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Decifrando as Equações da Vida
Uma nova teoria descreve o que todos os animais tem em comum e permite previsaµes para organismos que podem não ser bem compreendidos pela ciência
Por Mikayla Mace , - 17/12/2019


Os elefantes são um exemplo de organismos que tem poucos, mas grandes, filhotes. Os elefantes também investem mais energia na criação de seus filhotes do que muitos animais, como peixes, que depositam seus ovos e os deixam para trás.

A pesquisa liderada pela Universidade do Arizona resultou em um conjunto de equações que descrevem e prediz semelhanças ao longo da vida, apesar de sua enorme diversidade.

“Nosso estudo desenvolve uma teoria geral para estudar a extraordina¡ria diversidade da vida usando regras simples comuns a todas as espanãcies. Podemos aplicar essas regras ainda mais para prever caracteri­sticas especa­ficas de espanãcies sobre as quais podemos conhecer muito menos ”, disse Joseph 'Robbie' Burger , pa³s-doutorado em ecologia e biologia evolutiva no Instituto do Meio Ambiente e no programa de ponte sobre biodiversidade e conservação. na Universidade do Arizona. Esses traa§os específicos, incluem o momento da reprodução e da morte de um organismo, chamado de história de vida de um organismo.

Burger éautor principal de um artigo publicado na revista Proceedings da National Academy of Sciences, que também incluiu colaboradores da Missouri University Science and Technology e da University of New Mexico.

"Ao pensar sobre as enormes variedades de formas de vida, parece que a vida émuito complicada e não seria tão previsível", disse ele. Mas se vocêédo tamanho de uma baleia ou do tamanho do pla¢ncton, ou se éum molusco gigante que deposita milhões de ovos de uma são vez ou um elefante que da¡ a  luz alguns bezerros de 250 libras na vida, todas as espanãcies evolua­ram reproduzir, crescer, sobreviver e substituir dentro de restrições biofa­sicas universais.

"Se vocêimpaµe essas restrições ao modelo matema¡tico, certos padraµes de unificação caem", disse Burger.

Uma das restrições éa demografia. Independentemente do número de filhos produzidos ao longo da vida, em média, apenas dois sobrevivem para substituir os pais. Outra restrição éo balana§o de energia em massa. Os seres vivos alocam energia para manutenção, crescimento e reprodução corporal, os quais devem equilibrar-se em um ciclo de vida.

A imposição dessas restrições explica duas trocas fundamentais na maneira como os organismos se reproduzem: a troca entre número e tamanho da prole e entre o investimento dos pais no crescimento da prole e da prole.

"O mais legal dessas equações éque, para resolvê-las, tudo o que vocêprecisa saber são dois valores: o tamanho da prole na independaªncia e o tamanho do adulto", disse Burger. "Se vocêconectar isso a  equação, obtera¡ o número de filhos que um organismo produzira¡ durante toda a vida e inaºmeras outras caracteri­sticas da história de vida”.


Para chegar a esse novo entendimento de como os organismos alocam energia ao crescimento, reprodução e sobrevivaªncia, Burger e seus colegas compilaram dados publicados sobre as histórias de vida de uma variedade diversificada de animais selvagens em populações esta¡veis.

Sua nova teoria refina antigos entendimentos sobre as trocas da história da vida. As premissas anteriores eram de que o tamanho e o número da prole aumentavam ou diminua­am na mesma taxa. Por exemplo, os elefantes tem bezerros relativamente grandes, portanto, tem poucos na vida, enquanto o atum produz milhões de pequenos ovos. Acontece que o relacionamento não étão direto, uma realização que inspirou o trabalho de Burger.

 "Agora, precisamos colocar essas equações em prática , desenvolvendo ferramentas de programação fa¡ceis de usar, colaborando com cientistas de campo para refinar modelos de ecossistemas e informando decisaµes de gerenciamento", disse ele.

 

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