Entre a anãpoca em que os primeiros humanos modernos surgiram na áfrica e quando se espalharam pelo mundo, eles desenvolveram comportamentos complexos que permitiram a eles ose a nososnos adaptarmos e prosperarmos em novos ambientes.

Achados no satio Varsche Rivier 003, na regia£o de Knersvlate, na áfrica do Sul, mostram que os humanos prosperaram la¡ há80.000 anos, apesar de um clima difacil. Crédito: Alex Blackwood
Entre a anãpoca em que os primeiros humanos modernos surgiram na áfrica e quando se espalharam pelo mundo, eles desenvolveram comportamentos complexos que permitiram a eles ose a nososnos adaptarmos e prosperarmos em novos ambientes.
Esses comportamentos osfabricação de ferramentas, pensamento e planejamento osevoluaram durante a Idade da Pedra Manãdia (315.000–40.000 anos atrás), mas nossa compreensão atual de onde, por que e como os comportamentos surgiram depende de evidaªncias arqueola³gicas irregulares. A Idade da Pedra Manãdia no sul da áfrica émais conhecida por locais famosos ao longo da exuberante costa sul do Cabo, como a Caverna de Blombos. Mas uma nova pesquisa sugere que as pessoas nas regiaµes desanãrticas negligenciadas ao norte a s vezes viviam vidas muito diferentes e, de certa forma, mais criativas.
Em um artigo na revista Nature Ecology & Evolution , Alex Mackay, da Universidade de Wollongong, na Austra¡lia, Teresa Steele, professora de antropologia da Universidade da Califa³rnia, Davis, e colegas relatam que há80.000 a 92.000 anos, pessoas ocupando um local na regia£o de Knersvlakte do sul de Namaqualand, onde hoje éa áfrica do Sul, estavam inovando de várias maneiras, incluindo:
Criação de manãtodos exclusivos para a produção de ferramentas de pedra aquecendo rochas de silcrete para fraturar ao longo de impurezas
Transporte de conchas de moluscos a uma distância incomumente longa da costa
Produzindo tecnologia a partir de cascas de ovos de avestruz, seu primeiro uso conhecido como meio de criatividade
Essas inovações, encontradas no satio Varsche Rivier 003, não estãopresentes em locais a apenas 100 quila´metros ao sul, demonstrando a falta de conexões entre essas populações contempora¢neas.
"Podem ser as adaptações nesses períodos de isolamento que ajudam a motivar a inovação", disse Steele. No entanto, Steele observou que alguns milhares de anos depois, após uma mudança climática, os ocupantes de Varsche Rivier 003 e os locais ao sul começam a fazer as mesmas indaºstrias de ferramentas de pedra, destacando uma mudança para conexões em regiaµes geogra¡ficas mais amplas.
Fragmentos de rocha estilhaa§ados pelo calor coletados no local. Crédito: UC Davis
Mudança cultural em meio a smudanças climáticas
Steele e seus colegas começam as escavações em 2009 no local de um antigo abrigo rochoso na a¡rida Knersvlakte, uma biorregia£o mais conhecida por suas planacies de cascalho de quartzo e suculentas ana£s endaªmicas, situadas a 44 quila´metros a leste da costa atla¢ntica da áfrica do Sul e 185 milhas (300 quila´metros) ao norte da Cidade do Cabo.
Â
Artefatos do local datam de uma mudança climática que começou hácerca de 92.000 anos, quando ventos mais suaves e aumento das chuvas de vera£o tornaram a regia£o mais hospitaleira para os seres humanos. Depois de alguns milhares de anos, o clima voltou a ser mais parecido com o de hoje, com a maior parte dos 175 mm de precipitação média anual da regia£o ocorrendo no inverno.
Mas mesmo durante a mudança climática, o Knersvlakte era um ambiente marginal, disse Steele. "Era um lugar difacil para os caçadores-coletores-pastores ganharem a vida, mesmo recentemente. Mesmo quando havia um pouco mais de umidade na paisagem, não era de forma alguma exuberante. prosperar la¡ nos diz algo sobre a adaptabilidade humana", disse ela.
Mais pesquisas são necessa¡rias para reconstruir asmudanças climáticas na regia£o no passado e lana§ar mais luz sobre como o meio ambiente moldou a inovação e a cultura, disseram os pesquisadores.