas de restringir o ensino sobre a história do racismo da nação e as tentativas de remover livros que deixam algumas pessoas desconforta¡veis ​​com essa história mostram “a nação dobrando sua feiaºraâ€.
“Temos que lidar com o falecido reiâ€, disse Glaude, “que olhou para a feiaºra da Amanãrica diretamente no rosto e lutou para invocar uma visão de como poderaamos, poderaamos, ser de outra formaâ€. Em um discurso na noite anterior ao seu assassinato, King disse: “Temos alguns dias difaceis pela frente, mas isso não importa para mim agora porque estive no topo da montanha e vi a terra prometida. Posso não chegar la¡ com vocaª, mas quero que saiba esta noite que nós, como povo, chegaremos a terra prometidaâ€.
Glaude disse que “ainda estamos naqueles dias difaceisâ€. Ecoando James Baldwin, ele disse que nossa tarefa é“dizer o ma¡ximo de verdade que pudermos suportarâ€, e então um pouco mais. “Temos que dizer a nosmesmos a verdade sobre o que fizemos e quem somos.†Admitir isso, disse ele, “éestabelecer as pré-condições para que sejamos de outra forma, para que possamos crescer. Porque se nos recusarmos a admitir as mentiras que de tantas maneiras moldaram nossa formação, estaremos permanentemente ancorados na estação. … Este éum trabalho a¡rduo. … Teremos que correr em direção aos nossos medos.â€
Citando Baldwin novamente, ele disse que a resposta para esses medos “éencontrada no amor pelos outros. A resposta éencontrada no amor que pode quebrar a doença no coração da escurida£o da Amanãrica. … Vocaª tem coragem de lutar? Nãomexer, mas lutar para dizer a verdade, e depois um pouco mais para amar ferozmente? A escolha estãodiante de nós, estãodiante de vocaªâ€, disse ele.
O evento anual da MLK apresentou homenagens a cinco ganhadores do Martin Luther King Jr. Leadership Awards deste ano : Lina Ahmed, estudante graduada Bianca Lepe, membro do corpo docente Nilma Dominique e membros da equipe Austin Ashe e Chiamaka Agbasi-Porter.
Va¡rios outros membros da comunidade do MIT também ofereceram reflexões. O copresidente saªnior de ação polatica da Unia£o dos Estudantes Negros do MIT, Brian Williams, que foi recentemente aceito na Stanford Law School, disse que “minha vida estãoenvolta na história negra, e carrego isso comigo todos os dias. a‰ a mesma armadura que me protege e me pesa.†Ele disse que “precisamos de pessoas no campo, na sala de aula, na academia, para pressionar pormudanças. E o que érealmente emocionante para mim éque essas pessoas já existem e aguardam ansiosamente nosso movimento. E isso me impulsiona. … Eu quero ser um engenheiro de soluções sociais para nossos problemas mais prementes.â€
Williams disse que espera trabalhar na “visão de nova legislação, novos sistemas que podem ser aplicados para corrigir esses problemas e libertar essas comunidades. Esse éo objetivo. Devemos querer ver o fim do racismo e da supremacia branca em nossas vidas, sempre nos perguntando: podemos criar um mundo onde as comunidades marginalizadas não sejam mais marginalizadas?â€
Carolyn Carrington, assistente administrativa do Departamento de Ciência e Engenharia Nuclear, disse que “Dr. King acreditava que a verdade desarmada e o amor incondicional tera£o a palavra final na realidadeâ€. Ela acrescentou que em tempos difaceis, inclusive durante a pandemia, “o trabalho que fizemos criou uma sensação de normalidade, pois os colegas reservavam um tempo para conversar, compartilhar seus desafios ou oferecer uma sensação de esperana§a. A comunidade do MIT para muitos tornou-se uma a¢ncora em tempos de tempestades.â€
Embora essas sejam palavras que ela não esperava juntar, “Eu amo o MITâ€, disse Ufuoma Ovienmhada, estudante de pós-graduação do Departamento de Aerona¡utica e Astrona¡utica e do Media Lab, e ex-presidente da Black Graduate Student Association. Ela citou a definição de amor de M. Scott Peck como “a vontade de estender a si mesmo com o propa³sito de nutrir o pra³prio crescimento espiritual ou de outra pessoaâ€. Com base nessa definição, ela disse: “Fui forçada a admitir que, por meio desses trabalhos, estou comprometida com o crescimento espiritual, moral e anãtico do MIT. E assim eu, de fato, amo o MIT. a‰ um amor a¡gape, uma preocupação contanua e incondicional com o bem-estar do MIT, a comunidade dentro dele e aqueles que ele impacta.†Ela acrescentou que “para amar bem, devemos estar dispostos a dizer a verdadeâ€. Nesse esparito,
Primeiro, ela disse, a MIT Corporation “resiste a qualquer mudança que corrija graves desequilabrios de poderâ€. Ela descreveu servir em comitaªs onde ela era uma das poucas alunas entre 25 ou 30 membros. “No MIT, não estamos compartilhando poder ou responsabilidade suficientesâ€, disse ela. Em segundo lugar, o Plano de Ação Clima¡tica do Instituto não inclui o desinvestimento em combustaveis fa³sseis “que continuam a produzir impactos clima¡ticos que afetam desproporcionalmente negros, pardos e indagenasâ€. E terceiro, embora tenha havido progresso no trabalho com estudantes de pós-graduação de grupos carentes, esse trabalho “muitas vezes se move a passo de caracol†e “ignora verdades inconvenientes e recomendações inconvenientesâ€.
Ela concluiu que “se vocêtambém ama o MIT, para amar bem, devemos estar dispostos a dizer a verdade, então tomar medidas palpa¡veis ​​para dobrar o arco da história do MIT em direção a justia§aâ€.
Ao apresentar Glaude, John Dozier, diretor de equidade e comunidade do Instituto do MIT, leia as observações preparadas pelo presidente do MIT, L. Rafael Reif. Ele disse: “Vamos aproveitar este momento para nos lembrar de trazer o esparito de investigação aberta do MIT para nossos relacionamentos uns com os outros. Rejeitemos o pensamento fechado e, em vez disso, escolhamos ampliar nossos horizontes, ouvir com compaixa£o e estar dispostos a abrir ma£o de ideias preconcebidas, de ampliar nossos horizontesâ€.
Stewart Isaacs, um estudante de doutorado em aerona¡utica e astrona¡utica do MIT que atuou como mestre de cerima´nias para o evento, disse que o tema do evento deste ano é“Abra sua mente e coração para a verdade e o amorâ€. Ele disse que, a princapio, “parecia uma versão diluada do Dr. Kingâ€. Mas, refletindo, ele disse, “viver a verdade e o amor érealmente muito difacil. Porque quando vocêvai contra a estrutura de poder, háconsequaªnciasâ€, incluindo as muitas que o pra³prio King sofreu durante sua vida, e que acabou com tudo. “Nestepaís, falar a verdade foi e continua sendo algo que pode causar muitos danos a nose a nossos entes queridos.â€
Isaac disse que “estamos aqui hoje para celebrar aqueles em nossa comunidade do MIT que corajosamente desafiam a estrutura de poder para melhorar as coisas para todos nós, muitas vezes a s suas próprias custas. … Minha esperana§a éque a celebração de hoje nos lembre de todo o poder que possuamos quando nos organizamos juntos como uma comunidade diante de medos reaisâ€.