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O fogo desta vez
Lawrence D. Bobo disseca assassinatos policiais de homens negros e a história e as forças cognitivas por trás do fanatismo racial e da violência, e por que ele vaª sinais de esperana§a
Por Christina Pazzanese - 03/06/2020


Protestos pela morte de George Floyd nos EUAJORDAN STROWDER/ANADOLU
AGENCY VIA GETTY IMAGE

Mais uma vez, os manifestantes foram a s ruas dopaís para expressar sua raiva por mais um assassinato de um homem negro por policiais. A reação agora parece familiar, se maior em calor e mais ampla em escala. Dessa vez, foi sobre George Floyd, que sufocou depois que um policial branco de Minneapolis bateu com o joelho no pescoa§o de Floyd por quase nove minutos, enquanto outros três policiais o seguravam ou olhavam. Floyd éo último elo de uma longa cadeia de mortes e ferimentos envolvendo policiais :  Rodney King, Malice Wayne Green, Abner Louima, Amadou Diallo, Eric Garner, Michael Brown, Freddie Gray, Philando Castile , Ahmaud Arbery, Breonna Taylor, entre outros. Lawrence D. Boboédecano em ciências sociais e professor WEB Du Bois de Ciências Sociais na Universidade de Harvard. Ele estuda psicologia social, pola­tica e raça. Ele conversou sobre assassinatos cometidos pela pola­cia por afro-americanos, as forças cognitivas subjacentes ao racismo, a longa história de violência contra os negros, por que o treinamento não mudou nada e por que ele vaª sinais de esperana§a neste "momento profundamente perturbador".

Perguntas e Respostas
Lawrence D. Bobo


Qual a sua reação ao que estãoacontecendo em todo opaís?

Como tantas pessoas, fiquei estupefato e horrorizado e indignado com o va­deo de George Floyd sendo assassinado lentamente, basicamente, em um ponto em que ele estava em menor número por policiais, algemado, subjugado no cha£o e basicamente implorando por sua vida. Na³s o assistimos devagar, casualmente, ser morto por um grupo de policiais. E acho isso horra­vel e entorpecedor. a‰ uma reminiscaªncia em alguns aspectos de como me senti quando o jaºri de Simi Valley absolveu os policiais que espancaram Rodney King; éuma reminiscaªncia do sentimento que tive quando os jurados absolveram George Zimmerman por matar Trayvon Martin. E todo o senso de futilidade e raiva atordoadas écaractera­stico de quando eu era muito jovem, naquela terra­vel primavera de 1968, quando perdemos Martin Luther King e Robert F. Kennedy em um curto espaço de semanas. Portanto, éum momento terra­vel e deprimente. Mas não podemos deixar la¡; não devemos deixa¡-lo la¡; e devemos estar atentos a s maneiras pelas quais existem oportunidades reais aqui, recursos reais aqui, e acho que devemos progredir.

Por um lado, estou muito animado com onívelde mobilização e protestos civis. Que tocou tantas pessoas e trouxe tantas dezenas de milhares de indivíduos para expressar sua preocupação, sua indignação, sua condenação pelas ações policiais nesse caso e sua demanda pormudanças e por justia§a, acho isso muito encorajador. a‰, no mesmo momento, muito decepcionante que algumas pessoas tenham aproveitado isso como uma oportunidade para tentar trazer caos e violência a essas ocasiaµes de protesto civil de outra maneira. E fico desapontado com aquelas ocasiaµes em que na aplicação da lei, indivíduos e agaªncias, agiram de maneiras que provocaram ou antagonizaram ações de protesto paca­ficas.

a‰ um momento complexo e complicado em que estamos. E um dos aspectos mais profundamente decepcionantes do contexto atual éa falta de vozes e liderana§a sensatas e sensatas no cena¡rio nacional para definir o tom certo, curar a nação e para garantir a todos que estaremos no caminho de uma sociedade melhor e mais justa.

"a‰ realmente importante lembrar que o que a escravida£o fez, em muitos aspectos, foi forjar um va­nculo estreito entre nossa estrutura de classes sociais e uma espanãcie de hierarquia racial".


Na maioria dos assassinatos de negros relacionados a  pola­cia, os agressores são brancos. Isso ésuficiente para concluir que o racismo éa causa, ou existem outras forças também em ação?

Certamente o racismo, e o legado hista³rico do racismo e o longo e profundamente legado do racismo em termos de nossas condições e circunsta¢ncias sociais atuais e a geografia e Espaços fa­sicos em que as pessoas vivem e, de fato, em termos de nossa paisagem cultural, e conjunto de ferramentas e reserva de idanãias, e recursos que todos nostemos que recorrer, esses foram profundamente distorcidos pelo racismo.

a‰ realmente importante lembrar que o que a escravida£o fez, em muitos aspectos, foi forjar um va­nculo estreito entre nossa estrutura de classes sociais e uma espanãcie de hierarquia racial. Criou um número inferior de pessoas estigmatizadas racialmente e nas mais profundas desvantagens econa´micas e pobreza. E nunca desfizemos completamente essa terra­vel circunsta¢ncia. No momento presente, temos que acrescentar muitas e muitas camadas de complexidade a isso, que parte disso éo legado hista³rico das comunidades afro-americanas que sofrem tanto o policiamento em excesso quanto o policiamento em excesso.

Vocaª pode explicar?

Sub-policiamento, no sentido de muitas vezes não obter resposta da pola­cia a  violência e crime dentro da comunidade negra, e certamente não obter uma resposta adequada nos casos em que os negros são vitimas de agressores brancos. E então, o policiamento excessivo, onde a pola­cia passou por cima das vidas, das circunsta¢ncias e das liberdades civis dos negros e onde os negros foram sujeitos a s formas de justia§a mais arbitra¡rias e caprichosas do sistema americano.

Todos pensa¡vamos, éclaro, que fizemos avanços fenomenais. Habitamos uma anãpoca em que hácertamente mais policiais minorita¡rios do que nunca, mais chefes e chefes de pola­cia afro-americanos e minorita¡rios e mulheres. Mas habitando um mundo em que os pobres e nossas comunidades profundamente pobres ainda são pessoas de cor desproporcionalmente pesadas, onde tivemos uma guerra contra as drogas que era racialmente tendenciosa tanto em suas origens quanto em sua execução profundamente perturbadora ao longo de muitos anos, que gerou umnívelde desconfianção e antagonismo entre a pola­cia e as comunidades negras que deveriam nos preocupar a todos. Claramente, háuma enorme quantidade de trabalho a ser feito para desfazer essas circunsta¢ncias e curar essas feridas.


Lawrence D. Bobo estuda psicologia social, pola­tica e raça. Foto de arquivo de
Stephanie Mitchell / Fota³grafo da equipe de Harvard

Muitos departamentos de pola­cia, particularmente os de bairros pretos e pardos, foram criticados por terem uma atitude de "noscontra eles". Nossa pola­tica, nos últimos anos, incentivou com sucesso os eleitores a adotarem uma atitude de "noscontra eles" em relação a queles com diferentes pontos de vista ideola³gicos. Isso é“noscontra eles” dina¢mico o que estãoacontecendo com a violência policial em bairros negros? O que funciona cognitivamente / sociologicamente quando vemos o mundo em termos binários?

Certamente, vivemos um momento incrivelmente politicamente polarizado. E étriste, mas espero que estejamos nos aproximando do nadir, o ponto mais baixo daquele momento, e um dia veremos nosso caminho para sair desse grande abismo. O ditado costumava ser: "Se vocêestãoem um buraco, a coisa mais importante éparar de cavar". Infelizmente, muita da nossa liderana§a pola­tica continua a cavar, porque foi lucrativa para eles em termos de manter uma coaliza£o e um poder pola­tico cada vez menores.

Estou animado com a diversidade e a variedade de indivíduos que compareceram aos protestos civis e acreditam nisso de uma maneira que acabara¡ se revelando a grande maioria do povo americano. Mas este éum momento ideola³gico profundamente polarizado em que estamos, um momento de realmente grave desigualdade econa´mica, umnívelde desigualdade econa´mica que teve consequaªncias políticas realmente infelizes, onde segmentos da população extremamente ricos e bem conectados exercem realmente significante, quase veto poder sobre tantos aspectos de nosso sistema econa´mico e pola­tico que muitas pessoas estãose sentindo profundamente frustradas e deixadas para trás, e acho que as pessoas são facilmente vendidas em mensagens políticas bode expiata³rias, em vez de fazer o tipo de análise mais profunda que nos levaria a uma resposta construtiva a essas circunsta¢ncias.

O racismo, em alguns aspectos, continua sendo o cerne disso, mas não éa única coisa operacional. Ha¡ questões de desigualdade de classe econa´mica, polarização ideola³gica e pola­tica e exploração das circunsta¢ncias, e háspectos da natureza do trabalho de policiar em uma sociedade tão desigual que se prestam a esses encontros potencialmente explosivos.

Por que somos racistas? Quais são os fatores cognitivos do racismo?

Nãoháuma resposta simples. a‰ uma combinação de coisas. a‰ parcialmente uma circunsta¢ncia hista³rica; éem parte como organizamos as relações em particular, que tipo de formas de pensamento, ação e comportamento se tornaram codificadas nas leis e nas prática s rotineiras.

Assim, por exemplo, nossa sociedade costumava reconhecer um conjunto muito mais complicado de gradações raciais do que normalmente pensamos em termos de agora. Se vocêvoltasse aos censos de 1870, 1880, 1890, veria categorias no formula¡rio do censo para, éclaro, branco, mas também veria negros, pretos, mulatos, quadroon e atéocta³gonos coloridos. categorias de cores e gradação racial. Quando a escravida£o foi finalmente completamente esmagada, e quando o esfora§o para reconstruir o Sul foi derrotado, subitamente tivemos um mundo em que aqueles que detinham o poder no sul da Amanãrica decidiram que precisavam de uma dicotomia acentuada em preto / branco para manter o controle dos negros. população. E eles promulgaram um conjunto de leis que basicamente diziam que existem duas categorias de pessoas, preto e branco, e que qualquer gota de ascendaªncia africana basicamente o deixava negro. E criamos o papel de hipodescentes. O ponto importante a ser observado éque nem sempre foi esse o caso. Mas éum tropo cultural muito poderoso agora, e éporque o institucionalizamos em lei, na prática cotidiana e, finalmente, portanto, amplamente compartilhado e profundamente entendido. Infelizmente, éonde estamos aqui.

Isso explica onívelde brutalidade que vimos em muitos desses casos?

Como um policial coloca seu peso corporal no pescoa§o de um homem, enquanto dois ou três outros policiais andam por aa­? Bem, obviamente existe uma profunda "outra coisa" que aconteceu. Claramente, vocênão estãomais considerando esse outro indiva­duo como alguém que deve o tipo de consideração que vocêmesmo esperaria de mais alguém . O fato de os outros oficiais caminharem tão casualmente, tomarem notas, apenas permanecerem conversando, indica um muro da rotina cotidiana e da indiferença que tem raa­zes culturais tão profundas nesse ponto que não éapenas um vianãs inconsciente. Infelizmente, éo estado de nossa cultura em muitas circunsta¢ncias, especialmente porque se manifesta na circunsta¢ncia particular de encontros policiais com indivíduos e comunidades afro-americanos em muitas circunsta¢ncias.

Os cra­ticos dizem que a cultura do Departamento de Pola­cia de Minneapolis tolera ou recompensa comportamentos antianãticos, como demonstrado não apenas pelo policial que pressionou o joelho no pescoa§o de Floyd, mas pelos outros que não intervieram. Em termos gerais, a profissão de policial éfrequentemente adotada como um ca³digo de silaªncio diante de cra­ticas. Que dina¢mica molda ou contribui para esse tipo de cultura organizacional? Isso varia de acordo com a profissão?

Varia de profissão para profissão. E, éclaro, no policiamento, temos que reconhecer que éuma profissão de alto risco. Esperamos e exigimos muitos policiais. Mas, nessas profissaµes de alto risco, geralmente ocorre o desenvolvimento de normas muito, muito fortes de solidariedade. E esses tipos de normas de solidariedade e apoio maºtuo são reforçados pelas prática s organizacionais, pelas rotinas de seu trabalho, pelo treinamento que continua, de modo que eu acho que vocêestãomais inclinado a isso do que em muitos outros ambientes para obter um certonívelsocial. conformidade e deferaªncia com seus colegas oficiais e com autoridade superior, se não por outra razãoque não seja puramente defensiva - temos que permanecer juntos para sobreviver. E obviamente existem maneiras de intervir nisso, mas édifa­cil intervir em uma cultura americana que, de outra maneira, étão impregnada de acesso a armas e uma imagem da pola­cia como dominante, assertiva e controladora, em vez de apoiar, ajudar e trabalhar com as comunidades. Portanto, cultivar um novo entendimento e uma maneira de fazer policiamento érealmente extremamente importante para iniciar o debate. E na minha experiência, francamente, muitos, muitos policiais de alto escala£o estãoansiosos para fazer isso. Mas como eles avana§am em um contexto de uniaµes de classificação e arquivo e a alta solidariedade entre a classificação éuma tarefa difa­cil e que requer alguma ação planejada. Portanto, cultivar um novo entendimento e uma maneira de fazer policiamento érealmente extremamente importante para iniciar o debate. E na minha experiência, francamente, muitos, muitos policiais de alto escala£o estãoansiosos para fazer isso. Mas como eles avana§am em um contexto de uniaµes de classificação e arquivo e a alta solidariedade entre a classificação éuma tarefa difa­cil e que requer alguma ação planejada. Portanto, cultivar um novo entendimento e uma maneira de fazer policiamento érealmente extremamente importante para iniciar o debate. E na minha experiência, francamente, muitos, muitos policiais de alto escala£o estãoansiosos para fazer isso. Mas como eles avana§am em um contexto de uniaµes de classificação e arquivo e a alta solidariedade entre a classificação éuma tarefa difa­cil e que requer alguma ação planejada.

"O fato de os outros oficiais andarem tão casualmente, tomarem notas, apenas ficarem conversando, indica uma parede da rotina cotidiana e da indiferença que tem raa­zes culturais tão profundas neste momento que não éapenas um vianãs inconsciente."


Va¡rios departamentos policiais tentaram abordar preconceitos impla­citos emudanças culturais atravanãs de treinamento. Por que não foi mais bem sucedido?

Porque o problema não éapenas um vianãs impla­cito. Por exemplo, vocêpode tentar treinar oficiais para serem mais reflexivos e reconhecer que todos crescemos em uma cultura cheia de ideias e imagens negativas sobre os afro-americanos como violentos, perigosos, ameaa§adores e inferiores. Infelizmente, esse tipo de desvalorização da vida negra faz parte do tecido cultural americano. Nãotão extremo quanto costumava ser, mas ainda muito claro e profundamente enraizado. E assim, se vocêtem esse tipo de camadas e, ao mesmo tempo, os departamentos de pola­cia dizem: “Olha, agora vamos travar uma guerra contra o crime, e vocêdeve demonstrar progresso nessa guerra contra o crime. " A maneira mais fa¡cil de fazer isso, com o menor impacto, éredobrar, se não triplicar, seus esforços no policiamento dos segmentos mais fracos da sociedade. Sabemos de muitas fontes diferentes que o consumo real de drogas e substâncias ilegais não parece variar de acordo com a raça. No entanto, as chances de ser preso são enormemente desiguais por raça, e as chances de ser condenado e cumprir pena ainda mais radicalmente. Essa éuma função de onde as agaªncias policiais decidem focar seu olhar. Portanto, temos políticas, interagindo com a cultura, interagindo com processos psicola³gicos que estãocontinuamente reforçando essa desigualdade sistema¡tica.

Vimos violência e agressão nesta semana em todo opaís entre a pola­cia e, a s vezes, as forças militares dos EUA, de um lado, e manifestantes, saqueadores e provocadores paca­ficos, de outro. Demonstrações externas de doma­nio sobre os menos poderosos - como a pola­cia que ataca um negro desarmado ou um operador de ca¢mera de nota­cias - ou o caos contra o poder institucional - como atear fogo a viaturas policiais ou atirar coisas nos policiais - coa§am a mesma coceira psicológica? Por que isso atrai alguns, mas repele outros?

Vivemos um momento tão complicado e contradita³rio que édifa­cil apontar o dedo para qualquer coisa. Certamente, háum poderoso corpo de pesquisa em psicologia social sugerindo que alguns indivíduos e, de fato, em média, alguns membros de grupos mais privilegiados tendem a apoiar mais a manutenção das desigualdades e a afirmação de um certonívelde doma­nio, controle e ordem social. Para o bem ou para o mal, o policiamento éo tipo de profissão que ambos selecionam e, de certa forma, provavelmente incentivam, esse tipo de inclinação. Ainda estou otimista de que haja muita perturbação e raiva amplamente compartilhadas sobre essa litania em curso de civis minorita¡rios desarmados que acabam sofrendo e morrendo nas ma£os daqueles que deveriam estar servindo e protegendo a todos nosde maneira equitativa. E étriste, mas real, que algumas pessoas estãoexplorando esse momento para furtar, roubar, saquear ou brigar com a pola­cia. Alguns deles podem ser provocadores a  direita e de grupos supremacistas brancos, outros podem ser provocadores a  esquerda, de Antifa ou o que vocêtem. Acredito, poranãm, que háum número muito maior de pessoas de boa vontade genua­na que tem aspirações mais elevadas, que querem ver um mundo melhor nesse sentido. O que mais me preocupa agora émenos as forças disruptivas nas ruas do que os perigos que todos enfrentamos se uma sociedade democra¡tica cair na regulamentação militarista e pesada de seus pra³prios cidada£os, que estãoexpressando uma queixa lega­tima. de Antifa ou o que vocêtem. Acredito, poranãm, que háum número muito maior de pessoas de boa vontade genua­na que tem aspirações mais elevadas, que querem ver um mundo melhor nesse sentido. O que mais me preocupa agora émenos as forças disruptivas nas ruas do que os perigos que todos enfrentamos se uma sociedade democra¡tica cair na regulamentação militarista e pesada de seus pra³prios cidada£os, que estãoexpressando uma queixa lega­tima. de Antifa ou o que vocêtem. Acredito, poranãm, que háum número muito maior de pessoas de boa vontade genua­na que tem aspirações mais elevadas, que querem ver um mundo melhor nesse sentido. O que mais me preocupa agora émenos as forças disruptivas nas ruas do que os perigos que todos enfrentamos se uma sociedade democra¡tica cair na regulamentação militarista e pesada de seus pra³prios cidada£os, que estãoexpressando uma queixa lega­tima.

Qual seria o momento para vocêque sugeriria quando cruzarmos essa linha?

Na verdade, eu não sei. Os últimos três anos trouxeram um momento de choque e pavor após o outro, como atos em uma cena nacional e internacional de nossa liderana§a que se poderia imaginar inimagina¡vel a cada dia, sob um cobertor de segurança fornecido pelo Senado dos EUA que parece ter perdido todo o senso de coluna, justia§a e decaªncia. Eu não sei onde éisso. Acho que estamos em um momento profundamente perturbador. Mas vou permanecer cautelosamente otimista de que, esperana§osamente, em um futuro não muito distante, os anjos mais altos de nossa natureza vencem no que éuma coalescaªncia realmente assustadora de circunsta¢ncias.

Esta entrevista foi editada para maior clareza e duração.

 

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