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Podemos ficar sem areia? Cientistas ajustam como os gra£os são medidos
A areia éescassa e os cientistas descobriram que a maneira como mantemos o controle desse recurso nos deu informaa§aµes enganosas.
Por University of Sydney - 11/06/2020


Ata³is e ilhas, como o Huvadhoo Atoll, nas Maldivas, podem sofrer um estresse
ambiental crescente durante a subida doníveldo mar e tempestades
causadas pelasmudanças climáticas. Compreender como as areias
as protegem éparte importante da mitigação e do gerenciamento.
Crédito: Ana Vila-Concejo, Universidade de Sydney

Os humanos veem a areia como um recurso infinito. Estamos surpresos ao descobrir que hámais estrelas no universo do que gra£os de areia em nossas praias.

No entanto, em algumas áreas, a areia éescassa e os cientistas descobriram que a maneira como mantemos o controle desse recurso nos deu informações enganosas.

Em muitos casos, simplesmente medimos a areia da maneira errada.

"Nem toda areia éigual", disse a professora associada Ana Vila-Concejo, da Escola de Geociências da Universidade de Sydney. "No entanto, os modelos para avaliar a areia e como ela se move dependem principalmente de um tipo. Isso significa que temos uma imagem imprecisa do que estãoacontecendo, especialmente em áreas costeiras vulnera¡veis ​​a smudanças climáticas".

O Dr. Amin Riazi, da Universidade do Mediterra¢neo Oriental, trabalhou com o Professor Associado Vila-Concejo durante uma curta estadia na Universidade de Sydney para desenvolver novos modelos de engenharia que explicam as diferentes formas dos gra£os de areia. Os modelos padrãoassumem que os gra£os de areia são esfanãricos, o que ébom para areias comuns compostas de sa­lica moa­da e rochas de quartzo.

No entanto, as areias carbona¡ticas derivadas de conchas, corais e esqueletos de animais marinhos tendem a ser ela­pticas, menos densas e com mais buracos e bordas. A nova pesquisa levou isso em conta com resultados surpreendentes, descobrindo que os modelos existentes subestimam a área desuperfÍcie das areias carbona¡ticas em 35%.

Publicado hoje na Nature jornal relatórios cienta­ficos , a equipe de Professor Associado de Vila-Concejo tem mostrado que os modelos padrãode engenharia também transporte superestimativa de areias carbona¡ticas no fundo do mar por mais de 20 por cento e subestimam suspensa transporte de esta areia em pelo menos 10 por cento.

"Isso significa que não estamos contabilizando a areia corretamente", disse ela. "Embora isso tenha impacto na construção e manufatura, também pode ter um grande efeito no gerenciamento de áreas costeiras afetadas pelasmudanças climáticas".

A areia éusada em toda a indaºstria. Do vidro do seu celular a  base de estradas, a areia éusada em toda a nossa economia. De fato, areia e cascalho são os materiais mais extraa­dos do planeta, excedendo os dos combusta­veis fa³sseis.

A Nature relatou no ano passado que a mineração ilegal de areia estãoacontecendo em cerca de 70países e centenas de pessoas foram mortas em batalhas por areia na última década.
 
O professor associado Vila-Concejo disse: "Embora as guerras na areia não estejam acontecendo na Austra¡lia, temos áreas com erosão costeira crônica e perda de areia, como na praia de Jimmys, em Port Stephens".

Professora Associada Ana Vila-Concejo, Escola de Geociências, Universidade de
Sydney, coletando areia em Tomales Bay, Califa³rnia. Crédito: University of Sydney

Novos modelos matema¡ticos

Sua equipe levou areia de carbonato de perto de Heron Island, na Grande Barreira de Corais, e observou como ela respondia em condições experimentais. Com base nessas observações, eles desenvolveram novas equações matemáticas que prevaªem muito melhor como as areias carbona¡ticas se movem.

A equipe confirmou isso aplicando suas equações aos dados existentes sobre o movimento da areia carbona¡tica acumulada ao longo de seis anos a partir de observações na costa norte de Oahu, Havaa­.

"Manter o controle da areia carbona¡tica se tornara¡ cada vez mais importante", disse Tristan Salles, também da Escola de Geociências da Faculdade de Ciências.

"Se ilhas e ata³is estãoem risco de erosão causada pelo aumento doníveldo mar , serávital entender como as areias que os protegem reagira£o a s correntes oceânicas: , ondas e ondas do mar de alta energia que os atingem".

Ele disse que essas novas equações provavelmente sera£o usadas para atualizar todos os modelos de transporte de sedimentos. "Isso incluira¡ a avaliação das respostas de praias e ata³is a  hidrodina¢mica dos oceanos em regiaµes ricas em carbonatos de areia, algumas das quais são mais vulnera¡veis ​​aos impactos dasmudanças climáticas", disse Salles.

Atualmente, a engenharia costeira utiliza modelos baseados em areias silicicla¡sticas. A Professora Associada Vila-Concejo espera que os modelos desenvolvidos por sua equipe possam ser usados ​​para melhorar o gerenciamento das áreas costeiras .

"Isso significa que podemos desenvolver uma imagem muito mais precisa de como a mudança dos oceanos afetara¡ os ecossistemas marinhos onde as areias carbona¡ticas são dominantes", disse o professor associado Vila-Concejo.

"Compreender como, por que e quando os sedimentos se movem écrucial para gerenciar e prever os efeitos dasmudanças climáticas, e nosso novo trabalho ajudara¡ no desenvolvimento de estratanãgias de mitigação e adaptação".

 

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