Humanidades

Fila³sofo analisa culpa e culpa em nova pesquisa
A inspiraça£o para o artigo veio da descoberta de Clarke de que muitos fila³sofos raciocinam que quando uma pessoa se torna culpa¡vel por algo, ela pode agir para deixar de ser censura¡vel. Por exemplo, quando sentem culpa ou remorso por algo...
Por Amy Robinson - 31/03/2022


Doma­nio paºblico

Quando vocêfaz algo pelo qual éculpado, por quanto tempo vocêérealmente culpado por sua ma¡ ação? A culpabilidade evapora quando vocêéperdoado? Estas estãoentre as questões que um fila³sofo da Universidade Estadual da Fla³rida estãoabordando em um novo artigo publicado neste inverno na revista internacional Philosophical Studies .

Randolph Clarke, professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Artes e Ciências da FSU, analisa os principais ingredientes de culpa, responsabilidade, culpa e muito mais em seu novo artigo de pesquisa, "Still Guilty". A pesquisa de Clarke contribui para debates filosãoficos em andamento sobre culpabilidade.

"Estamos todos familiarizados com a culpa: nosa distribua­mos e a recebemos. a€s vezes nos enganamos ao fazaª-lo, mas a s vezes a pessoa culpada merece", disse Clarke. "Por um tempo, estive pensando sobre o que éculpa, o que émerecer culpa e quais fatores tornam alguém merecedor de culpa."

Em seu artigo, Clarke argumenta que uma vez que alguém éculpado por uma ação, ele sempre permanecera¡ assim, independentemente de pedir desculpas ou fazer as pazes com a(s) pessoa(s) que feriu. Tais ações podem melhorar seus sentimentos pessoais de culpa e restaurar um relacionamento com a parte prejudicada, mas a culpabilidade permanece.

"Pensei: pedir desculpas e fazer as pazes são coisas boas de se fazer, mas não fazem vocênão ser mais culpado", disse Clarke. "A meu ver, uma vez que vocêéculpado por algo, vocêsempre éculpado por isso."

A inspiração para o artigo veio da descoberta de Clarke de que muitos fila³sofos raciocinam que quando uma pessoa se torna culpa¡vel por algo, ela pode agir para deixar de ser censura¡vel. Por exemplo, quando sentem culpa ou remorso por algo que fizeram, podem pedir desculpas a quem magoou e fazer as pazes. Isso aliviaria o sentimento de culpa

Clarke acrescenta que muitos fila³sofos que sustentam essa visão dizem que alguém écensura¡vel apenas se merece sofrer a culpa. Eles observam que vocêpode sofrer toda a culpa que vocêmerece sofrer por uma determinada ofensa e, uma vez que vocêo faz, eles dizem que vocênão émais culpado por essa ofensa. Por exemplo, uma pessoa que se sente culpada por um crime cometido hámuitos anos pode ter, em algum momento, "sofredo o suficiente".

“Eles estãocertos sobre isso: vocêpode sofrer toda a culpa que merece sofrer por uma determinada ofensa”, disse Clarke. "E concedo mais um ponto: pode acontecer que ninguanãm mais o culpe por uma certa ofensa passada. Mas nenhuma dessas coisas implica que vocêpossa deixar de ser censura¡vel. Eu não merea§o mais me sentir culpado e mesmo que ninguanãm deva mais culpa¡-lo."

Quando se trata de vilaµes mortos hámuito tempo do passado que não podem mais sofrer culpa ou remorso, com Clarke oferecendo o exemplo de Adolf Hitler, nossa culpa coletiva deles ainda pode ser apropriada e eles ainda podem merecer isso, argumenta Clarke . Ele observa que a visão contra a qual ele argumenta implica, erroneamente, que a culpabilidade não poderia ser pa³stuma.

Clarke espera que os leitores eliminem algumas distinções importantes: a diferença entre ser censura¡vel e merecer sentir culpa ou remorso; e entre a questãode saber se alguém éculpa¡vel e a questãode saber se nós, ou alguém , devemos culpar essa pessoa.

"a€s vezes perdoamos, e a s vezes éa coisa certa a fazer - não devemos continuar culpando", disse Clarke. "Mas a pessoa que éperdoada permanece censura¡vel. Assim, se alguém écensura¡vel e se deve ser culpado são questões distintas."

Clarke, cuja pesquisa filosãofica se concentra na agaªncia humana, particularmente na ação intencional, no livre arba­trio e na responsabilidade moral, publicou vários livros e artigos sobre esses tópicos, bem como artigos sobre razão prática , causalidade mental e disposições durante seus mais de 30 anos no campo. .

"Eu estudo aspectos da agaªncia humana e da prática moral", disse Clarke. "Os seres humanos são fascinantes, e esses aspectos de nossas vidas sociais são infinitamente assim."

Piers Rawling, presidente do Departamento de Filosofia, disse que a pesquisa de Clarke desafia consistentemente os paradigmas existentes e oferece novas e fascinantes abordagens sobre teorias filosãoficas, e sua área de estudo osfilosofia de ação osabrange uma ampla gama de questões, incluindo o que nos torna moralmente responsa¡veis ​​por nossas ações.

 

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