Uma draga retirando sedimentos do leito do rio no ano passado como parte de um aprofundamento de US$ 973 milhões do movimentado canal de navegaa§a£o de Savannah veio a tona com um dos canhaµes presos em suas garras de metal.
O comodoro Philip Nash, a esquerda, da Marinha Real Brita¢nica, recebe um briefing da arquea³loga do Corpo de Engenheiros do Exanãrcito dos EUA Andrea Farmer na quinta-feira, 28 de abril de 2022, em Savannah, Gea³rgia, sobre 19 canhaµes recuperados do rio Savannah, que especialistas suspeitam veio de um ou mais navios brita¢nicos afundados no rio durante a Revolução Americana em 1779. Crédito: AP Photo/Russ Bynum
Um armazanãm ao longo do rio Savannah contanãm tesouros hista³ricos que as evidaªncias sugerem que permaneceram perdidos por mais de 240 anos osum esconderijo de 19 canhaµes que os pesquisadores suspeitam ter vindo de navios brita¢nicos afundados no fundo do rio durante a Revolução Americana.
As armas incrustadas de lama e ferrugem foram descobertas por acidente. Uma draga retirando sedimentos do leito do rio no ano passado como parte de um aprofundamento de US$ 973 milhões do movimentado canal de navegação de Savannah veio a tona com um dos canhaµes presos em suas garras de metal. A tripulação logo desenterrou mais dois.
Os arqueólogos supuseram que possivelmente fossem relaquias de um navio de guerra confederado afundado escavado alguns anos antes na mesma área, disse Andrea Farmer, arquea³loga do Corpo de Engenheiros do Exanãrcito. Mas especialistas da Marinha dos EUA descobriram que eles não combinavam com nenhum canha£o conhecido usado na Guerra Civil. Pesquisas adicionais indicam que eles provavelmente são quase um século mais velhos e afundaram durante a preparação para o sangrento cerco de Savannah pela Guerra Revoluciona¡ria em 1779.
Em um período de pouco mais de um ano, 19 canhaµes foram ia§ados da mesma área do rio a poucos quila´metros de Savannah, onde a Gea³rgia foi fundada como a última das 13 cola´nias americanas da Gra£-Bretanha em 1733.
"Eles estãoem excelente forma", disse Farmer. "Muitos foram enterrados em argila e cobertos por lodo e detritos que os protegiam."
Agora, funciona¡rios dos governos dos EUA e da Gra£-Bretanha, bem como do estado da Gea³rgia, estãotrabalhando juntos em um acordo para preservar as armas recanãm-encontradas antes de coloca¡-las em exibição. O comodoro Philip Nash, da Marinha Real Brita¢nica, um adido militar baseado em Washington, viu os artefatos submersos em banheiras de metal com águadurante uma visita na quinta-feira.
"Algumas dessas pea§as estãoem condições incraveis e tenho certeza que podem contar algumas histórias", disse Nash.
Os canhaµes estãosendo mantidos na águapara evitar mais deterioração atéque os especialistas possam limpa¡-los cuidadosamente. Enquanto isso, os pesquisadores estãoprocurando provas mais definitivas ligando os canhaµes aos navios brita¢nicos da Revolução Americana.
Farmer disse que os pesquisadores estãomuito confiantes na conexa£o. Savannah estava sob ocupação brita¢nica hácerca de um ano no outono de 1779, quando os colonos planejaram um ataque para retomar a cidade com a ajuda de aliados franceses e haitianos.
Quando navios franceses transportando tropas foram avistados na costa da Gea³rgia, os brita¢nicos se apressaram em afundar pelo menos seis navios no rio Savannah a jusante da cidade para bloquear os navios franceses. A batalha terrestre que se seguiu foi uma das mais sangrentas da guerra. As forças brita¢nicas mataram cerca de 300 combatentes coloniais e seus aliados, enquanto feriram outras centenas.
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Farmer disse que os pesquisadores suspeitam que os canhaµes encontrados no rio vieram do navio brita¢nico HMS Savannah e possivelmente um segundo navio naufragou ao mesmo tempo, o HMS Venus. As armas mais longas parecem combinar com os canhaµes fabricados na Frana§a em meados dos anos 1700, disse ela. Os pesquisadores estãoprocurando registros e manifestos de navios na esperana§a de confirmar os armamentos a bordo desses navios.
Tambanãm épossível que os pra³prios canhaµes e outros artefatos encontrados no local - pedaço s de a¢ncoras e uma parte do sino de um navio - uma vez limpos, possam ter marcas ou outras pistas a qual navio pertenciam. A madeira desses navios, disse Farmer, se deteriorou hámuito tempo ou foi destruada por projetos de dragagem anteriores ao longo de uma sanãrie de décadas.
A questãode quem éo dono dos artefatos fica um pouco obscura. Eles foram encontrados em a¡guas estaduais da Gea³rgia durante um projeto de dragagem liderado pelo Army Corps, uma agaªncia do governo dos EUA. O governo brita¢nico pode fazer uma reivindicação de propriedade se houver fortes evidaªncias de que os artefatos vieram de navios britânicos.
Farmer disse que todas essas partes estãotrabalhando em um acordo para preservar os canhaµes e, finalmente, exibi-los no Museu de Hista³ria de Savannah, que incorpora o campo de batalha onde ocorreram os combates mais sangrentos durante o cerco de 1779.
"Todo mundo quer manter os artefatos em Savannah", disse Farmer, "porque isso faz mais sentido".