As espanãcies de aves que tem a capacidade de expressar novos comportamentos de forrageamento são menos vulnera¡veis ​​a extina§a£o do que as espanãcies que não o fazem, de acordo com um estudo colaborativo.
Grandes corvos-marinhos na Nova Zela¢ndia
As espanãcies de aves que tem a capacidade de expressar novos comportamentos de forrageamento são menos vulnera¡veis ​​a extinção do que as espanãcies que não o fazem, de acordo com um estudo colaborativo envolvendo a Universidade McGill e o CREAF Barcelona e publicado hoje na Nature Ecology & Evolution .
Os pesquisadores descobriram que as aves que foram capazes de incorporar novos alimentos em sua dieta ou desenvolver novas técnicas para obter alimentos foram mais capazes de suportar asmudanças ambientais que afetam seu habitat, que representam sua principal ameaça de extinção.
Ao longo dos anos, os cientistas notaram vários exemplos desses comportamentos. Gara§as verdes foram observadas repetidamente usando pa£o ou insetos como isca para pescar. Corvos de carnia§a oportunistas foram vistos usando carros como bolachas de nozes ou conchas do mar. Grandes corvos-marinhos na Nova Zela¢ndia foram observados coordenando seus períodos de pesca com os movimentos de balsas comerciais, a fim de aproveitar as fortes correntes geradas pelos hanãlices para capturar peixes confusos.
Provando uma teoria de longa data sobre vulnerabilidade de espanãcies
Acredita-se que a capacidade de inovar, uma medida de 'plasticidade comportamental', torne as espanãcies menos vulnera¡veis ​​ao risco de extinção, mas tem sido difacil testa¡-las completamente emnívelglobal.
Louis Lefebvre, autor saªnior do novo estudo, que leciona no Departamento de Biologia de McGill, ele passou os últimos 20 anos vasculhando a literatura, procurando evidaªncias de inovações na busca de alimentos. Graças a dedicação incansa¡vel de observadores de pa¡ssaros de todo o mundo que relataram esses novos comportamentos, ele conseguiu compilar um banco de dados com mais de 3.800 inovações em busca de aves.
"O grande banco de dados que agora nos permitiu testar, em quase todas as espanãcies de aves do mundo, a idanãia de que quanto mais vocêmudar seu comportamento alimentar, melhor serácapaz de lidar com a destruição de seu habitat normal". disse Lefebvre. "Sentimos que nossos resultados são sãolidos, pois levamos em consideração o número de covaria¡veis ​​e possaveis vieses que pudemos pensar".
Mais inovações significam uma maior probabilidade de estabilidade ou aumento da população
Os pesquisadores coletaram informações sobre as inovações alimentares descritas em artigos publicados em 204 revistas ornitola³gicas entre 1960 e 2018 e compararam o número de inovações observadas de cada espanãcie com onívelde risco de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da Unia£o Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Sua modelagem mostrou que o risco de extinção foi reduzido em espanãcies que exibiram comportamentos inovadores e, a medida que o número desses comportamentos aumentou, o risco de extinção foi reduzido ainda mais.
"Suspeitamos hámuito tempo que essa relação entre inovação e sobrevivaªncia deve existir, mas agora conseguimos verifica¡-la quantitativamente", diz o primeiro autor do estudo, Simon Ducatez, pesquisador de pa³s-doutorado na Universidade McGill e no CREAF em Barcelona. "Tambanãm conseguimos verificar que quanto maior o número de inovações descritas para uma espanãcie, maior a probabilidade de que suas populações sejam esta¡veis ​​ou aumentem. O resultado éclaro: quanto maior a capacidade inovadora, menor o risco de extinção de espanãcies. as espanãcies."
Capacidade de encontrar novas fontes de alimentos sem garantia de sobrevivaªncia
Os autores alertam que a plasticidade comportamental apenas reduz o risco de extinção das aves por alteração de habitat e que não afeta a sensibilidade a espanãcies invasoras ou a superexploração. O estudo revela que a capacidade de inventar novos comportamentos representa uma clara vantagem evolutiva para as aves que lidam com a destruição de seus habitats, embora nem sempre seja uma garantia de sobrevivaªncia.
De fato, o tipo de habilidade para resolver problemas que permite que os pa¡ssaros enfrentemmudanças dra¡sticas no habitat não parece funcionar contra outros tipos de ameaa§as, como a caça excessiva. "a‰ preciso levar em conta que as espanãcies com maior capacidade de inovação tem tempos de geração mais longos, o que os torna mais vulnera¡veis ​​a caça", explica Daniel Sol, pesquisador do CREAF e do CSIC em Barcelona. "Isso implica que, diferentemente do que normalmente se supaµe, a capacidade de inovar protege os animais de algumas, mas não de todas as rápidasmudanças no ambiente".
Esta pesquisa foi apoiada por fundos do governo espanhol e pelo Conselho de Pesquisa em Ciências Naturais e Engenharia do Canada¡ (NSERC).