Um novo estudo publicado na revista Neurology em janeiro de 2020 conclui que o aumento da ingestãode flavona³is vegetais reduz acentuadamente o risco de demaªncia de Alzheimer (DA) em atémetade.
Um novo estudo publicado na revista Neurology em janeiro de 2020 conclui que o aumento da ingestãode flavona³is vegetais reduz acentuadamente o risco de demaªncia de Alzheimer (DA) em atémetade. Em outras palavras, a DA pode ser evitada em muitas pessoas simplesmente comendo e bebendo regularmente mais alimentos contendo esses compostos, como cha¡, laranja e bra³colis.
Crédito de imagem: Peangdao / Shutterstock
Doena§a de Alzheimer
A DA éum distaºrbio cerebral progressivo no qual o indivaduo perde habilidades cognitivas, incluindo habilidades de memória e pensamento, e a capacidade de executar tarefas simples. a‰ de longe a principal causa de tais distúrbios e afeta mais de 5 milhões de americanos.
Um estudo foi realizado com mais de 900 pessoas, que faziam parte de um projeto de pesquisa maior em andamento em toda a comunidade, chamado Projeto Mema³ria e Envelhecimento do Rush (MAP). Esses participantes foram avaliados anualmente por sua saúde neurola³gica e padraµes alimentares, por uma média de 6 anos, mas alguns por até12 anos. A idade média era de 81 anos e 3 em cada 4 eram do sexo feminino.
As evidaªncias
No primeiro estudo, 220/921 participantes desenvolveram DA durante o estudo. O risco de DA caiu com maior ingestãode flavona³is. Essa descoberta foi boa mesmo depois que os pesquisadores se ajustaram a outros fatores associados a saúde - porque aqueles com maior ingestãototal de flavonol também eram os mais instruados, mais ativos e participavam de atividades mais cognitivas. Eles também foram responsa¡veis ​​por fatores genanãticos, como a presença do gene APOE4, e por fatores de risco cardiovasculares que poderiam influenciar o risco de DA, como diabetes mellitus, hista³rico de ataque cardaaco, derrame ou hipertensão.
Quando classificados em cinco grupos com base na diminuição da ingestãode flavonol, os participantes do primeiro grupo (maior consumo) consumiram mais de 15 mg de flavona³is por dia. Comparados aos do quinto mais baixo (cerca de 5 mg por dia), esses indivíduos apresentaram uma redução de aproximadamente 50% no risco de DA.
Em termos concretos, 28 de 186 pacientes no grupo de maior consumo desenvolveram DA, contra 54 de 182 no grupo de menor consumo.
Em relação aos flavona³is individuais, a ingestãode kaempferol foi associada a uma redução de quase 50%, e tanto a mirricetina quanto a isorhamnetina em 40% cada. Um quarto flavonol, chamado quercetina, não teve efeito perceptavel no risco de DA.
Os participantes com maior consumo de flavonol bebiam cerca de uma xacara de cha¡ preto por dia. Couve e cerca de um copo de vinho tinto por dia também podem fornecer flavona³is.
Fontes de flavona³is
O Kaempferol estãoricamente presente nos vegetais de folhas verdes, incluindo espinafre, bra³colis, feija£o, cha¡ e couve - e também no cha¡. Alimentos ricos em isorhamnetina incluem azeite, vinho tinto, peras e molho de tomate. A mricetina éencontrada no cha¡, couve, laranja, tomate e vinho tinto.
O pesquisador Thomas Holland diz: “Mais pesquisas são necessa¡rias para confirmar esses resultados, mas essas são descobertas promissoras. Comer mais frutas e legumes e beber mais cha¡ pode ser uma maneira fa¡cil e barata de ajudar as pessoas a evitar a demaªncia de Alzheimer. â€
Implicações
Muitos cientistas discordam da aªnfase nos flavona³is. Embora se pensasse que estes tinham atividade antioxidante no corpo, essa teoria foi desacreditada muitas décadas antes. A atividade antioxidante cessa quando são ingeridas e sujeitas a atividade de enzimas no trato digestivo.
Eles apontam que os flavona³is são encontrados em muitas plantas, frutas e vegetais, que tem sido associados a boa saúde háséculos. Os nutricionistas dizem que os efeitos que retardam a AD de tais alimentos são provavelmente devidos a outros produtos químicos vegetais que são relativamente mais abundantes. Por outro lado, éimprova¡vel que tomar palulas de flavonol ou extratos de cha¡ produza o mesmo efeito sauda¡vel, e as overdoses possam ser contraproducentes.
Isso não quer dizer que comer mais alimentos ricos em flavonol ou beber uma xacara de cha¡ preto pela manha£ machucaria, pois qualquer alimento que contenha esses produtos químicos também conteria muitos compostos mais sauda¡veis, incluindo vitaminas, minerais e fibras vegetais. Holland faz um argumento va¡lido com sua conclusão: “'Com o aumento da população idosa em todo o mundo, qualquer diminuição no número de pessoas com essa doença devastadora, ou mesmo atrasa¡-la por alguns anos, pode trazer um enorme benefacio para a saúde públicaâ€.