Um novo estudo sugere que a genanãtica não éum destino quando se trata de suas chances de se tornar obeso.
Durante anos, pesquisas sobre "genes da obesidade" levaram muitos americanos a acreditar que seu DNA torna inevita¡vel o excesso de peso e a obesidade.
Mas o novo estudo mostra que o estilo de vida dia¡rio - e não os genes - provavelmente desempenha um papel muito maior.
O estudo acompanhou dados de mais de 2.500 americanos que foram acompanhados por décadas - desde a idade adulta jovem, em 1985 a 2010.
Os pesquisadores usaram a tecnologia moderna para construir um "escore de risco" genanãtico para obesidade para cada participante, com base em seu DNA individual. Eles também acompanharam as alterações no andice de massa corporal (IMC) de cada pessoa ao longo do tempo, para avaliar seus naveis de peso e condicionamento fasico.
O ponto principal, de acordo com o pesquisador principal, Dr. VenkateshMurthy, éque "descobrimos que a aptida£o éum preditor melhor do que a genanãtica de onde seu IMC passara¡ com o tempo".
"A genanãtica claramente tem alguma influaªncia, mas outros fatores são mais fortes", disse Murthy, professor associado de medicina interna e radiologia na Universidade de Michigan, em Ann Arbor.
Portanto, seu IMC - uma medida de peso dividido pela altura - na juventude parece ser o melhor preditor de seu risco de obesidade a longo prazo.
Isso fazia sentido para um especialista em gerenciamento de peso.
"O IMC, mesmo em tenra idade, representa tanto a genanãtica quanto o meio ambiente", observou o Dr. Mitchell Roslin, chefe de cirurgia da obesidade do Hospital Lenox Hill, em Nova York.
"Muitos acreditam que genanãtico significa destino", disse ele, mas "não, o que éherdado éuma suscetibilidade que éinfluenciada pelo seu comportamento".
A nova pesquisa apa³ia a noção de que "independentemente do seu ca³digo genanãtico, o melhor manãtodo para otimizar a saúde écomer bem e se exercitar diariamente", disse Roslin.
A equipe de Murthy descobriu que, quando considerado em combinação com a idade, sexo e hista³rico de um pai com sobrepeso, o IMC na idade adulta jovem explicava 52,3% do IMC de uma pessoa 25 anos depois.
De fato, eles acreditam que essa combinação de fatores ambientais poderia explicar até80% da variação do IMC de uma pessoa ao longo do tempo.
Por outro lado, adicionar genanãtica a mistura explicava apenas cerca de 13,6% do IMC 25 anos depois, afirmou o grupo de Murthy.
"Tem havido muita atenção a idanãia de usar informações genanãticas para entender seu risco de obesidade ou sobrepeso e para o desenvolvimento potencial de medicamentos para lidar com esses riscos genanãticos", disse Murthy em comunicado a Universidade da Michigan.
"Queraamos entender como, se éque os dados genanãticos seriam adicionados a s informações já disponíveis rotineiramente na clanica. Acontece que nosso exame clanico padra£o, incluindo uma avaliação do IMC, na verdade possui muito mais informações para ajudar a orientar o atendimento ao paciente, "disse Murthy, que também écardiologista do Centro Manãdico Frankel Cardiovascular de Michigan Medicine.
O estudo foi publicado em 8 de janeiro na revista JAMA Cardiology .
O DNA de uma pessoa não éa chave da obesidade para a maioria dos americanos, concordou o autor do estudo, Dr. Ravi Shah.
"O risco genanãtico pode ser mais importante [apenas] nos indivíduos com raras causas herdadas de obesidade", disse Shah, professor assistente de medicina na Harvard Medical School.
Em vez disso, "para a maioria da população em risco de se tornar obesa, recomendações universais, como alimentação sauda¡vel e permanaªncia ativa, são importantes e devem ser revistas regularmente com seu médico", disse ele.
Murthy observou que calcular o IMC também émuito mais fa¡cil e mais barato que o teste genanãtico, para que os médicos possam ter registros de peso / altura dos pacientes em ma£os para discussaµes sobre seus riscos para a obesidade.
O Dr. Benjamin Hirsh dirige a cardiologia preventiva no Hospital Sandra Atlas Bass Heart da Northwell Health em Manhasset, Nova York. Lendo as novas descobertas, ele concordou que "os hábitos de saúde tem uma influaªncia muito maior no peso corporal futuro do que a genanãtica".
Mas mudar hábitos ruins de saúde - alimentação não sauda¡vel e estilos de vida sedenta¡rios - émais fa¡cil dizer do que fazer, observou Hirsh.
"A obesidade écomplexa e, infelizmente, continuara¡ a aumentar em naveis cada vez maiores atéque tenhamos manãtodos mais robustos para efetuarmudanças no estilo de vida americano", disse ele. "Esses manãtodos exigira£o mudança social atravanãs da influaªncia de formuladores de políticas, organizações de saúde e respectivos órgãos de governo".