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Mais pessoas estãousando os pronomes "eles/eles" para sinalizar sua identidade de gaªnero, mas os escritores tendem a evitar usar "eles" para se referir a uma única pessoa, de acordo com um novo estudo da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.
Além de "ele" ou "ela", as pessoas podem usar "eles" como pronome preferido. Mas os pesquisadores da Carolina descobriram que os autores usam "eles" com menos frequência em histórias e artigos on-line e são relativamente mais propensos a usar o nome da pessoa.
"Nossos sistemas de linguagem estãoem constante mudança e, neste estudo, examinamos se a relativa novidade do singular 'eles' pode levar a uma supressão em seu uso", disse Jennifer Arnold, professora de psicologia e neurociências da UNC College of Arts & Sciences que liderou o estudo publicado em 16 de fevereiro no Glossa: Psycholinguistics.
Arnold estuda a psicologia da linguagem e como o cérebro processa as palavras que usamos. Em um estudo recente, ela e seus alunos mostraram que anunciar pronomes preferidos aumenta a chance de que outros entendam "eles" no sentido singular no futuro.
"Eles" éfrequentemente usado por aqueles que não são binários, o que significa que uma pessoa não se identifica exclusivamente como homem ou mulher. Eles podem optar pelo pronome de gaªnero neutro.
Os pronomes são algumas das palavras mais comuns usadas na langua inglesa e conectam frases com o contexto anterior. Por exemplo, "Demi Lovato se apresenta no sa¡bado. Eles va£o cantar seus maiores sucessos."
Acertar os pronomes de uma pessoa éconsiderado um sinal de respeito. Defensores dizem que a cobertura da madia pode moldar como o paºblico fala e pensa sobre questões de gaªnero e coloca uma grande responsabilidade na madia pelo uso correto dos pronomes.
Para o estudo, Arnold e seus coautores revisaram artigos publicados digitalmente por 27 autores entre 2015 e 2020 que incluaam referaªncias a alguém que se identifica como não-bina¡rio ou genderqueer e usa pronomes.
Para comparação, a equipe de pesquisa encontrou artigos dos mesmos autores que incluaam indivíduos que usam pronomes ele/ela. Eles analisaram a proporção de vezes que os mesmos autores usaram os pronomes eles (em vez de um nome ou descrição) para se referir a um indivaduo versus os pronomes ele e ela para se referir a um indivaduo e descobriram que os pronomes eles/elas foram usados menos frequência.
“Sa£o escritores que escolheram escrever sobre pessoas que usam pronomes não binários, então eles estãoclaramente de acordo com essa ideiaâ€, disse Arnold. "a‰ são que, estatisticamente, eles usam com menos frequência do que usam pronomes binários."
A motivação por trás do uso de nomes pronomes não binários com menos frequência tem várias explicações potenciais, de acordo com Arnold.
"Uma coisa que sabemos sobre escrever em vez de falar éque isso da¡ a s pessoas a oportunidade de revisar e refletir sobre o que foi dito", explicou ela. "a‰ possível que esta seja uma decisão consciente do autor, ou pode ser um vianãs inconsciente. A orientação de muitos manuais de estilo éusar pronomes apropriados e ser claro, para que a escolha não seja obrigata³ria."
Arnold e seus coautores preveem que, a medida que as referaªncias não bina¡rias se tornarem mais comuns, os escritores podera£o depender da compreensão dos leitores dessa forma e se tornara£o mais experientes em usa¡-la, o que fara¡ com que "elas" sejam usadas em uma taxa semelhante a que ele e ela.
Os resultados também levam a direções futuras para pesquisas sobre como os pronomes são usados ​​na linguagem.
"Queremos estudar a mesma questãona linguagem falada porque essas tendem a ser escolhas mais automa¡ticas", disse Arnold. "Ha¡ menos tempo para refletir quando vocêestãofalando porque as restrições sociais da linguagem nos impedem de fazer uma pausa no meio da frase."