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Descobertas relações globais que determinam a diversidade de aves em ilhas
Essa teoria prediz o número de espanãcies esperadas em qualquer ilha em funa§a£o da área (tamanho) da ilha e seu isolamento (distância) do continente.
Por University of Oxford - 19/02/2020


Paraa­so-papa-moscas Mascarene. Crédito: Christophe Thebaud

Sabe-se que a biodiversidade estãodesigualmente distribua­da pelo planeta. Mas por que algumas ilhas como Gala¡pagos e Havaa­ abrigam tantas espanãcies únicas de pa¡ssaros? Nos anos 60, Robert MacArthur e Edward Wilson propuseram o que se tornaria uma teoria altamente influente em biologia: a Teoria da Biogeografia de Ilhas. Essa teoria prediz o número de espanãcies esperadas em qualquer ilha em função da área (tamanho) da ilha e seu isolamento (distância) do continente.

Notavelmente, atéo momento, nenhum estudo mostrou em escala global como a área e o isolamento das ilhas determinam as taxas em que as espanãcies colonizam novas ilhas, desenvolvem novos tipos ou se extinguem. Esses relacionamentos permaneceram indescrita­veis por décadas.

No entanto, em um novo estudo publicado hoje na Nature , uma equipe de ornita³logos, bia³logos evolutivos e modeladores matema¡ticos mostrou pela primeira vez como as taxas de colonização de ilhas, extinção natural e formação de espanãcies variam com o tamanho e a distância do continente. O estudo, uma coleção de dados moleculares de espanãcies de aves encontradas em 41 arquipanãlagos oceânicos, revela como a área e o isolamento das ilhas são fundamentais para determinar a diversidade de espanãcies que elas contem.

A Dra. Sonya Clegg, Professora Associada de Ecologia Evolutiva do Departamento de Zoologia, diz: "Esse enorme esfora§o colaborativo - liderado pelo Dr. Luis Valente do Museum fa¼r Naturkunde em Berlim - nos permitiu criar este nota¡vel conjunto de dados globais de aves da ilha em todo o mundo Esses dados mostram que, de fato, a colonização diminui com o isolamento e a extinção diminui com a área, confirmando os principais componentes da Teoria da Biogeografia de Ilhas. a‰ importante estender a estrutura do modelo para incluir a especiação, mostrando que a especiação aumenta tanto na área quanto na área. isolamento e, além disso, descrevem a forma precisa dessas importantes relações globais de biodiversidade para as aves ".

Outro resultado fascinante foi a constatação de que a grande maioria das espanãcies de aves da ilha representa ramos evolutivos aºnicos, sem parentes pra³ximos nas ilhas em que habitam.

Dr. Valente, do Museum fa¼r Naturkunde, em Berlim, diz: "As ilhas são frequentemente associadas a radiações espetaculares - pense nos tentilhaµes de Darwin em Gala¡pagos, onde um aºnico colonizador passou a diversificar-se em 15 espanãcies diferentes - mas esse não éo cena¡rio evolutivo para a maioria. da diversidade de aves da ilha do mundo ".

Dr. Clegg diz: "Sera¡ emocionante ver como esse grande avanço para testar a teoria da biologia de ilhas em escala global pode ser aplicado a outros ta¡xons. Como a forma precisa das relações mudara¡ quando se olha formigas, mama­feros ou ranãpteis? Esses tipos de comparações responderão a perguntas de longa data sobre padraµes biogeogra¡ficos e, sem daºvida, estimulam novos caminhos para a pesquisa".

 

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