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Mosquitos projetados para repelir o va­rus da dengue
Uma equipe internacional de cientistas, liderada por bia³logos da Universidade da Califórnia em San Diego, projetou mosquitos sintanãticos que interrompem a transmissão do va­rus da dengue.
Por Ucla/MaisConhecer - 16/01/2020


Uma equipe internacional de cientistas projetou mosquitos sintanãticos que interrompem a transmissão do va­rus da dengue.

Liderada por bia³logos da Universidade da Califórnia em San Diego, a equipe de pesquisa descreve detalhes da conquista dos mosquitos Aedes aegypti , os insetos que espalham a dengue nos seres humanos, em 16 de janeiro na revista PLOS Pathogens .

Uma equipe liderada pelo laboratório de Omar Akbari na UC San Diego

Pesquisadores do laboratório do professor associado da UC San Diego, Omar Akbari, trabalharam com colegas do Vanderbilt University Medical Center na identificação de um anticorpo humano de amplo espectro para a supressão da dengue. O desenvolvimento marca a primeira abordagem projetada em mosquitos que tem como alvo os quatro tipos conhecidos de dengue, melhorando os projetos anteriores que tratavam de linhagens únicas.

Em seguida, o anticorpo desenhado "carga" a ser expressa sinteticamente em faªmeas de A. aegypti mosquitos, que se espalhou a dengue virus .

"Quando o mosquito faªmea coleta sangue, o anticorpo éativado e expresso - esse éo gatilho", disse Akbari, da Divisão de Ciências Biola³gicas e membro do Instituto Tata de Genanãtica e Sociedade. "O anticorpo écapaz de impedir a replicação do va­rus e impedir sua disseminação por todo o mosquito, o que impede sua transmissão aos seres humanos. a‰ uma abordagem poderosa".

Uma equipe internacional de cientistas projetou mosquitos sintanãticos que interrompem a transmissão do va­rus da dengue. Liderados por bia³logos da UC San Diego, os pesquisadores desenvolveram um anticorpo humano para a supressão da dengue nos mosquitos Aedes aegypti, os insetos que espalham a dengue. O desenvolvimento marca a primeira abordagem projetada em mosquitos que tem como alvo os quatro tipos conhecidos de dengue, melhorando os projetos anteriores que tratavam de linhagens únicas. Crédito: UC San Diego

Akbari disse que os mosquitos manipulados podem ser facilmente emparelhados com um sistema de disseminação, como uma unidade genanãtica baseada na tecnologia CRISPR / CAS-9, capaz de espalhar o anticorpo pelas populações selvagens de mosquitos transmissores de doena§as.

"a‰ fascinante que agora possamos transferir genes do sistema imunológico humano para conferir imunidade aos mosquitos. Este trabalho abre um novo campo de possibilidades de biotecnologia para interromper doenças transmitidas por mosquitos no homem", disse o co-autor James Crowe Jr., MD, diretor do Vanderbilt Vaccine Center no Vanderbilt University Medical Center, em Nashville, Tennessee.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o va­rus da dengue ameaça milhões de pessoas em climas tropicais e subtropicais. A dengue grave éuma das principais causas de doenças graves e morte entre criana§as em muitospaíses asia¡ticos e latino-americanos. A Organização Pan-Americana da Saúde relatou recentemente o maior número de casos de dengue já registrado nas Amanãricas. Ao infectar pessoas com sistema imunológico comprometido, as vitimas de dengue sofrem sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre e erupções cuta¢neas graves. Casos graves podem incluir sangramento com risco de vida. Atualmente, não existe tratamento especa­fico e, portanto, a prevenção e o controle dependem de medidas que impedem a propagação do va­rus.

"Esse desenvolvimento significa que, em um futuro pra³ximo, pode haver abordagens genanãticas via¡veis ​​para controlar o va­rus da dengue em campo, o que poderia limitar o sofrimento e a mortalidade humana", disse Akbari, cujo laboratório estãoagora nos esta¡gios iniciais dos manãtodos de teste para neutralizar simultaneamente os mosquitos. contra a dengue e um conjunto de outros va­rus, como zika, febre amarela e chikungunya.
 
"Os mosquitos receberam a ma¡ reputação de serem os assassinos mais mortais do planeta porque são os mensageiros que transmitem doenças como mala¡ria, dengue, chikungunya, zika e febre amarela que coletivamente colocam em risco 6,5 bilhaµes de pessoas em todo o mundo", disse Suresh Subramani, professor emanãrito de biologia molecular na UC San Diego e diretor global do Instituto Tata de Genanãtica e Sociedade (TIGS). "Atérecentemente, o mundo focava em atirar (matar) esse mensageiro. O trabalho do laboratório Akbari e do TIGS visa desarmar o mosquito, impedindo-o de transmitir doena§as, sem matar o mensageiro. Este artigo mostra que épossí­vel imunizar mosquitos e impedir sua capacidade de transmitir o va­rus da denguee potencialmente outros patógenos transmitidos por mosquitos ".

 

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