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Nada clinicamente
Pesquisa da Universidade de Oxford encontrou poucas evidaªncias para sugerir uma paixa£o prejudicial ao jogo entre adolescentes, muitas vezes referida como 'dependaªncia de jogos', requer intervena§a£o cla­nica de profissionais médicos .
Por Oxford/MaisConhecer - 18/10/2019

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Com base em dados de mais de 1.000 adolescentes e seus cuidadores, o estudo sugere que os envolvidos em jogos disfuncionais provavelmente tera£o frustrações subjacentes e problemas mais amplos de funcionamento psicossocial fora dos jogos. a‰ prova¡vel que esses problemas os levem a buscar satisfação nos jogos, em vez de serem impactados negativamente pelos pra³prios jogos.

O professor Andrew Przybylski, diretor de pesquisa do Oxford Internet Institute e co-autor do estudo, disse: 'A Organização Mundial de Saúde e a Associação Americana de Psiquiatria pediram aos pesquisadores que investigassem a releva¢ncia cla­nica dos videogames desregulados entre os adolescentes, como estudos anteriores falharam em examinar o contexto mais amplo do que estãoacontecendo na vida desses jovens. Isso éalgo que procuramos abordar em nosso novo estudo. Pela primeira vez, aplicamos a teoria motivacional e os princa­pios da ciência aberta para investigar se as necessidades e frustrações da necessidade psicológica no cotidiano dos adolescentes estãoligadas ao envolvimento desregulado - ou obsessivo - nos jogos. 

“Nossas descobertas não forneceram evidaªncias sugerindo uma relação prejudicial com os jogos, o que representa problemas emocionais, de colegas e comportamentais substanciais. Em vez disso, émuito mais prova¡vel que variações na experiência de jogo estejam vinculadas ao fato de as necessidades psicológicas ba¡sicas de competaªncia, autonomia e pertena§a social dos adolescentes estarem sendo atendidas e se eles já estiverem enfrentando problemas funcionais mais amplos. Aluz de nossas descobertas, não acreditamos que existam evidaªncias suficientes para justificar o pensamento sobre o jogo como um distaºrbio cla­nico.


O estudo testou hipa³teses, considerando atéque ponto os adolescentes exibindo jogos desregulados se vinculam de maneira confia¡vel ao atendimento de suas necessidades psicológicas ba¡sicas. Os adolescentes responderam a questiona¡rios sobre o comportamento dos jogos, incluindo detalhes de quanto tempo gastaram jogando videogame, com quem jogaram e se usaram a Internet para jogar. Além disso, seus cuidadores avaliaram a saúde emocional e social de seus filhos.  

Os principais resultados incluem:

  • A maioria dos adolescentes jogava pelo menos um jogo na Internet diariamente.
  • Menos da metade dos jogadores online dia¡rios relataram sintomas de jogos obsessivos.
  • Os jogadores dia¡rios estavam muito envolvidos, dedicando uma média de três horas por dia aos jogos.
  • Havia pouca evidência de que o jogo obsessivo impactasse significativamente os resultados dos adolescentes.

A Dra. Netta Weinstein, Professora Saªnior da Escola de Psicologia da Universidade de Cardiff e coautora do relatório, disse: 'Instamos os profissionais de saúde a olhar mais de perto os fatores subjacentes, como satisfações psicológicas e frustrações cotidianas, para entender por que uma minoria dos os jogadores sentem que precisam se envolver em jogos de maneira obsessiva. '

O professor Przybylski acrescentou: 'Embora a crescente popularidade dos jogos tenha suscitado preocupações das profissaµes de saúde e saúde mental, nossa pesquisa não fornece evidaªncias convincentes de que os jogos, por si são, sejam os responsa¡veis ​​pelos problemas enfrentados pelos jogadores. Precisamos de melhores dados e da cooperação das empresas de videogame, se quisermos entender tudo isso. '

O estudo completo, ' Investigando a dina¢mica motivacional e psicossocial do jogo desregulado: evidaªncias de um estudo de coorte pré-registrado ' pelo professor Andrew Przybylski e Dr. Netta Weinstein, épublicado em acesso aberto na Clinical Psychological Science.

 

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