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Resultados sobre educação, desnutrição 'profundamente perturbador'
Um novo estudo revela que 1 em cada 10 mulheres entre 20 e 24 anos empaíses de baixa e média renda tinha zero anos de estudo em 2017 e 1 em cada 6 não havia conclua­do o ensino fundamental.
Por Institute for Health Metrics and Evaluation - 08/01/2020

Crédito: CC0 Public Domain

Apesar do progresso em direção a s metas globais de educação, um novo estudo revela que 1 em cada 10 mulheres entre 20 e 24 anos empaíses de baixa e média renda tinha zero anos de estudo em 2017 e 1 em cada 6 não havia conclua­do o ensino fundamental.

Pela primeira vez, os pesquisadores mapearam anos de educação e desnutrição infantil em todos ospaíses de baixa e média renda nonívelde cada distrito. As descobertas incluem mapas de precisão que iluminam as disparidades dentro depaíses e regiaµes frequentemente obscurecidos por análises emnívelnacional.

As nações com distritos onde altas proporções de mulheres tinham zero anos de educação em 2017 inclua­am o Afeganistão, o Na­ger e a Ga¢mbia.

A pesquisa mostrou que a desigualdade de gaªnero na educação persiste em muitas regiaµes, com os homens atingindo mais anos de educação do que as mulheres em geral. Observou-se uma diferença de mais de três anos entre homens e mulheres em quase 140 distritos no Iaªmen, Suda£o, Suda£o do Sul, Niganãria, Quaªnia, República Democra¡tica do Congo, Angola e Afeganistão. A granularidade das estimativas também mostra onde essa lacuna varia amplamente entre estados, distritos ou prova­ncias.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustenta¡vel das Nações Unidas estabeleceram uma meta do ensino manãdio universal até2030. Em 2017, menos de 1% dos distritos estudados estavam perto de atingir essa meta para homens e mulheres. A grande maioria deles estava no Uzbequistão e o restante nas Filipinas.

"Sabemos que a educação estãointimamente relacionada a  saúde e ao bem-estar das pessoas, principalmente a  saúde de ma£es e filhos", disse o Dr. Simon I. Hay, autor saªnior do estudo e diretor do grupo Local Burden of Disease (LBD) no IHME. "Este estudo permite que todos nos- professores, educadores, pesquisadores e formuladores de políticas - analisemos as disparidades não apenas entrepaíses, mas nonívelde comunidades individuais".

Os pesquisadores também mapearam a "falha no crescimento infantil" (CGF), definida como altura e peso insuficientes para uma determinada idade e exibida por atrofia, perda de peso e baixo peso entre criana§as menores de 5 anos.

Os resultados mostram que 1 em cada 4 criana§as que vivem nospaíses estudados ainda sofria pelo menos uma dimensão da desnutrição e revela desigualdade entre ospaíses que estãoindo bem e os que estãomal. No Quaªnia, por exemplo, houve uma diferença de nove vezes no desperda­cio entre o distrito eleitoral de Tetu e o distrito leste de Turkana.

As previsaµes baseadas nas trajeta³rias atuais para o CGF estimam que apenas 5países de baixa e média renda atingira£o as metas da OMS de atrofiar e desperdia§ar em todas as unidades. No entanto, a análise identifica as regiaµes priorita¡rias onde as intervenções podem ser direcionadas, bem como as áreas que estãose saindo bem. No Peru, o programa El Presupuesto por Resultados (Ora§amento com base em resultados), que inclui estratanãgias nonívelda comunidade, foi elogiado pelo Banco Mundial como um fator-chave na redução pela metade dos na­veis de nanismo em menos de três anos.

Ambos os estudos, realizados pelo IHME, analisarampaíses de baixa e média renda de 2000 a 2017. Os mapas interativos que acompanham as publicações visualizam os resultados de cadapaís e permitem que os usuários analisem asmudanças ao longo do tempo.

Muitospaíses demonstraram progresso na educação. áfrica do Sul, Peru e Cola´mbia tiveram uma melhora substancial durante o período do estudo. Os pesquisadores descobriram que o progresso na educação das mulheres nacionalmente frequentemente se correlaciona com a melhoria da igualdade dentro de umpaís. Mas em algunspaíses, incluindo andia e Niganãria, o progresso nacional ocorreu em conjunto com o aumento da desigualdade ao longo do período do estudo.

Na andia, a proporção de mulheres entre 20 e 24 anos que conclua­ram o ensino manãdio aumentou de 11% para 37% durante o período do estudo e, na Niganãria, a mesma demografia avançou de 12% para 45%. No entanto, a análise mostrou que a maior parte do progresso foi impulsionada pelas regiaµes urbanas, particularmente Maharashtra, andia, e Lagos, Niganãria. A Niganãria permaneceu um dospaíses com a maior desigualdade mundial em educação em 2017.

Os estudos foram publicados em 9 de janeiro, impressos na revista Nature . Eles se baseiam no mapeamento anterior de nações africanas publicado em 2018.

 

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