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Simulações preveem aumento nacional da exposição humana a eventos clima¡ticos extremos
A equipe baseou uma das simulaa§aµes em um cena¡rio chamado Representation Concentration Pathway 8.5, que considera como as condia§aµes climáticas provavelmente evoluira£o se as emissaµes de gases de efeito estufa continuarem a aumentar sem interve
Por Oak Ridge - 05/05/2020


O mapa exibe asmudanças projetadas na exposição humana a eventos clima¡ticos
extremos em uma escala de 1 km de 2010 a 2050, que variam de pequenas
reduções nas áreas rurais e suburbanas a moderadas e grandes aumentos
nos centros urbanos densamente povoados. Crédito: Adam Malin /
Laborata³rio Nacional Oak Ridge, Departamento de Energia dos EUA

Até2050, os Estados Unidos provavelmente estara£o expostos a um número maior de eventos clima¡ticos extremos, incluindo ondas de calor mais frequentes, secas mais longas e inundações mais intensas, o que pode levar a maiores riscos para a saúde humana, estabilidade do ecossistema e economias regionais.

Esse futuro potencial foi a conclusão que uma equipe de pesquisadores do Laborata³rio Nacional Oak Ridge, do Departamento de Energia, da Universidade Tanãcnica de Istambul, da Universidade de Stanford e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosfanãrica alcana§ou o uso do supercomputador Titan da ORNL, agora desativado, para calcular as trajeta³rias de nove tipos de eventos clima¡ticos extremos. A equipe baseou esses ca¡lculos no andice Nacional de Centros Nacionais de Informação Ambiental da Administração Ocea¢nica e Atmosfanãrica, ou CEI.

Estudos anteriores demonstraram o impacto que um aºnico tipo de extremo, como temperatura ou precipitação, poderia ter em amplas zonas climáticas nos EUA. No entanto, essa equipe estimou as consequaªncias combinadas de muitos tipos diferentes de extremos simultaneamente e conduziu sua análise no munica­pio na­vel, uma abordagem única que forneceu projeções climáticas regionais e nacionais sem precedentes que identificaram as áreas e os grupos populacionais com maior probabilidade de enfrentar essas dificuldades. Os resultados desta pesquisa são publicados no Futuro da Terra .

"Calculamos a exposição da população em uma escala de 1 km, o que nunca havia sido feito antes, para fornecer estimativas mais precisas", disse Moetasim Ashfaq, cientista computacional clima¡tico do ORNL.

A equipe combinou um conjunto de modelos clima¡ticos de alta resolução, estimativas do CEI para várias categorias extremas de clima e projeções populacionais futuras, a fim de simular vários cenários fornecidos pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Clima¡ticas, ou IPCC. A equipe baseou uma dessas simulações em um cena¡rio chamado Representation Concentration Pathway 8.5, que considera como as condições climáticas provavelmente evoluira£o se as emissaµes de gases de efeito estufa continuarem a aumentar sem intervenção.

Segundo as estimativas dos pesquisadores, em média, mais de 47 milhões de pessoas em todo opaís são expostas a condições climáticas extremas anualmente, e essa exposição populacional vem aumentando nas últimas décadas. Eles esperam que a tendaªncia predominante continue e antecipam que o número de pessoas expostas possa dobrar até2050, o que significa que uma em cada três pessoas seria afetada diretamente. O crescimento populacional projetado pode aumentar ainda mais a exposição.

"Esses esforços colaborativos podem descobrir como vários extremos clima¡ticos afetam certas áreas e ajudar a determinar os tipos de políticas e estratanãgias de mitigação que podem ser necessa¡rias para prevenir ou reduzir os danos".

Ashfaq
 
Sem se ajustar a qualquer mudança nos hábitos da população, esse aumento da exposição pode causar ou exacerbar problemas de saúde. Por exemplo, altas temperaturas podem piorar as condições cardiovasculares, respirata³rias e outras condições médicas. As secas podem aumentar o risco de surtos de doenças infecciosas, reduzindo a qualidade do ar e contaminando as fontes de águae alimentos.

O calor extremo também pode reduzir o rendimento das culturas, interrompendo as economias dependentes da agricultura. Além disso, desastres naturais caros e perigosos, como incaªndios florestais e enchentes, podem deixar as a¡rvores indefesas contra doenças e infestações de insetos que podem destruir ecossistemas inteiros.

Os pesquisadores analisaram seus resultados em comparação com um "período de referaªncia", contendo dados hista³ricos de simulação de 1980 a 2005, e criaram suas simulações para estudar as contribuições humanas a s projeções climáticas. Como resultado, as concentrações anuais de gases de efeito estufa foram alinhadas nas simulações hista³ricas e nas observações, mas as ocorraªncias de modos naturais observados de variações climáticas não foram.

A falta de alinhamento nos modos naturais demudanças no clima, combinada com a semelhança entre tendaªncias simuladas e observadas na exposição a extremos clima¡ticos, ajudou a equipe a concluir que o comportamento humano poderia ser responsável pelo aumento observado na exposição da população a extremos clima¡ticos nos EUA. Além disso, esses resultados aumentaram a confianção na duplicação projetada da exposição da população que a equipe prevaª que ocorrera¡ nos pra³ximos 30 anos, a menos que os na­veis de gases de efeito estufa sejam reduzidos.

"Ver a mesma tendaªncia ascendente no número de extremos clima¡ticos em nossas simulações e observações hista³ricas sugere fortemente que essasmudanças são impulsionadas pela atividade humana", afirmou Ashfaq.

Os pesquisadores estãose preparando para executar outro conjunto de simulações com base em novos cenários para o pra³ximo relatório do IPCC, e seus dados existentes já foram incorporados a outros estudos.

"Esses esforços colaborativos podem descobrir como vários extremos clima¡ticos afetam certas áreas e ajudar a determinar os tipos de políticas e estratanãgias de mitigação que podem ser necessa¡rias para prevenir ou reduzir os danos", afirmou Ashfaq.

 

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