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Coronava­rus - pandemia ou não?
A cepa de coronava­rus chamada 2019-nCoV estãocausando doenças generalizadas na China, com 28.276 afetados pelo va­rus e mais de 565 mortes em todo o mundo, principalmente na China.
Por Liji Thomas - 07/02/2020

A cepa de coronava­rus chamada 2019-nCoV estãocausando doenças generalizadas na China, com 28.276 afetados pelo va­rus e mais de 565 mortes em todo o mundo, principalmente na China. A partir de agora, já émais mortal que a epidemia de SARS que ocorreu entre 2002 e 2004.

Foi relatada a primeira morte em Hong Kong, do outro lado do mar, da China continental. Casos de 2019-nCoV foram relatados em 25países em todo o mundo. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que ainda não éuma pandemia. Então, surge a pergunta - o que éuma pandemia?

Crédito da imagem: Fahroni / Shutterstock

O que éuma pandemia?

Uma pandemia édefinida pelo surto de uma doena§a, ou seja, uma epidemia que ocorre atravanãs das fronteiras internacionais para cobrir uma vasta regia£o. As doenças leves e graves podem ocorrer em uma ampla área geogra¡fica, e ambas podem causar pandemias.

Uma pandemia geralmente afeta muitas pessoas, porque elas ocorrem em uma distribuição tão ampla. A importa¢ncia de declarar um surto de doença uma pandemia éque ela reflete a necessidade de isolamento de pessoas doentes para conter a doena§a.

Embora muitospaíses já tenham relatado casos, incluindopaíses vizinhos como a andia epaíses distantes como a Austra¡lia, a maioria esmagadora estava na China. Pacientes em outrospaíses tinham um hista³rico de viagens a  China ou contato com pessoas infectadas na China ou viajantes infectados da China. Uma exceção nota¡vel éa Indonanãsia, que ainda não registrou um caso, apesar de sua posição geogra¡fica.

Em um exemplo, um grupo de pessoas foi infectado por um de seus colegas que havia voltado da China, e uma dessas pessoas o passou para um de seus filhos. Apesar disso, a disseminação de pessoa para pessoa não estãoocorrendo ampla ou rapidamente.

Paa­ses, territa³rios ou áreas com casos confirmados de 2019-nCoV,
6 de fevereiro de 2020. Crédito: OMS

A importa¢ncia da transmissão

A coisa mais importante sobre um surto não ése éuma epidemia ou uma pandemia, mas a maneira e a velocidade da disseminação local que estãoacontecendo e como as pessoas estãoreagindo a ela. Isso decidira¡ as chances de propagação.

No presente caso, os profissionais de saúde no doma­nio cla­nico e de saúde pública continuara£o fazendo o melhor que tem feito nas últimas quatro semanas. A identificação e o diagnóstico de casos continuara£o acontecendo em péde guerra. Isto seráseguido imediatamente pelo isolamento dos doentes para impedir que a doença se espalhe para seus contatos mais pra³ximos.

Enquanto isso, especialistas em saúde pública coletara£o os dados para rastrear o caminho da epidemia e tomara£o medidas preventivas para impedir que o va­rus se espalhe ainda mais nessa trilha. Isso inclui rastrear contatos para encontrar novos casos muito cedo em sua sintomatologia. As máscaras e a lavagem frequente das ma£os são fundamentais para evitar a propagação atravanãs da infecção por gota­culas, enfatizam.

Enquanto isso, o surto de 2019-nCoV estãosob medidas de contenção hápelo menos um maªs, com toda a cidade fechada e as pessoas que viajam para determinadas áreas sendo colocadas em quarentena. Devido a  propagação da infecção além das fronteiras chinesas, a OMS declarou isso uma Emergaªncia de Saúde Paºblica de Interesse Internacional em 30 de janeiro de 2020. Isso abrira¡ o caminho para um compartilhamento mais suave de informações e esforços de saúde pública em todo o mundo. Para fazer isso, a doença não precisa ser chamada de pandemia.

E a OMS adverte contra o fechamento de rotas oficiais atravanãs das fronteiras, que apenas conduzem a travessias ilegais, e torna muito mais difa­cil rastrear aqueles que cruzam para infecção.

Pesquisa e desenvolvimento - a solução

Simultaneamente aos esforços clínicos e de saúde pública para conter e tratar a infecção, as empresas de biotecnologia estãocorrendo para encontrar novas tecnologias de diagnóstico, terapaªuticas e preventivas especa­ficas para esse va­rus. Os testes de diagnóstico para 2019-nCoV ainda estãolonge de serem perfeitos. As vacinas ainda não foram desenvolvidas. Ha¡ muito trabalho a fazer.

Uma área éa biologia sintanãtica, onde o DNA éusado como meio de engenharia de todo o mundo biola³gico. Usando o DNA como linguagem de programação, esses cientistas desejam explorar as mais recentes novidades em automação, inteligaªncia artificial e sequenciamento de DNA e edição, para criar seus pra³prios processos biola³gicos e testa¡-los. Isso poderia ajuda¡-los a fazer comida usando apenas os elementos ba¡sicos, usar a incra­vel versatilidade do DNA para armazenar dados de todo o mundo, fazer medicamentos personalizados que reagira£o ao paciente individual e tornar a matéria em si uma substância inteligente.

Entre eles, alguns estãotrabalhando em uma vacina universal, que detecta anta­genos aºnicos nasuperfÍcie celular de muitos tipos diferentes de micróbios nocivos e depois usa um anticorpo contra as partes imuta¡veis ​​ou imuta¡veis ​​desses micróbios para montar uma resposta imune de base ampla que leva cuidar de todo e qualquer desses patógenos.

Os primeiros testes mostram que a vacina capaz de reagir contra todas as 39 cepas do va­rus influenza atingiu o mundo nos últimos 100 anos, incluindo todas as cepas do H1N1 . Se validada, a técnica ajudara¡ a criar qualquer vacina antiviral de maneira rápida e segura.

Outro projeto estãofornecendo anticorpos neutralizantes que sera£o produzidos dentro das próprias células do paciente, em vez de serem fornecidos externamente. Esses pesquisadores buscam contramedidas prontas para a epidemia dentro de 60 dias após o isolamento de qualquer novo va­rus.

Muitas outras empresas estãocolaborando para lana§ar vacinas contra o va­rus, algumas com testes conclua­dos da Fase I, que indicam a segurança do candidato a vacina.

Outras empresas estãotrabalhando na sa­ntese dos genes de 2019-nCoV para impulsionar o desenvolvimento de vacinas e terapaªuticas. Tambanãm se oferece um teste qRT-PCR que mede a quantidade desse va­rus na amostra, com base na detecção de filamentos de DNA específicos. Este teste estãosendo oferecido gratuitamente para pesquisas sobre o va­rus.

Outra empresa criou um sistema de edição de genes CRISPR / Cas9 que pode diagnosticar rapidamente a presença de 2019-nCoV dentro de um período ma¡ximo de 2 horas emnívelambulatorial. Espera-se que esteja dispona­vel dentro de semanas, desde que haja amostras humanas suficientes para realizar os testes. Eles reivindicam velocidade e precisão insupera¡veis ​​para este teste, o que deve torna¡-lo um divisor de a¡guas.

 

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