Humanidades

Nãoháespaço para esterea³tipos que criem obsta¡culos para as mulheres na área acadaªmica
Adriana Alves destaca que, se as aa§aµes forem concretizadas na USP, servira£o de modelo para outras instituia§aµes adotarem as mesmas medidas e daa­ criarem uma onda de equidade de gaªnero
Por USP - 10/03/2022


Cortesia

A professora Adriana Alves, nova coordenadora do Escrita³rio USP Mulheres, discutiu ações para a equidade de gaªnero dentro e fora da Universidade, visando a  promoção de maior acesso, permanaªncia e progressão de mulheres na USP, tanto em termos acadaªmicos quanto administrativos. Ela destacou que existem diferentes obsta¡culos, dependendo da área. “Para as exatas, precisamos ainda focar bastante no acesso. Para as humanas e biológicas, já temos um cena¡rio um pouquinho melhor”, mas, ainda assim, as contratações privilegiam homens.

Adriana aponta que essa diferença de acesso entre exatas, humanas e biológicas ocorre devido a esterea³tipos. “Precisamos também desfazer todo um esterea³tipo de criação de homens e mulheres. Eu cresci ouvindo que mulheres eram melhores na escrita e homens melhores no pensamento la³gico. Então, precisamos criar as nossas meninas para que elas vejam um futuro nas carreiras das ciências exatas.”

Sendo assim, énecessa¡rio sensibilizar os gestores das universidades, para que haja políticas de incentivo a  entrada e permanaªncia de mulheres. “Isso éum problema que émundial. Nãoésão da USP”, ressalta a professora.

Outro ponto abordado pela professora éa respeito das ações realizadas pela USP para incentivar as meninas a ingressar nas carreiras exatas, como o Menina nas Ciências, realizado pela Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH). “Acho que cativar as meninas ainda no ensino manãdio éuma medida que tem se mostrado bastante eficiente.”

Poranãm, a coordenadora do Escrita³rio Mulheres acredita que algo deva ser feito para aquelas garotas que já entraram para o curso, com o objetivo de que  sigam bem sua carreira acadaªmica. “Precisamos pensar em ações que incentivem essas meninas a continuar na carreira acadaªmica depois e, quia§a¡, aumentarem o número de postulantes da carreira docente.” Ela prossegue explicando que  seránecessa¡rio aumentar o “número de doutoras nessas áreas e o número de postulantes dos concursos”.

No que diz respeito aos alunos cotistas, Adriana enxerga que essas ações devem atingi-los e ajuda¡-los a seguir carreira acadaªmica. “Então, temos dois desafios que são, para mim, os principais: o primeiro éter um documento que firme compromissos da Universidade com a equidade de gaªnero; o outro, étrazer um recorte de raça para que tenhamos uma diversidade numanãrica, não apenas em termos de gaªnero, mas também que tragamos mais mulheres negras”, afirma.

A professora acredita que, se conseguirem ampliar essas ações para a questãoda equidade na USP, “isso vai servir de modelo para outras instituições adotarem as mesmas medidas e aa­ criar uma onda de equidade de gaªnero para as outras, para trazer mais universidades brasileiras”.

 

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