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Menor risco de depressão com exerca­cios elevados
35 minutos por dia de atividade física podem proteger contra novos episãodios, mesmo nospaíses geneticamente vulnera¡veis
Por MGH News and Public Affairs/MaisConhecer - 08/11/2019

Tomasz Wozniak / Upsplash

Na­veis elevados de atividade física podem reduzir significativamente as chances de depressão, mesmo entre pessoas geneticamente predispostas a  doena§a, de acordo com um novo estudo de pesquisadores de Harvard no Massachusetts General Hospital (MGH).

Em um artigo publicado na revista Depression and Anxiety, a equipe relatou que indivíduos que praticavam pelo menos várias horas de exerca­cio por semana tinham menos probabilidade de serem diagnosticados com um novo episãodio de depressão, mesmo diante do alto risco genanãtico para a doena§a. transtorno.

Com base nos dados de registros de saúde gena´micos e eletra´nicos de quase 8.000 participantes do Partners Healthcare Biobank, o novo estudo éo primeiro a mostrar como a atividade física pode influenciar a depressão, apesar do risco genanãtico. Os pesquisadores acompanharam os pacientes que preencheram uma pesquisa sobre seus hábitos de vida (incluindo atividade física) quando se inscreveram no biobanco. Eles então extraa­ram milhões de pontos de dados de registros eletra´nicos de saúde nos pra³ximos dois anos e identificaram pessoas que receberam diagnósticos relacionados a  depressão. Eles também calcularam as pontuações de risco genanãtico para cada participante, combinando informações em todo o genoma em uma única pontuação que refletia o risco herdado de depressão de uma pessoa.

Eles descobriram que as pessoas com maior risco genanãtico eram mais propensas a serem diagnosticadas com depressão nos pra³ximos dois anos. Significativamente, poranãm, as pessoas que eram mais fisicamente ativas na linha de base eram menos propensas a desenvolver depressão, mesmo depois de contabilizar o risco genanãtico. Além disso, na­veis mais altos de atividade física protegiam as pessoas, mesmo com as maiores pontuações de risco genanãtico para depressão.

"Nossas descobertas sugerem fortemente que, quando se trata de depressão, os genes não são o destino e que a atividade física tem o potencial de neutralizar o risco adicional de futuros episãodios em indivíduos geneticamente vulnera¡veis", disse Karmel Choi, do MGH e Harvard TH Chan School of Public Health, principal autor do estudo. "Em média, cerca de 35 minutos adicionais de atividade física por dia podem ajudar as pessoas a reduzir seus riscos e proteger contra futuros episãodios de depressão".

"Nossas descobertas sugerem fortemente que, quando se trata de depressão, os genes não são o destino e que ser fisicamente ativo tem o potencial de neutralizar o risco adicional de futuros episãodios em indivíduos geneticamente vulnera¡veis".

- Karmel Choi

Os pesquisadores descobriram que ambas as formas de atividade de alta intensidade, como exerca­cios aera³bicos, dança e ma¡quinas de exerca­cios, e formas de menor intensidade, incluindo ioga e alongamento, estavam ligadas a  diminuição das chances de depressão. No geral, os indivíduos podem ter uma redução de 17% nas chances de um novo episãodio de depressão para cada bloco de quatro horas de atividade por semana.

A depressão representa a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Apesar de sua enorme carga de saúde, as estratanãgias para combater a depressão permanecem limitadas e a compreensão do paºblico sobre fatores de proteção robustos e modifica¡veis ​​éincompleta. "Fornecemos evidaªncias promissoras que os prestadores de cuidados prima¡rios e de saúde mental podem usar para aconselhar e fazer recomendações aos pacientes de que aqui hálgo significativo que eles podem fazer para reduzir seu risco, mesmo que tenham um hista³rico familiar de depressão", diz Choi.

O autor saªnior Jordan Smoller acrescentou: “Em geral, nosso campo carece de maneiras aciona¡veis ​​de prevenir a depressão e outras condições de saúde mental. Acho que esta pesquisa mostra o valor dos dados e da gena´mica do setor de saúde do mundo real para fornecer respostas que podem nos ajudar a reduzir o fardo dessas doena§as. ”

Além da atividade física, a equipe do MGH continua a alavancar o Partners Biobank e outros estudos em larga escala para explorar maneiras modifica¡veis ​​para os indivíduos reduzirem o risco de depressão. "Acreditamos que pode haver muitos fatores que poderiam fazer parte de uma estratanãgia geral para melhorar a resiliencia e prevenir a depressão", enfatizou Choi. "A magnitude da depressão em todo o mundo ressalta a necessidade de estratanãgias eficazes que possam impactar o maior número possí­vel de pessoas".


Choi épesquisador cla­nico e de pesquisa no Hospital Geral de Massachusetts e na Escola de Saúde Paºblica Harvard TH Chan. Smoller échefe associado de pesquisa no Departamento de Psiquiatria da MGH e professor de psiquiatria na Harvard Medical School.

O estudo foi apoiado em parte pelo Instituto Nacional de Saúde Mental e Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, bem como pela Fundação Demarest Lloyd Jr..

 

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