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Professor Didier Queloz vence o Praªmio Nobel de Fa­sica 2019 pela primeira descoberta de um exoplaneta
Queloz vence em conjunto o Nobel de Fa­sica de 2019 por seu trabalho na primeira confirmaa§a£o de um exoplaneta - um planeta que orbita uma estrela que não seja nosso Sol.
Por Laetitia Delrez - 15/10/2019

Foto Laetitia Delrez

O professor Didier Queloz, da Universidade de Cambridge, recebeu o Praªmio Nobel de Fa­sica em 2019, juntamente com o professor James Peebles e o professor Michel Mayor por seus avanços pioneiros em cosmologia física e pela descoberta de um exoplaneta orbitando uma estrela do tipo solar.

Queloz éprofessor de física no Laborata³rio Cavendish da Universidade e membro do Trinity College, Cambridge. Ele lidera o Cambridge Exoplanet Research Centre . Em 1995, junto com Michel Mayor, Queloz fez a primeira descoberta de um planeta fora do nosso sistema solar, um exoplaneta, orbitando a estrela 51 Pegasi. Queloz se torna a  109a afiliada da Universidade de Cambridge a receber o Praªmio Nobel.

A Real Academia Sueca de Ciências anunciou o Praªmio 2019 esta manha£. A Assemblanãia do Nobel disse: “A descoberta dos ganhadores do Praªmio Nobel de 2019 Michel Mayor e Didier Queloz iniciou uma revolução na astronomia e mais de 4.000 exoplanetas foram encontrados na Via La¡ctea. Novos mundos estranhos ainda estãosendo descobertos, com uma incra­vel variedade de tamanhos, formas e a³rbitas. ”

"Os Laureados deste ano transformaram nossas idanãias sobre o cosmos. Enquanto as descobertas tea³ricas de James Peebles contribua­ram para nossa compreensão de como o universo evoluiu após o Big Bang, Michel Mayor e Didier Queloz exploraram nossos bairros ca³smicos em busca de planetas desconhecidos. Suas descobertas mudaram para sempre nossas concepções de mundo ".

"a‰ uma honra incra­vel e ainda estou tentando digeri-la", disse Queloz no dia em que recebeu o Nobel. "Quando descobrimos o primeiro exoplaneta, era bastante a³bvio que isso era algo importante, embora nem todos acreditassem em nosna anãpoca. Naquela anãpoca, a pesquisa sobre exoplanetas era um campo muito pequeno. Acho que havia cerca de cinquenta de nose esta¡vamos Agora, provavelmente existem mais de mil pessoas trabalhando no campo.


"a‰ um assunto quente no momento, então estou muito feliz que o campo de exoplanetas tenha sido reconhecido com um Praªmio Nobel", disse Queloz. "Quando vocêtrabalha tão apaixonadamente em sua pesquisa, pode ser muito perturbador para sua fama­lia. Minha familia sempre esteve la¡ por mim e sou grata pelo apoio deles. Este Praªmio Nobel também éum reconhecimento de sua incra­vel paciaªncia!"

Hoje, muitos consideram a descoberta de 51 Pegasi b por Queloz e o prefeito da Universidade de Genebra em 1995, como um momento na astronomia que mudou para sempre a maneira como entendemos o universo e nosso lugar nele.

Foi a primeira confirmação de um exoplaneta - um planeta que orbita uma estrela que não seja o nosso Sol. Atéentão, embora os astrônomos especulassem sobre a existaªncia desses mundos distantes, nenhum outro planeta além daquele em nosso pra³prio sistema solar havia sido encontrado.

Essa descoberta seminal gerou uma revolução na astronomia, tanto em termos de nova instrumentação quanto no entendimento da formação e evolução do planeta. Desde então, o professor Queloz estãoenvolvido em uma sanãrie bem-sucedida de desenvolvimentos de espectra³grafos precisos, melhorando consideravelmente a precisão da técnica Doppler.

Dos cerca de 1.900 exoplanetas confirmados que foram encontrados - cerca de um danãcimo deles pelo pra³prio Queloz - muitos são diferentes de tudo o que imaginamos, desafiando as teorias existentes sobre a formação de planetas.

Em 2007, na área emergente de detecção de tra¢nsito planetario, ele estabeleceu uma colaboração internacional bem-sucedida com a equipe WASP do Reino Unido, fornecendo confirmação espectrosca³pica e acompanhamento preciso da fotometria para confirmar e caracterizar candidatos planetarios. Ele também participou ativamente da missão Corot, pioneira na detecção de tra¢nsito do planeta a partir do Espaço. Ele conduziu uma parte do trabalho que levou a  primeira detecção de tra¢nsito de um planeta rochoso (Corot-7b).

Em 2012, recebeu com Michel Mayor o Praªmio de Fronteiras do Conhecimento da Fundação BBVA 2011 de Ciências Ba¡sicas por desenvolver novos instrumentos astrona´micos e técnicas experimentais que levaram a  primeira observação de planetas fora do Sistema Solar.

Em 2013, tornou-se professor na Universidade de Cambridge, onde lidera um amplo programa de pesquisa com o objetivo de melhorar nossa compreensão da formação, estrutura e habitabilidade dos exoplanetas, além de promover e compartilhar a empolgação deste trabalho. com o paºblico.

O Vice-Chanceler da Universidade, Professor Stephen Toope, disse: "Estou muito satisfeito em saber que o Professor Didier Queloz recebeu o Praªmio Nobel de Fa­sica deste ano. A descoberta de Didier por planetas além do nosso sistema solar deu ini­cio a uma nova era revoluciona¡ria para a cosmologia.

"Este trabalho representa uma conquista cienta­fica extraordina¡ria, mas também oferece muita inspiração a  humanidade - a chance de imaginar mundos tão distantes e diferentes, ou talvez similares. Da¡-me um enorme prazer, em nome de nossa comunidade, felicitar as últimas novidades da Universidade de Cambridge. Ganhador do praªmio Nobel."


O professor Andy Parker, chefe do Laborata³rio Cavendish, disse: "A pesquisa do professor Queloz levou a  descoberta de que os planetas são abundantes em toda a nossa gala¡xia, orbitando outras estrelas. Agora podemos estimar que existem dezenas de bilhaµes de exoplanetas potencialmente habita¡veis. estamos um passo mais perto de responder a  pergunta sobre se estamos sozinhos no universo: parece cada vez mais prova¡vel que a vida, de alguma forma, tenha encontrado uma base nesses muitos mundos novos.

"O atual programa de trabalho realizado pelo professor Queloz no Cavendish Laboratory da Universidade de Cambridge buscara¡ assinaturas de vida nos produtos químicos encontrados nas atmosferas dos exoplanetas. Essa pesquisa inovadora éextremamente exigente tecnicamente e aborda questões profundas que fascinam todos os Esperamos novos avanços, pois o professor Queloz continua seu excelente trabalho".

 

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