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Progresso misto precoce destaca a necessidade de apoio conta­nuo para alunos com o inglês como idioma adicional
A descoberta éum dos inúmeros resultados e recomendaa§aµes em um novo livro sobre o desenvolvimento da linguagem dos alunos de EAL e seu impacto sobre sua obtena§a£o e integraça£o social.
Por Tom kirk - 18/07/2020


Sala de aula da escola - Crédito: Taylor Wilcox / Unsplash

Alunos recanãm-chegados que falam inglês como idioma adicional (EAL) geralmente fazem progresso linga¼a­stico e acadêmico 'misto' durante seus primeiros anos nas escolas brita¢nicas, que precisam de uma estrutura adequada para dar-lhes apoio sustentado, sugere um estudo.

"No momento, muitas vezes édeixado para professores ou escolas decidirem como lidar com os desafios de uma sala de aula multila­ngue".

Karen Forbes

A descoberta éum dos inúmeros resultados e recomendações em um novo livro sobre o desenvolvimento da linguagem dos alunos de EAL e seu impacto sobre sua obtenção e integração social. O livro, de autoria de uma equipe de acadaªmicos das universidades de Cambridge, Anglia Ruskin e Durham, examina a complexa relação entre idioma, educação e integração social de estudantes recanãm-chegados de migrantes EAL.

De acordo com o Censo Escolar , atualmente existem mais de 1,5 milha£o de alunos de EAL na Inglaterra, e a proporção estãoaumentando constantemente. A tendaªncia ésemelhante em muitos outrospaíses de la­ngua inglesa.

O livro baseia-se em três anos de pesquisa envolvendo mais de 40 escolas em todo o leste da Inglaterra, financiadas pela Bell Foundation e destaca muitas boas prática s de professores que trabalham em salas de aula multila­ngues. Mas também aponta inconsistaªncias e lacunas no apoio aos alunos de EAL, decorrentes da ausaªncia de diretrizes nacionais, avaliação direcionada e problemas sistemicos em áreas como treinamento de professores e comunicação entre pais e alunos.

Os pra³prios alunos da EAL obtiveram progressos desiguais durante os dois primeiros anos nas escolas de inglês. Embora muitos se tornassem falantes competentes de inglês, o inglês escrito frequentemente ficava para trás. Os autores sugerem que esse padrãopode ser ainda mais exacerbado pelas reduções no financiamento para o apoio da EAL.

Além de analisar o progresso dos alunos de EAL, o estudo propaµe um modelo para uma abordagem mais inclusiva no ensino de alunos de EAL.

A Dra. Karen Forbes, Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Cambridge, disse: “No momento, muitas vezes édeixado para professores ou escolas decidirem como lidar com os desafios de uma sala de aula multila­ngue. Enquanto muitos fazem um excelente trabalho, os alunos da EAL inevitavelmente tem uma experiência varia¡vel. Os professores e as escolas devem ser capazes de basear-se em uma estrutura estruturada e em uma base de conhecimento adequada, para que possam dar a esses alunos o apoio lingua­stico e educacional sustentado de que geralmente precisam ”.

A pesquisa sugere que, embora muitas escolas priorizem corretamente a integração dos alunos de EAL nas aulas comuns, algumas precisara£o de apoio conta­nuo e individual, especialmente com o desenvolvimento de um inglês mais acadaªmico, muito além do ponto em que parecem integrados socialmente e capazes de mantenha uma conversa casual.

Este éapenas um sintoma de uma necessidade mais ampla de fornecer a s escolas uma base estrutural para dar aos alunos de EAL apoio individualizado e “centrado na criana§a”, argumentam os autores. Eles enfatizam que o ra³tulo 'EAL' não descreve um tipo de aluno, mas abrange uma ampla gama de experiências, interesses e habilidades educacionais anteriores.

De forma encorajadora, muitas das escolas pesquisadas incentivaram ativamente um ambiente inclusivo e positivo para os alunos de EAL. Os professores também empregaram várias ta¡ticas que poderiam fazer parte de uma estrutura mais ampla para apoia¡-los, como aprendizado em grupo e sistemas de amigos, textos traduzidos e diferentes recursos visuais.

Mas o estudo constata que muitas dessas intervenções são desenvolvidas localmente, por escolas ou professores individuais, sem orientação mais estruturada ou sistema¡tica. Isso pode levar a inconsistaªncias: por exemplo, os professores variaram sua abordagem de quando os alunos da EAL podiam usar seu idioma de origem, o que geralmente deixava os alunos confusos sobre quando usar o inglês.

Os pesquisadores argumentam que outros mecanismos são necessa¡rios para dar aos professores uma base mais sãolida para trabalhar com alunos de EAL. Os professores sempre se entusiasmaram, por exemplo, com o apoio "vital" fornecido por coordenadores dedicados da EAL e equipe de suporte bila­ngue. Mas muitas escolas pesquisadas pelos pesquisadores lutaram para sustentar esses servia§os, uma vez que o financiamento não émais limitado para esse fim.

O livro também destaca a necessidade de um treinamento especializado mais especa­fico da EAL para professores, tanto para sua prática profissional quanto para ajuda¡-los a trabalhar com sucesso com comunidades anãtnicas e migrantes de minorias locais, especialmente aquelas que não estãofamiliarizadas com o sistema educacional inglês. Isso éabordado apenas brevemente na maioria dos cursos de formação de professores e raramente faz parte de seu conta­nuo desenvolvimento profissional ou aprendizado "no trabalho".

Criticamente, os pesquisadores também sugerem que os pais dos alunos da EAL e suas comunidades são um recurso inexplorado de conhecimento, fortes valores educacionais e experiência.

Os pesquisadores descobriram que muitos pais de criana§as com EAL tem um altonívelde interesse na educação de seus filhos, mas muitas vezes não tem apoio suficiente para entender as escolhas curriculares, os modos de avaliação ou as expectativas da escola em contextos específicos do contexto. Eles argumentam que, além de fornecer informações traduzidas e materiais de indução, as escolas devem estabelecer mecanismos como as redes de pais da EAL, capacitando os pais dentro das estruturas de governana§a da escola para informar a maneira como apoiam os alunos migrantes, garantir que eles alcancem seu potencial e promover experiências positivas na escola.

"No geral, háuma necessidade de uma abordagem mais sistema¡tica em toda a escola para a educação de alunos de EAL", disse Michael Evans, emanãrito Read no Second Language Education da Universidade de Cambridge. “Isso inclui apoiar os professores a desenvolverem suas habilidades, fornecendo a eles uma base de conhecimentos para se basear e desenvolver um sistema de comunicação eficaz para promover o envolvimento dos pais nas escolas. Se isso puder ser alcana§ado, os benefa­cios sera£o sentidos muito além das escolas e dos alunos da EAL. ”

 

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