Pesquisas mostram como as defesas contra tsunami em parques podem fornecer uma alternativa sustenta¡vel aos imponentes paredaµes
Linhas de colinas verdes dispostas estrategicamente ao longo da costa podem ajudar a combater a destruia§a£o dos tsunamis, preservando a vista para o oceano e o acesso a costa.
Domanio paºblico
Na preparação para o tsunami, verifica-se que pode haver força na beleza. Linhas de colinas verdes dispostas estrategicamente ao longo da costa podem ajudar a combater a destruição dos tsunamis, preservando a vista para o oceano e o acesso a costa. Para algumas comunidades, elas podem oferecer uma opção melhor do que os imponentes paredaµes.
Essas são as conclusaµes de um artigo revisado por uma equipe de pesquisadores que tentaram quantificar como as ondas de tsunami de diferentes alturas interagem com montes de vários tamanhos e formas dispostos pra³ximos a beira da a¡gua. A pesquisa foi publicada em 4 de maio na revista Proceedings da National Academy of Sciences .
Paredaµes gigantes são a abordagem convencional para mitigar o risco de tsunami. O Japa£o, por exemplo, construiu centenas de quila´metros de paredes de concreto, com mais de 12 metros de altura em alguns lugares, a um custo de mais de US $ 12 bilhaµes desde que as ondas de tsunami atingiram os paredaµes e achataram as comunidades costeiras em todo o leste do Japa£o em mara§o de 2011.
Mas os paredaµes tendem a ser caros de construir, difaceis para o turismo local e para as indaºstrias pesqueiras, prejudiciais a s comunidades costeiras e ambientalmente destrutivos - e as falhas podem ser catastra³ficas, disse a autora do estudo Jenny Suckale, professora assistente de geofasica na Escola da Terra, Energia. & Ciências Ambientais (Stanford Earth).
"Se o muro desmoronar, as consequaªncias são devastadoras", disse Suckale, cujos colaboradores do estudo incluem cientistas da Escola de Pa³s-Graduação Naval, Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, MIT e Ministanãrio de Assuntos Marinhos e Pescas da Indonanãsia. Os paredaµes não são podem criar uma falsa sensação de segurança que pode desencorajar evacuações rápidas, explicou ela, mas também podem acabar se fragmentando em blocos de entulho que as ondas do tsunami lana§am pela cidade.
"a‰ meio intuitivo que, no momento em que vocêa vaª como uma ameaa§a, vocêconstrua um muro", disse Suckale. Mas, embora seja verdade que os paredaµes podem enfrentar alguns riscos de tsunami, os fatores que tornam um local habita¡vel podem ser muito mais complicados. "A maioria das comunidades costeiras deseja maximizar seu bem-estar, não minimizar seus riscos a custa de tudo o mais", disse ela. "Vocaª realmente quer viver atrás de um enorme muro de concreto, porque háuma pequena chance de um grande tsunami atingir vocaª? Vamos colocar mais opções em cima da mesa e ter um debate informado".
"Nosso estudo mostra que o design éimportante. Ha¡ um espaa§amento errado e um certo; háum formato errado e um certo", disse Suckale. "Vocaª não deve usar critanãrios estanãticos para projetar isso".
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Ter mais opções na mesa éespecialmente importante em lugares onde os recursos para proteção costeira são escassos, disse o co-autor do estudo, Abdul Muhari, que lidera a divisão de mitigação de desastres costeiros do Ministanãrio Indonanãsio de Assuntos Marinhos e Pescas. "Tendo a análise em nosso artigo, ospaíses propensos ao tsunami agora tem uma base fundamental para avaliar as colinas como uma maneira menos dispendiosa de mitigar os riscos do tsunami", disse ele.
Customiza¡vel e verde
As florestas costeiras podem ajudar a travar a velocidade do fluxo de tsunami nas cidades e vilarejos vizinhos. Essas e outras soluções baseadas na natureza são cada vez mais importantes nos planos de gerenciamento de riscos costeiros, escrevem os pesquisadores. No entanto, são necessa¡rias décadas para que as a¡rvores cresa§am suficientemente robustas para fornecer proteção significativa.
E, de acordo com o novo estudo, a vegetação tem pouco efeito na energia de uma onda recebida. As plantas ainda podem desempenhar um papel importante no combate a erosão, ajudando assim a manter a forma, altura e espaa§amento das colinas que as tornam eficazes.
Uma solução alternativa surgindo nas costas empaíses propensos a tsunamis em todo o mundo procura combinar o melhor dos dois mundos: a sintonização e o imediatismo de uma barreira de engenharia e o acesso costeiro e a função ecola³gica de uma zona verde mais porosa.
Atéagora, os projetos desses projetos, conhecidos como parques de mitigação de tsunamis, foram informados mais pela estanãtica do que pela ciência "No momento, nossos projetos não são estratanãgicos o suficiente", disse Suckale. "Este artigo éum ponto de partida para entender como projetar esses parques para obter benefacios ma¡ximos de mitigação de riscos".
O design importa
Ao modelar numericamente o que acontece com uma onda de tsunami quando bate em uma única fileira de colinas, os pesquisadores mostram que os montes podem refletir e amortecer o poder destrutivo de uma onda de tsunami tanto quanto uma lata tapica de pareda£o. E, no caso de um enorme tsunami de mil em mil anos, eles fracassara£o tanto quanto as paredes mais imponentes. Como resultado, o estudo constata que hápouco valor extra a ser combinado com a combinação de paredes e morros - uma abordagem comum em projetos de Constitucia³n, Chile, a Morino, Japa£o.
"Essas colinas refletem uma quantidade surpreendente de energia das ondas para pequenos e intermediários tsunamis", disse Suckale. A personalização da forma das colinas com base na forma da costa, a direção da qual os tsunamis provavelmente se aproximam e outros fatores específicos do local podem ajudar a maximizar a quantidade de energia refletida. Isso éfundamental, disse Suckale, porque "a energia érealmente seu principal inimigo".
Isso porque se um tsunami inundar uma área a todo vapor com atéum péde a¡gua, disse Suckale, isso deixara¡ poucos sobreviventes. "Ele apenas bate tudo. Vocaª não pode ficar de panã, e uma vez que cai, émuito perigoso. Atira carros nos prédios. Vocaª seráfacilmente derrubado por coisas carregadas na a¡gua."
O estudo também aponta para a necessidade de casas e infraestrutura serem instaladas atrás de uma ampla zona de amortecimento, porque as colinas podem acelerar os fluxos e aumentar os danos na área imediatamente ao redor do parque. Para evitar essa consequaªncia não intencional, os pesquisadores sugerem considerar projetos com várias fileiras escalonadas de colinas que são maiores em direção a costa e menores no interior.
"Nosso estudo mostra que o design éimportante. Ha¡ um espaa§amento errado e um certo; háum formato errado e um certo", disse Suckale. "Vocaª não deve usar critanãrios estanãticos para projetar isso".