A verdade éque as plantas desaparecem na propora§a£o de pelo menos duas espanãcies por ano, todos os anos, nos últimos 250 anos (mas essa éuma estimativa muito conservadora, não sabemos realmente).
A taxonomia pode ser uma ciência de 300 anos, mas abrange novas tecnologias - e funciona.
Temos o 'verde' em questões verdes da clorofila nas plantas. Mas o mundo bota¢nico - que impulsiona os ecossistemas do planeta - éa ciência da Cinderela, lutando por recursos e reconhecimento, lutando atépara acompanhar a taxa de extinção. E háuma razãopara isso - ou várias - diz o professor de Bota¢nica Sistema¡tica de Oxford, Robert Scotland.
Embora sejam estabelecidas metas internacionais arbitra¡rias para 'salvar espanãcies', a perda éuma realidade no mundo das plantas, sem recursos financeiros. A verdade éque as plantas desaparecem na proporção de pelo menos duas espanãcies por ano, todos os anos, nos últimos 250 anos (mas essa éuma estimativa muito conservadora, não sabemos realmente).Â
"Existem muitas inca³gnitas - e números muito grandes - no mundo das plantas. Das 370.000 espanãcies conhecidas de plantas com flores, pelo menos metade étão pouco conhecida que équase invisível a qualquer esfora§o de conservação"
Existem muitas inca³gnitas - e números muito grandes - no mundo das plantas. Das 370.000 espanãcies conhecidas de plantas com flores na Terra, pelo menos metade étão pouco conhecida que équase invisível a qualquer esfora§o de conservação - uma vez que menos de 25% das plantas tem uma avaliação de conservação. Em termos de insetos, a situação éainda pior: com apenas um milha£o de espanãcies descritas em um número estimado de 6 milhões. Para colocar esses números em contexto, existem cerca de 36.000 pa¡ssaros, mamaferos e borboletas - sobre os quais se sabe muito mais.
Na³s não sabemos que cerca de 40% de toda a terra tem sido reivindicada para a agricultura, de modo a suposição éque muitas plantas e insetos já desapareceram. Mas nosrealmente não sabemos. Estima-se por isso que mais da metade das plantas das coleções do mundo são rotuladas incorretamente. Imagine por um momento, quanto significativo éesse (grande número). Se 50% das plantas das coleções tem um nome incorreto, o que isso significa para a compreensão de um dos maiores grupos vivos da Terra? E o que isso significa para conservação?
"A taxonomia vegetal, a abordagem que poderia resolver essa situação, não se encaixa no zeitgeist - ciência por inovação"
O fato éque a taxonomia vegetal, a abordagem que poderia resolver essa situação, não se encaixa na ciência zeitgeist por inovação. Nãoéa inovação em ciência das plantas. A equipe do professor Scotland adotou todos os avanços tecnola³gicos disponaveis, incluindo o DNA e as a¡rvores filogenanãticas - no inicio deste ano para criar uma monografia de porta em porta das 'gla³rias da manha£' de Ipomoea . Mas a ciaªncia, a taxonomia de identificar e registrar muitos espanãcimes conhecidos em uma espanãcie e criar uma monografia, éuma bota¢nica não adulterada e essencial. Pode não ser uma boa TV, mas éuma ciência fundamental e boa.
 NãoLuddite, ao passear com seus ca£es, o Professor Scotland gosta de usar o Google Lens para identificar plantas do Reino Unido. "O aplicativo geralmente estãocerto no contexto das fa¡bricas do Reino Unido que são muito conhecidas", diz ele, surpreso, embora satisfeito por poder descobri-lo. Mas o professor defende a ciência da monografia, catalogando e classificando cuidadosamente as plantas como a maneira mais eficaz de trazer ordem ao caos do mundo bota¢nico - e fazer progressos a longo prazo.
a‰ essencial, diz o professor Scotland, entender o que estãola¡, antes que seja possível salva¡-lo. No momento, poranãm, dada a capacidade habitual, pesquisas recentes em Oxford mostraram que leva cerca de 100 anos para descobrir uma espanãcie de planta, nonívelmais ba¡sico. Desde a coleta do primeiro espanãcime de uma espanãcie, atésua descrição como nova e a coleta de 15 espanãcimes corretamente identificados dessa espanãcie, pode levar um século.
De acordo com um trabalho de pesquisa de uma equipe incluindo o professor Scotland e o Dr. Zoe Goodwin, de Edimburgo, cerca de 40 anos éa fase inicial da descoberta - équando a amostra étrazida por um coletor de plantas atéa identificação por um bota¢nico.
Mas, como éa falta de capacidade do sistema para levar isso adiante, pode levar mais 60 anos atéque a próxima etapa seja concluada e as 15 amostras sejam coletadas, como evidência de apoio. a‰ um processo tortuoso. Impede o progresso e a ação, mas éessencial para identificar espanãcies.
Que chance de atingir metas de conservação, quando não háinventa¡rio preciso das plantas? Que chance pode haver de um inventa¡rio completo de plantas, quando leva 100 anos para chegar a um entendimento ba¡sico de uma espanãcie?
Que chance de atingir metas de conservação, quando não háinventa¡rio preciso das plantas? Que chance pode haver de um inventa¡rio completo de plantas, quando leva 100 anos para chegar a um entendimento ba¡sico de uma espanãcie? Como esse processo pode ser acelerado, quando hápouco interesse ou apoio a taxonomia monogra¡fica e nenhuma polatica internacional coordenada - e metade das coleções são rotuladas incorretamente? A tarefa ésimplesmente enorme - e isso éantes mesmo de pensarmos em conservação e biodiversidade.
 As metas para asmudanças climáticas são claras e compreensaveis. Mas quando se trata de plantas, as metas de 2010 - por exemplo, ter avaliações de conservação para todas as plantas até2020 - eram 'torta no canãu', segundo o professor Scotland, 'bem-intencionado, mas fora de alcance'.
Ele afirma: 'A mais recente sugestãopolatica de alto perfil ésimplificar a mensagem, como foi feito para os cientistas dasmudanças climáticas, onde o objetivo élimitar o aquecimento global a dois graus C. O objetivo sugerido da biodiversidade unificada élimitar as extinções de espanãcies. 20 espanãcies por ano nos pra³ximos 50 anos. '
Poranãm, um professor claramente exasperado da Esca³cia diz: 'Este objetivo éimpossível de ser implementado, dada a falta de conhecimento ba¡sico da biodiversidade mundial.
"No que diz respeito a s plantas, as metas de 2010 ... eram 'torta no canãu', segundo o professor Scotland, 'Bem intencionadas, mas fora de alcance'
De fato, ele diz, a maioria das metas internacionais da Convenção sobre Biodiversidade (CBD), de 2010 a 2020, "estava fadada ao fracasso".Â
Em termos simples, o professor Scotland explica: 'Nãoexiste uma estratanãgia global para classificar a taxonomia de plantas com flores e insetos; portanto, não épossível entender o status de conservação de muitas plantas e insetos tropicais ... a menos que vocêsaiba o que estãola¡. , como vocêpode salva¡-lo ou monitorar sua saúde?
O professor Scotland não estãorecomendando um retorno irrestrito a bota¢nica vitoriana como uma solução para os problemas do mundo. Mas, ele insiste, éessencial enfrentar as enormes lacunas no conhecimento antes que metas globais significativas possam ser estabelecidas.
Por que isso Importa?
Claramente, um fa£ de craquete, ele afirma: 'A taxonomia éuma abordagem do péda frente [tentando resolver o problema, em vez de adotar uma abordagem reativa]. Mas estamos muito longe de qualquer disposição [internacional] de ver algo que valha a pena nisso, apesar das evidaªncias. '
Muito pode ser aprendido com a experiência de criar a monografia Ipomoea . Embora estivessem seguindo o caminho do primeiro mona³grafo, outro bota¢nico escocaªs de Oxford, o canãlebre Robert Morison, o professor Scotland e a equipe enfrentaram a realidade muito moderna do problema internacional das plantas. Foi claramente uma experiência seminal.Â
a‰ tentador para a equipe refletir que nada mudou nos mais de 300 anos desde que Morison criou a primeira monografia do mundo [da familia das cenouras]. Mas a taxonomia anã, de certa forma, mais difacil agora do que no passado, devido ao grande número de espanãcimes existentes, uma volumosa literatura confusa e muitos nomes associados a um grupo (60-70% dos nomes de plantas publicados são geralmente sina´nimos). Foram necessa¡rios anos de esfora§o para identificar os muitos espanãcimes de Ipomoea em coleções em todo o mundo - muitos eram sina´nimos, pois a mesma espanãcie havia sido 'descoberta' e nomeada várias vezes.
"Se vocêestãotentando monitorar a saúde da biodiversidade e da extinção com precisão, precisa saber o que estãola¡. Nunca chegaremos a um sistema abrangente em que sabemos tudo, mas estamos muito longe de conhecer atémetade da biodiversidade do mundo em detalhes"
O professor Scotland afirma: 'Por um lado, existe uma enorme diversidade de plantas, o que éum grande recurso para a humanidade. Mas isso precisa ser resolvido.
“Por outro lado, se vocêestãotentando monitorar a saúde da biodiversidade e da extinção com precisão, precisa saber o que existe. Nunca chegaremos a um sistema abrangente onde sabemos tudo, mas estamos muito longe de conhecer atémetade da biodiversidade do mundo em detalhes.'