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Estresse durante a gravidez pode afetar o sexo do bebaª, risco de nascimento prematuro
Esta¡ ficando bem estabelecido que o estresse materno durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento fetal e infantil, bem como os resultados do nascimento, éo que afirma um novo estudo.
Por Columbia/MaisConhecer - 28/10/2019

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"O aºtero éum primeiro lar influente, tão importante quanto aquele em que uma criana§a écriada, se não mais", diz a lider do estudo  Catherine Monk, PhD , professora de psicologia médica na Faculdade de Manãdicos e Cirurgiaµes da Universidade Columbia de Vagelos e diretora da saúde mental das mulheres no Departamento de Obstetra­cia e Ginecologia do New York-Presbyterian / Columbia University Irving Medical Center. 

Como o estresse pode se manifestar de várias maneiras, tanto como uma experiência subjetiva quanto em medidas físicas e de estilo de vida, Monk e seus colegas examinaram 27 indicadores de estresse psicossocial, fa­sico e de estilo de vida coletados de questiona¡rios, dia¡rios e avaliações físicas dia¡rias de 187 gestantes sauda¡veis, com idades entre 18 e 45 anos.   

Cerca de 17% (32) das mulheres estavam estressadas psicologicamente, com altos na­veis clinicamente significativos de depressão, ansiedade e estresse percebido. Outros 16% (30) estavam estressados ​​fisicamente, com pressão arterial dia¡ria relativamente mais alta e maior ingestãocala³rica em comparação com outras gestantes sauda¡veis. A maioria (quase 67%, ou 125) era sauda¡vel.

Menos meninos com estresse?


O estudo sugeriu que as mulheres gra¡vidas que sofrem de estresse fa­sico e psicola³gico tem menos probabilidade de ter um menino. Em média, cerca de 105 homens nascem para cada 100 nascimentos femininos. Poranãm, neste estudo, a proporção de sexo nos grupos estressados ​​fa­sica e psicologicamente favoreceu as meninas, com proporções de homem para mulher de 4: 9 e 2: 3, respectivamente.


"Outros pesquisadores viram esse padrãodepois de convulsaµes sociais, como os ataques terroristas de 11 de setembro na cidade de Nova York, após os quais o número relativo de nascimentos masculinos diminuiu", diz Monk. “Esse estresse nas mulheres éprovavelmente de natureza duradoura; estudos mostraram que os homens são mais vulnera¡veis ​​a ambientes pré-natais adversos, sugerindo que mulheres altamente estressadas podem ter menos chances de dar a  luz um homem devido a  perda de gestações anteriores, geralmente sem nem saber que estavam gra¡vidas. ” 

Outros impactos do estresse


Ma£es fisicamente estressadas, com pressão arterial mais alta e ingestãocala³rica, eram mais propensas a dar a  luz prematuramente do que ma£es sem estresse. 

Entre as ma£es estressadas fisicamente, os fetos reduziram a freqa¼aªncia carda­aca - acoplamento de movimento, um indicador de desenvolvimento mais lento do sistema nervoso central - em comparação com as ma£es não estressadas.

Ma£es estressadas psicologicamente tiveram mais complicações no nascimento do que ma£es estressadas fisicamente. 

Assuntos de Suporte Social


Os pesquisadores também descobriram que o que mais diferenciava os três grupos era a quantidade de apoio social que uma ma£e recebia de amigos e familiares. Por exemplo, quanto mais apoio social uma ma£e recebeu, maior a probabilidade de ela ter um bebaª masculino. 

Quando o apoio social foi estatisticamente igualado entre os grupos, os efeitos do estresse no nascimento prematuro desapareceram. "Triagem para depressão e ansiedade estãogradualmente se tornando uma parte rotineira da prática pré-natal", diz Monk. "Mas, embora nosso estudo tenha sido pequeno, os resultados sugerem que o aumento do apoio social épotencialmente um alvo eficaz para a intervenção cla­nica".

Estima-se que 30% das mulheres gra¡vidas relatam estresse psicossocial por estresse no trabalho ou relacionadas a  depressão e ansiedade, segundo os pesquisadores. Esse estresse tem sido associado ao aumento do risco de parto prematuro, o qual estãoassociado a maiores taxas de mortalidade infantil e de distúrbios fa­sicos e mentais, como transtorno de danãficit de atenção e hiperatividade e ansiedade, entre os filhos. 


Como o estado mental de uma ma£e poderia afetar especificamente um feto não foi examinado no estudo. "Sabemos de estudos em animais que a exposição a altos na­veis de estresse pode aumentar os na­veis de horma´nios do estresse, como o cortisol no aºtero, que por sua vez pode afetar o feto", diz Monk. “O estresse também pode afetar o sistema imunológico da ma£e, levando amudanças que afetam o desenvolvimento neurola³gico e comportamental do feto. O que ficou claro em nosso estudo éque a saúde mental materna éimportante, não apenas para a ma£e, mas também para seu futuro filho”.

O estudo foi publicado on-line na revista PNAS, Proceedings of the National Academy of Sciences.

 

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